No Mês da Mulher, é essencial não apenas celebrar conquistas, mas também refletir sobre os desafios e avanços da equidade de gênero no mundo corporativo. Segundo o último levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria), as mulheres ocupam 39,1% dos cargos de liderança no Brasil, mesmo representando mais da metade da população.
Para marcar esse momento, Adriana Anido, Vice-Presidente de Marketing na Colgate-Palmolive, ressalta a importância da representação feminina em posições de liderança. “A liderança feminina é crucial na criação de um futuro mais equitativo, e me orgulho de contribuir para essa transformação na Colgate-Palmolive, que valoriza a diversidade”, contou em entrevista ao Mundo do Marketing.
Mais do que uma data no calendário, Adriana lembra que o Mês da Mulher deve ser um lembrete de que a equidade de gênero precisa estar no centro das estratégias corporativas o ano inteiro. Segundo a pesquisa "Women in the Workplace 2024", da McKinsey, empresas com maior representatividade feminina em cargos de liderança têm 25% mais chances de registrar lucros acima da média. Dessa forma, garantir a diversidade e oportunidades iguais não pode ser apenas um compromisso de março, mas uma prática contínua.

Com mais de 20 anos na companhia, a executiva também cita a importância do protagonismo e de troca de experiência para o crescimento na carreira: “Acredite em si mesma, inspire-se em outras mulheres e construa uma rede de apoio. Não tema errar. Os erros são oportunidades para refletir e aprender, podendo levar a abordagens inovadoras e soluções criativas. A jornada pode ser desafiadora, mas com propósito e apoio, podemos construir uma sociedade mais justa para todos.”
Desafios, inspirações e a evolução da liderança feminina
Ao longo de sua trajetória, Adriana enfrentou desafios que são comuns a muitas mulheres no mundo corporativo. Entre eles, a síndrome da impostora, que a levou a questionar se estava realmente à altura das expectativas ao assumir um cargo de liderança. "Essa insegurança também serviu como uma oportunidade para o autodesenvolvimento e para fortalecer minha confiança", relembra. Aprender a dizer "não" foi outro grande desafio, já que definir limites se mostrou essencial para uma gestão eficiente do tempo e das prioridades.
Sua referência feminina veio, antes de tudo, de dentro de casa. Criada em uma família de imigrantes, Adriana aprendeu cedo sobre resiliência, empatia e determinação. "As mulheres da minha família, embora não tenham seguido carreiras executivas, sempre foram modelos de superação e coragem, enfrentando desafios e se adaptando a novas realidades com graça e firmeza", conta. No ambiente corporativo, a executiva também teve a oportunidade de aprender com líderes inspiradoras, com quem mantém contato até hoje.

Estilo de liderança e conselhos para o futuro
A experiência pessoal e a vivência no mercado moldaram o estilo de liderança de Adriana, que se baseia em empatia, colaboração e resiliência. "Crescer em uma família de imigrantes e ser inspirada por mulheres fortes me ensinou a importância de ouvir ativamente e compreender diferentes pontos de vista, criando um ambiente inclusivo e aberto ao diálogo", explica.
Questionar o status quo, buscar inovação, abraçar a diversidade e liderar com empatia e inteligência emocional são características importantes para líderes inspiradoras que construirão um futuro mais justo e equitativo.
Ela acredita que o caminho para mais mulheres chegarem ao topo passa pela autoconfiança e pelo fortalecimento das redes de apoio. "Confie em si mesma, busque inspiração em outras mulheres e cerque-se de pessoas que te apoiam. Não deixe que o medo do erro te paralise, pois cada desafio pode levar a descobertas e soluções inovadoras. A caminhada pode ser difícil, mas com um objetivo claro e uma rede de apoio, podemos criar um mundo mais justo e igualitário para todos."
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