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Planejamento e plano de negócio serão diferenciais entre agências digitais

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Tempo de Leitura 9 min

DATA

23 de jan. de 2008

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Entrevistas

<p><strong>Planejamento e plano de neg&oacute;cio ser&atilde;o diferenciais entre ag&ecirc;ncias digitais</strong></p><p>Por Bruno Mello<br /><a href="mailto:bruno@mundodomarketing.com.br">bruno@mundodomarketing.com.br</a></p><p><img class="foto_laranja_materias" src="images/materias/blognews/nelio_bilate.jpg" border="0" alt=" " title="Planejamento e plano de neg&oacute;cio ser&atilde;o diferenciais entre ag&ecirc;ncias digitais" hspace="6" vspace="2" width="255" height="152" align="left" />Se n&atilde;o for em uma velocidade maior, as ag&ecirc;ncias digitais est&atilde;o evoluindo no mesmo ritmo da Internet. A Addcomm, por exemplo, anunciou recentemente a contrata&ccedil;&atilde;o de N&eacute;lio Bilate para o cargo de CEO depois dele ter deixado a dire&ccedil;&atilde;o de Marketing, Vendas, P&oacute;s-Vendas e Planejamento de Produto da Nissan para o Mercosul. A entrada de um executivo com passagens pela Garoto, Coca-Cola e pela Renault, que faz parte do grupo Nissan, &eacute; uma amostra do que est&aacute; por vir. </p><p>A pr&oacute;pria Addcomm hoje j&aacute; n&atilde;o est&aacute; nas m&atilde;os de Risoletta Miranda e seus s&oacute;cios como antes. Ano passado, a Ideiasnet, holding focada em empresas do setor de tecnologia, m&iacute;dia e telecomunica&ccedil;&otilde;es com a&ccedil;&otilde;es negociadas na Bovespa, comprou 31% das a&ccedil;&otilde;es da ag&ecirc;ncia e tornou-se s&oacute;cia majorit&aacute;ria com 54% do neg&oacute;cio. Agora, a empresa tem que crescer mais ainda. Para este ano, a expectativa &eacute; de 60% de aumento no faturamento. </p><p>Para isso, os 60 funcion&aacute;rios dos escrit&oacute;rios de S&atilde;o Paulo e do Rio de Janeiro est&atilde;o trabalhando sob um novo lema. &ldquo;Temos dois pilares fortes para 2008&rdquo;, afirma N&eacute;lio Bilate em entrevista ao Mundo do Marketing. &ldquo;O primeiro &eacute; o planejamento de marketing aplicado ao meio digital. &Eacute; olhar para a marca do cliente como um todo e levar para o ambiente digital. O segundo pilar &eacute; a inova&ccedil;&atilde;o. O VRM tamb&eacute;m est&aacute; dentro da inova&ccedil;&atilde;o. Para isso a Rizzo (Risoletta) foi colocada na diretoria de planejamento e inova&ccedil;&atilde;o&rdquo;, completa. </p><p>Leia-se Virtual Relationship Management quando N&eacute;lio fala sobre VRM e entenda gerar retorno sobre o investimento para o cliente e para a pr&oacute;pria ag&ecirc;ncia. A nova gest&atilde;o vai se preocupar at&eacute; quanto custa um cafezinho. Algo, ali&aacute;s, que N&eacute;lio Bilate j&aacute; fazia na Nissan. Sobre a sua sa&iacute;da da multinacional, o executivo &eacute; enf&aacute;tico: &ldquo;Gostava muito do que eu fazia, mas descobri que aquilo n&atilde;o me deixava mais feliz&rdquo;, conta. </p><p><span class="texto_laranja_bold">O fato de a Ideiasnet ter se tornado acionista majorit&aacute;ria da Addcomm tem uma liga&ccedil;&atilde;o direta com a sua contrata&ccedil;&atilde;o?</span><br />Quando um investidor do tamanho da Ideiasnet decide colocar os seus recursos numa ag&ecirc;ncia digital, o primeiro sinal &eacute; a profissionaliza&ccedil;&atilde;o cada vez maior para crescer ainda mais. No momento em que todos os s&oacute;cios pensam em crescer, surge um plano que envolvia a necessidade de um CEO que tivesse uma vis&atilde;o generalista, do desenvolvimento do neg&oacute;cio e que gerisse isso para o crescimento. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Como voc&ecirc; espera desenvolver o seu trabalho estando com os donos do neg&oacute;cio no dia-a-dia da empresa?</span><br />Isso n&atilde;o me preocupa. As emo&ccedil;&otilde;es, os sentimentos e cren&ccedil;as ficam para um outro f&oacute;rum. Estamos aqui dentro de uma cultura corporativa. Eles s&atilde;o criativos, inovadores, empreendedores, destemidos, jovens, din&acirc;micos e isso d&aacute; uma caracter&iacute;stica fant&aacute;stica para o neg&oacute;cio. Por outro lado, tudo &eacute; muito emocional e passional. </p><p><span class="texto_laranja_bold">E a&iacute; pode se esquecer um pouco do business? N&atilde;o que este seja o caso da Addcomm, mas vemos muitas coisas no mundo digital que podem at&eacute; ser inovadoras, mas que n&atilde;o vendem.