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A pivotagem que salvou a Liv Up e fez o negócio multiplicar as vendas

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Tempo de Leitura 4 min

DATA

7 de mai. de 2025

CATEGORIA

Reportagens

Em um país onde a correria do dia a dia muitas vezes se sobrepõe à busca por hábitos saudáveis, a Liv Up surgiu em 2016 com uma missão ousada: transformar a relação dos brasileiros com a comida. Nove anos e uma pandemia depois, a marca se consolidou como case de sucesso, unindo tecnologia, adaptação e escuta ativa ao consumidor e se orgulha de ter transformado adversidade em oportunidade.

A LivUp começou com uma proposta inovadora: alimentos ultracongelados modulares, que permitia ao cliente a montagem de um prato combinando proteínas, carboidratos e vegetais. A teoria começou a mudar quando a empresa percebeu que a praticidade exigia um passo extra. "O cliente queria algo ainda mais simples: abrir o freezer e já ter a refeição pronta. Foi quando, através de muita pesquisa com o consumidor e muitos testes, lançamos a nossa linha de marmitas e ‘pivotamos’ o modelo de negócios” explica Stephanie Goes, Head de Growth da Liv Up e nova entrevistada do Podcast Mundo do Marketing.


As mudanças trouxeram um bem-vindo impulsionamento que ajudou a resolver alguns dos problemas enfrentados pela marca nos anos que sucederam a pandemia do Coronavírus. “Passamos por dois anos bem difíceis e precisamos concentrar esforços no fundo do funil. Quando entendemos essa tendência de consumo (marmitas voltando a ter uma representatividade grande dentro do Brasil), ‘pivotamos’ bastante”, afirma Stephanie.

A mudança não foi trivial e envolveu tarefas complexas, como redesenhar embalagens, ajustar linhas de produção e reduzir custos demandou meses. O resultado? Preços mais acessíveis e a quebra de um paradigma socioeconomico. "Foi como furar uma bolha. Antes, atendíamos, majoritariamente, às classes A/B. Hoje, conquistamos também a classe C, e o consumo recorrente saltou de um a três para cinco a sete vezes por semana", finaliza.

Influencers como pilares comunicacionais

No início, a Liv Up “testou de tudo”. “Saíamos buscando parcerias com academias, nutricionistas… era bem no boca a boca mesmo. Ao mesmo tempo, mergulhamos no Marketing Digital, investindo bastante nas plataformas de anúncio, mas principalmente nos influenciadores digitais. Enxergamos ali uma grande oportunidade de encontrar porta-vozes que se identificassem com o propósito da marca e com o nosso produto, pessoas que conseguissem transmitir a mensagem com mais profundidade” narra a executiva.

Atendendo a um fator comum aos negócios que exploram um mercado incipiente, os esforços de Marketing da empresa foram pautados pela necessidade de educar o público. “Precisávamos mostrar que era, sim, possível comprar uma marmita congelada pela internet, receber em casa e ainda assim consumir algo saudável, sem perda de valor nutricional. No fim, tivemos várias estratégias, mas o que realmente fez a diferença foram os influenciadores. Eles ajudaram a traduzir a nossa proposta de um jeito que conectava com o público”, prossegue.


Nem todas as tentativas de ampliar o awareness com figuras conhecidas surtiram efeito. Stephanie reconhece que, como em toda trajetória, várias soluções foram testadas e acabaram não funcionando bem, mas cumpriram uma função importante para o crescimento da empresa. 

“Tivemos a ideia de trazer personalidades e chefs de cozinha para cocriar receitas com a gente. Apostamos muito nisso, as receitas ficavam incríveis, o conteúdo era super bonito e tinha bastante apelo. No fim, percebemos que, apesar de interessante, essa estratégia não gerava o resultado que esperávamos ", comenta.

Cliente no centro

Outra “grande virada” na história da Liv Up foi entender o cliente de fato: ouví-lo, entender sua rotina e suas necessidades para preparar soluções condizentes com diferentes realidades. “Nosso produto é mais voltado para o dia a dia, para praticidade. Quando o cliente quer algo mais elaborado, mais gourmet, ele vai ao restaurante ou pede um delivery. Não é algo que ele espera da nossa marca, e este foi um aprendizado importante”, reflete Stephanie

Neste processo, a marca aproveitou o impacto de Influenciadores que viviam os mesmos desafios do público alvo — falta de tempo, busca por alimentação saudável e prática — para trazer o consumidor para o centro da conversa, estabelecendo e ampliando uma conexão necessária para o aumento da demanda.

“Eles [os influenciadores] mostravam como usavam o produto, como faziam o pedido, quebravam essa desconfiança de comprar comida congelada pela internet. Eles tiveram um papel fundamental na construção de confiança e no fortalecimento da nossa relação com os clientes. Levou tempo, foram anos até consolidarmos a marca, mas esse trabalho foi essencial”, finaliza Stephanie.


Hoje, a empresa produz mais de 50 vídeos por campanha, personalizados por algoritmos do Meta e Google. "Cada consumidor responde a um argumento diferente. Para alguns, o foco é praticidade; para outros, saudabilidade. Seguindo essa fórmula, o custo de aquisição caiu um terço, e a lembrança de marca subiu 14 pontos percentuais", comemora a Head de Growth.

Leia também: CX como motor de inovação e crescimento do faturamento

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Bruno Mello

Fundador e Editor Executivo

Fundador e Editor Executivo do Mundo do Marketing, Jornalista com MBA em Marketing.

AUTOR

Ian Cândido

Repórter

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