Na era da economia da atenção, o Instagram continua sendo o principal palco de construção de reputação, influência e desejo no Brasil. Mais do que uma vitrine de fotos e vídeos, a plataforma é hoje o espaço onde se disputam narrativas, onde se formam comunidades e onde marcas e personalidades buscam converter presença digital em poder cultural e econômico.
É nesse contexto que a Zeeng, plataforma de inteligência em social media benchmarking, lança a segunda edição do estudo "Top 100 Personalidades Brasileiras Mais Influentes no Instagram em 2025", um levantamento que vai muito além da contagem de seguidores.
Os creators representam 46% do Top 100, evidenciando o protagonismo de influenciadores nativos digitais na construção de comunidades altamente engajadas. Mais que entretenimento, eles oferecem autenticidade, presença constante e narrativas pessoais que conectam diretamente com seus públicos. Em segundo lugar vêm os artistas (30%), seguidos por atletas (20%) e políticos (4%).
A hierarquia indica uma descentralização da influência, antes concentrada nas celebridades tradicionais. Hoje, o prestígio digital nasce do vínculo direto e da constância na produção de conteúdo, não apenas da fama pré-existente.

Engajamento: a nova medida de poder
O relatório reforça que engajamento é mais relevante do que o número de seguidores. Entre as categorias analisadas, os atletas lideram em média de interações por post (539,8 mil), seguidos por políticos (538,3 mil), creators (397,1 mil) e artistas (356,2 mil).
Quando o recorte é a taxa de engajamento, os políticos assumem a dianteira com 4,54%, à frente de creators (4,29%), atletas (3,62%) e artistas (2,89%). A análise aponta que o engajamento político é impulsionado por temas polarizadores e debates públicos, capazes de gerar reações intensas. Já os creators se beneficiam da proximidade com a audiência, mantendo um diálogo constante e autêntico.
Neste contexto, o ranking dos 10 nomes mais influentes do Instagram no Brasil em 2025 mescla atletas, creators e políticos, reforçando a pluralidade de formatos e linguagens capazes de mobilizar audiências massivas.
1. Neymar Jr. (Atleta) — 230,8 milhões de seguidores | 3,01M de engajamento médio | 1,31% de taxa de engajamento
2. Virginia Fonseca (Creator) — 52,8 milhões | 2,04M | 3,83%
3. Nikolas Ferreira (Político) — 17,7 milhões | 1,58M | 10,19% (maior taxa do ranking)
4. Vinicius Jr. (Atleta) — 53,6 milhões | 1,51M | 2,83%
5. Hytalo Santos (Creator) — 17,5 milhões | 1,48M | 8,47%
6. Carlinhos Maia (Creator) — 35,3 milhões | 1,11M | 3,17%
7. Rodrygo Goes (Atleta) — 22,1 milhões | 1,02M | 4,76%
8. Endrick (Atleta) — 15 milhões | 868,7K | 5,90%
9. Mirella Santos (Creator) — 17,2 milhões | 833,2K | 4,60%
10. Rayssa Buq (Creator) — 11,9 milhões | 788,5K | 6,69%

O que explica a força dos diferentes perfis?
Os atletas seguem como grandes mobilizadores de massa. Neymar Jr., por exemplo, tem mais de 230 milhões de seguidores e transforma cada publicação em um evento. Já Vinicius Jr., Rodrygo e Endrick representam uma geração que alia performance esportiva a uma comunicação autêntica e próxima, entendendo o digital como parte estratégica de sua imagem pública.
Entre os creators, Virginia Fonseca é destaque absoluto. Ela transforma sua rotina familiar, sua maternidade e seus negócios (como a WePink) em conteúdo altamente engajado, com forte poder de conversão. Outros nomes como Hytalo Santos, Carlinhos Maia e Rayssa Buq também se destacam pela consistência e identificação com suas comunidades.
Na política, Nikolas Ferreira aparece como um caso emblemático: embora tenha menos seguidores que celebridades, sua taxa de engajamento é disparada a maior do ranking, mostrando como o conteúdo polarizador pode gerar interações em massa e engajamento real — e não apenas visibilidade.

Número de seguidores não é tudo
A análise da média de seguidores por categoria mostra que os atletas lideram em volume (31,7 milhões), seguidos por artistas (19,2M), creators (16,2M) e políticos (10,9M). No entanto, como o relatório destaca, o alcance não garante influência. Muitos perfis com menor audiência se destacam pela intensidade e fidelidade do engajamento.
Exemplo disso é o creator Gabriel Almeida, com apenas 1 milhão de seguidores, mas com a maior taxa de engajamento individual do estudo: impressionantes 22,56%. Da mesma forma, políticos como Rodrigo Manga (11,96%) e creators como Morimura (8,82%) e Cleyton da Silva (8,82%) demonstram que relevância nas redes é uma questão de conexão, não de escala.
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