</span> <br />Existe um desconforto positivo na minha equipe com rela&ccedil;&atilde;o a isso porque quero ver o lucro, quanto custa o cafezinho, a hora trabalhada, quanto custa tudo. Por outro lado, voc&ecirc; tem que olhar a sua voca&ccedil;&atilde;o como empresa. Temos que ver o que a Addcomm vende e o que pode vender al&eacute;m para o mercado. Tem que estar de olho nas oportunidades do futuro e desenvolver um neg&oacute;cio de como ganhar dinheiro. Por isso acredito no controle de custos, na gest&atilde;o financeira completa, n&atilde;o do projeto, mas do todo, e no desenvolvimento de novos neg&oacute;cios. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Por que voc&ecirc; saiu da Nissan?</span><br />Eu morava praticamente na f&aacute;brica em Curitiba e decidi fazer uma ruptura na minha vida pessoal e profissional. Fui para S&atilde;o Paulo decidido a montar uma consultoria de marca e neste tempo aceitei a proposta da Ideiasnet por ser algo novo para mim e pela perspectiva de crescimento do pr&oacute;prio segmento. Ao mesmo tempo, eles queriam algu&eacute;m de fora do mundo digital e eu me encaixava muito nisso pelo desejo de sair do mundo corporativo convencional. &Eacute; uma ruptura que eu estava buscando. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Voc&ecirc; n&atilde;o estava satisfeito com o que estava fazendo?</span><br />N&atilde;o, eu n&atilde;o estava feliz. A grande virada disso tudo &eacute; voc&ecirc; decidir pelo menos e pelo desconforto. Eu tinha uma vida muito confort&aacute;vel. Tinha motorista, carro blindado onde quer que seja, n&atilde;o sei quantas secret&aacute;rias, viagens de primeira classe e um status que n&atilde;o me pertenciam. Nada era meu. O celular, a casa n&atilde;o era minha, o carro n&atilde;o era meu, muitas vezes a roupa que usava n&atilde;o era minha, nada era meu. Nada &eacute; seu normalmente na vida, mas &agrave;s vezes voc&ecirc; pega emprestado. No momento em que enxerguei isso, perguntei qual era o pre&ccedil;o. </p><p>Gostava muito do que eu fazia, mas descobri que aquilo n&atilde;o me deixava mais feliz. Esse momento de ruptura do que eu supostamente tinha me levou para a liberdade. Hoje cheguei de taxi. Antes sempre tinha algu&eacute;m me esperando com carro blindado e seguran&ccedil;as. J&aacute; n&atilde;o andava mais sozinho, mas isso faz parte do mundo corporativo. De todos esses anos, o que levei foram as pessoas com quem trabalhei, o conhecimento e as oportunidades que tive. O resto &eacute; dispens&aacute;vel. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Qual &eacute; a sua miss&atilde;o &agrave; frente da Addcomm agora?</span><br />Mais do que fazer a ag&ecirc;ncia crescer, que &eacute; uma conseq&uuml;&ecirc;ncia, precisamos olhar para o neg&oacute;cio. O meu contrato &eacute; para desenvolver e aplicar o plano de crescimento. &Eacute; fazer ele funcionar, acompanhar e corrigir. &Eacute; fazer o ciclo o tempo todo com as pessoas. Temos hoje um grupo de trabalho para cada &aacute;rea e um piloto que desenvolve organiza&ccedil;&atilde;o e m&eacute;todos para melhorar os processos da companhia e este ano estamos realizando a primeira conven&ccedil;&atilde;o da empresa com todos os funcion&aacute;rios. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Quais s&atilde;o as perspectivas que voc&ecirc; v&ecirc; para a Addcomm diante de mudan&ccedil;as muito r&aacute;pidas no mundo digital?</span><br />Voc&ecirc; imagina o que est&aacute; sendo para mim planejar neste mundo digital porque os planos que eu tinha na ind&uacute;stria automobil&iacute;stica eram de 10 anos e os planos estrat&eacute;gicos tinham no m&iacute;nimo tr&ecirc;s anos. Agora, estamos fechando o plano da Addcomm para 2008 e a expectativa &eacute; que vamos crescer pelo menos 60%. Temos que crescer neste patamar para sustentar o que o mercado nos pede. Outro ponto &eacute; que estamos na era do mobile. &Eacute; tudo o que est&aacute; se movendo, que pode ser acess&iacute;vel e acessado na sua m&atilde;o em qualquer lugar. Ainda que hoje precisamos do cabo, do equipamento, o futuro deste mundo n&atilde;o ter&aacute; mais dimens&atilde;o e barreiras. </p><p><span class="texto_laranja_bold">A Addcomm nasceu no Rio e est&aacute; em S&atilde;o Paulo h&aacute; dois anos. Como voc&ecirc; est&aacute; vendo a concorr&ecirc;ncia com players maiores?