Em uma enquete conduzida pelo Mundo do Marketing no LinkedIn, profissionais de Marketing apontaram que as mudanças climáticas exercem efeitos positivos e negativos sobre a performance de vendas. Grandes redes reportaram lucros abaixo do esperado para o período outono-inverno, neste ano, mais quente que o habitual.
As perspectivas para a temporada primavera-verão, por outro lado, são positivas. O varejo de vestuário no Brasil deve alcançar a marca de 6,5 bilhões de peças comercializadas no período – um crescimento de 2% a 4% em relação a 2023, segundo projeções da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Petrópolis.
De maneira geral, o cenário climático brasileiro inspira mais cuidados do que empolgações. Na avaliação de William Santos, diretor comercial da VarejOnline, os varejistas precisam aprender a equilibrar a quantidade de produtos de diferentes estações para evitar a falta de mercadorias compatíveis com o clima do momento.
O especialista afirma que as variações climáticas imprevisíveis estão forçando o varejo físico a se tornar mais ágil e tecnológico. Para ele, a preocupação dos negócios não se limita à chegada de um verão tardio, mas também escancara a realidade cruel das instabilidades climáticas.
Neste panorama, a recomendação é que os lojistas invistam em tecnologias de previsão de demanda, utilizando dados de consumo para antecipar mudanças e ajustar estoques de forma mais precisa. Além disso, a logística precisa ser extremamente ágil para repor rapidamente os produtos mais demandados e de redirecionar mercadorias.
Para William, a adaptabilidade é uma necessidade para a prosperidade do mercado varejista. Por isso, os varejistas devem estar prontos para adaptar rapidamente as ofertas de produtos, a logística e as estratégias de Marketing em resposta ao clima para manter a competitividade e a lucratividade no setor.
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