A pouco mais de seis meses para o início da Copa do Mundo de 2026, os brasileiros já têm a competição como parte consistente do cotidiano. Sete em cada 10 pessoas dizem estar consumindo conteúdos relacionados ao Mundial, segundo o estudo “O Brasileiro e a Copa: Mídia, Influência e Consumo”, realizado pela Data-Makers em parceria com o Resenha Digital Clube.
54% dos fãs pretendem usar mais de uma tela durante os jogos, enquanto 12% assistirão somente pelo celular. A TV aberta ainda lidera na busca por informação e entretenimento, com 85% das citações, mas as plataformas digitais avançam de forma decisiva. Instagram (82%), sites de notícia (77%), YouTube (70%) e TikTok (42%) reforçam que a audiência se distribui em ecos digitais complementares.
Nas interações em tempo real, o WhatsApp aparece como principal espaço de conversa, seguido pelo Instagram e pelo YouTube. As ações mais comuns durante as partidas são comentar, postar e trocar mensagens com amigos.
Para Leandro Gléria, head de operações do Resenha Digital Clube, o comportamento antecipado do público abre uma janela importante para quem atua no mercado publicitário. Segundo ele, o período pré-Copa já é suficiente para criar ambiente de engajamento que se estende até o início do Mundial, especialmente quando marcas combinam conteúdo, interações ao vivo e presença de influenciadores.
Este cuidado é especialmente importante em um contexto em que o consumo também ganha tração. Sete em cada dez fãs afirmam que devem gastar mais por causa da Copa. A disposição se concentra em bares e restaurantes, snacks, doces, chocolates, carnes e bebidas. O uso de internet móvel e ligações tende a aumentar, assim como a compra de roupas temáticas e acessórios.

Marcas e influencers
A percepção sobre marcas ligadas ao Mundial é positiva. 50% dos entrevistados preferem empresas associadas à Copa, e 37% dizem mudar sua relação com uma marca quando ela patrocina o evento. As iniciativas que mais chamam atenção do público são promoções, itens colecionáveis e produção de conteúdo. No top of mind, o domínio segue com o material esportivo: Adidas e Nike ocupam as primeiras posições.
A influência de criadores de conteúdo é outro ponto central. Mais da metade dos fãs considera comprar um produto indicado por influenciadores de sua preferência. A relação emocional também cresce: 45% passam a gostar mais de marcas que patrocinam esses criadores.
Ex-atletas, técnicos e jornalistas especializados lideram a lista de perfis mais valorizados, seguidos por nativos digitais e humoristas. Entre os conteúdos preferidos estão comentários em tempo real, lives pré e pós-jogo e análises técnicas. Neymar, Neto e Tiago Leifert aparecem entre as figuras mais influentes.
O estudo destaca, também, a força das apostas esportivas, impulsionadas por promoções e diferenças de odds, fatores decisivos para atrair usuários. O setor vive momento de aceleração, com 62% indicando intenção de consumo e 42% afirmando que farão apostas durante o torneio, em sua maioria com valores baixos.
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