</span><br />A concorr&ecirc;ncia sempre vai existir e &eacute; muito saud&aacute;vel porque faz voc&ecirc; melhorar, crescer e inovar. S&atilde;o Paulo &eacute; fundamental para qualquer segmento de mercado. At&eacute; para vender prancha de surf mesmo n&atilde;o tendo mar na capital. O objetivo da Addcomm &eacute; crescer em S&atilde;o Paulo e fortalecer o mercado. </p><p><span class="texto_laranja_bold">E o core business da empresa, qual vai ser?</span><br />Temos dois pilares fortes para 2008. O primeiro &eacute; o planejamento de marketing aplicado ao meio digital. &Eacute; olhar para a marca do cliente como um todo e levar para o ambiente digital. O segundo pilar &eacute; a inova&ccedil;&atilde;o. O VRM tamb&eacute;m est&aacute; dentro da inova&ccedil;&atilde;o. Para isso a Rizzo foi colocada na diretoria de planejamento e inova&ccedil;&atilde;o.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Como voc&ecirc; v&ecirc; o momento pelo qual est&aacute; passando as ag&ecirc;ncias de marketing digital?</span><br />&Eacute; a mesma coisa que aconteceu com as ag&ecirc;ncias off-line h&aacute; 15 ou 20 anos. Antes eles eram bureaus de cria&ccedil;&atilde;o praticamente. Tinha um criativo e algu&eacute;m para atender o neg&oacute;cio. O que est&aacute; acontecendo hoje no digital &eacute; mais forte porque h&aacute; uma profissionaliza&ccedil;&atilde;o maior. N&atilde;o tem outra sa&iacute;da. Para crescer, se desenvolver e competir voc&ecirc; precisa se profissionalizar. </p><p><span class="texto_laranja_bold">A Internet tem m&eacute;tricas reais para tudo, ao contr&aacute;rio da ind&uacute;stria da qual voc&ecirc; veio. <br /></span>&Eacute; um outro paradigma porque tudo &eacute; poss&iacute;vel. Como &eacute; muito espalhado e h&aacute; a possibilidade se fazer tudo, fica mais dif&iacute;cil focar. &Eacute; muito perigoso caminhar por todos os lados da web porque a&iacute; voc&ecirc; n&atilde;o sabe se &eacute; produtora, se &eacute; ag&ecirc;ncia, se vende m&iacute;dia, se faz planejamento, se cria, se faz banner, CRM, e-commerce... nenhum grande cliente ou m&eacute;dio vai acreditar que um banner se sustenta e por isso o planejamento &eacute; o nosso foco, o nosso grande diferencial. E esse planejamento deve vir colado com o maior objetivo que &eacute; fidelizar o cliente e desenvolver a marca. Temos que conhecer mais o consumidor. Entender como as tribos se comportam e aprender a segmentar. </p><p><span class="texto_laranja_bold">A velocidade da Internet &eacute; t&atilde;o grande que &agrave;s vezes as empresas esquecem o planejamento na &acirc;nsia de obter respostas r&aacute;pidas. Como voc&ecirc;s pretendem trabalhar esta dicotomia?</span><br />Acredito que temos que respeitar o planejamento macro do cliente. Todos os anos fazemos um planejamento para as marcas de nossos clientes e, mesmo que haja a necessidade urgente de se desenvolver uma campanha espec&iacute;fica fora do planejamento, n&atilde;o se pode corromper a marca a qualquer custo. Cabe a ag&ecirc;ncia alertar o cliente disso, mas o problema &eacute; que sucumbimos muito aos pedidos do cliente. O grande desafio &eacute; criar um acordo com o cliente. &Eacute; preciso questionar. N&atilde;o acredito numa ag&ecirc;ncia fazedora, acredito numa ag&ecirc;ncia pensadora. A opera&ccedil;&atilde;o &eacute; uma conseq&uuml;&ecirc;ncia. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Em um m&ecirc;s, voc&ecirc; j&aacute; teve que fazer alguma corre&ccedil;&atilde;o de caminho?</span><br />J&aacute;. Algumas sim, mas s&atilde;o corre&ccedil;&otilde;es normais que eu fazia 20 por m&ecirc;s. Como o meio se sustenta por ele mesmo, as pessoas n&atilde;o estavam muito acostumadas em parar, revisar, voltar, se questionar. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Fazendo um paralelo com os resultados da Renault-Nissan no per&iacute;odo em que voc&ecirc; esteve l&aacute;, o que voc&ecirc; vai trazer para a Addcomm? <br /></span>Essa resposta &eacute; uma covardia. Como participei do in&iacute;cio das duas marcas aqui no Brasil, o crescimento era de 500%. Deixei a Nissan num momento maravilhoso, com o plano pronto at&eacute; 2009 que prev&ecirc; o dobro de concession&aacute;rias e de carros vendidos. Posso dizer que o comum n&atilde;o me atrai, n&atilde;o me atrai manter. Me atrai fazer, desenvolver e transformar.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Acesse</span><br /><a href="http://www.addcomm.com.br" target="_blank">www.addcomm.com.br</a><br /><a href="http://www.ideiasnet.com.br" target="_blank">www.ideiasnet.com.br</a></p>

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