A Nubank é a marca mais valiosa do Brasil em 2025. O banco digital alcançou valor estimado de R$ 214,76 bilhões, segundo o estudo As Marcas Mais Valiosas do Brasil 2025, elaborado pela TM20 Branding em parceria Brazil Panels e Elos Ayta. O ranking avaliou 208 marcas em 26 categorias, utilizando metodologia internacional da norma ISO 10668, que combina desempenho financeiro com percepções de confiança, preferência, rejeição e conhecimento entre consumidores brasileiros.
O resultado coloca o Nubank à frente de nomes tradicionais do mercado, como Itaú Unibanco, com R$ 76,41 bilhões, e Vivo, com R$ 50,09 bilhões, consolidando a ascensão das fintechs e de modelos de negócio centrados na experiência digital.
O valor atribuído à marca mostra o quanto a percepção e a confiança pesam na construção de ativos intangíveis. A TM20 explica que o valor de marca vai além da presença no mercado ou do faturamento: representa o quanto a marca influencia os resultados financeiros e emocionais de uma empresa.
No caso do Nubank, a controladora foi avaliada em R$ 342,36 bilhões entre janeiro e junho de 2025, enquanto o patrimônio líquido registrado em dezembro de 2024 era de R$ 47,25 bilhões. A diferença revela a força dos intangíveis — reputação, lealdade e preferência — que não aparecem no balanço tradicional, mas que sustentam o crescimento da empresa.

O que tornou a marca como “a mais valiosa”
O estudo reforça que a marca é um ativo econômico, e não apenas estético. Cada ponto de percepção positiva, cada experiência bem avaliada e cada interação sem atrito com o cliente geram valor real para o negócio. Essa leitura ajuda a entender por que o Nubank chegou ao topo do ranking. Desde sua fundação, a empresa construiu uma narrativa em torno da simplicidade, da tecnologia e da empatia.
A promessa de eliminar burocracias e empoderar pessoas tornou-se o eixo de sua cultura e de sua comunicação. Segundo o levantamento, os principais atributos associados ao Nubank são inovação, facilidade de uso, confiança e ausência de complexidade. Essa combinação fortalece o vínculo emocional com os clientes e explica o salto de valor percebido.
A executiva de Marketing da companhia destacou que a missão do Nubank é “combater a complexidade e empoderar as pessoas, colocando o cliente no centro”. A marca equilibra dois pilares fundamentais — “obcecados por gente” e “apaixonados por dados” — que refletem sua identidade: tecnologia a serviço da experiência humana.
Essa integração entre eficiência e empatia é um dos segredos da empresa, que consegue transformar métricas de satisfação e lealdade em diferenciais de marca e em resultados financeiros concretos.

O valor das outras marcas do ranking
O ranking de 2025 também evidencia uma mudança estrutural na forma como o Marketing brasileiro constrói valor. Marcas digitais com propósito claro e experiência fluida estão redefinindo as fronteiras do Branding. A confiança tornou-se diferencial competitivo, especialmente em setores sensíveis como finanças e telecomunicações.
O Itaú Unibanco aparece na segunda posição, com R$ 76,41 bilhões, reafirmando a força das instituições financeiras tradicionais, que seguem relevantes mesmo diante da ascensão das fintechs. Em terceiro lugar está a Vivo, com R$ 50,09 bilhões, consolidando o setor de telecomunicações como um dos mais potentes em percepção de marca e confiança do consumidor.
Logo depois, a Caixa Seguridade, com R$ 30,43 bilhões, e a Skol, com R$ 17,19 bilhões, completam o grupo das cinco marcas mais valiosas do país. A presença da cerveja mais popular do Brasil no topo mostra que o consumo de massa ainda tem papel decisivo na construção de marcas fortes, especialmente quando há consistência de posicionamento e reconhecimento cultural.
A Localiza aparece com R$ 17,17 bilhões, demonstrando a expansão das marcas de serviços, enquanto a Globo, avaliada em R$ 13,62 bilhões, mantém-se como o principal nome da comunicação nacional, mesmo em meio à fragmentação da mídia. No varejo alimentar, Assaí e Atacadão seguem entre as mais valiosas, com R$ 12,18 bilhões e R$ 11,35 bilhões, respectivamente, impulsionadas pela capilaridade e pela capacidade de manter relevância junto ao público de diferentes classes sociais.
Outros nomes reforçam a diversidade do ranking: Brahma, com R$ 11,55 bilhões, segue como ícone da cultura popular brasileira; XP, com R$ 11 bilhões, confirma o poder de marca do mercado de investimentos; Petrobras, avaliada em R$ 10,74 bilhões, mostra que o setor de energia ainda carrega forte valor simbólico; e Sicoob, com R$ 10,55 bilhões, representa o avanço das marcas de cooperativismo financeiro.

O que as tornam valiosas
A cultura interna das empresas passou a ser motor de credibilidade: não se trata mais de campanhas, mas de coerência entre o que a marca promete e o que entrega. Ao mesmo tempo, a relevância social e o propósito ganham força, à medida que consumidores esperam das marcas um papel ativo em suas vidas, seja resolvendo problemas reais, e não apenas comunicando valores abstratos.
Outro aspecto central revelado pelo estudo é a consolidação dos intangíveis como motores da economia. O valor de marca, antes tratado como conceito subjetivo, agora impacta diretamente o valuation das empresas. Essa transição aproxima o Marketing das finanças, exigindo que gestores passem a medir e reportar atributos como confiança, reputação e fidelidade, e não apenas indicadores de performance e vendas.
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