Gastronomia, beleza, música, astrologia, vinhos, política, mundo pet. Qualquer que seja seu interesse, posso garantir que existe uma comunidade nas redes sociais sobre ela - e que espera por você. Não por acaso, o marketing de influência ganha mais visibilidade à medida que se torna uma atividade de nicho, pois é nesses espaços que conversas relevantes acontecem. E que ‘vendas’ se concretizam. Sejam elas ideias, causas ou até mesmo produtos.
Este é um caminho sem volta. O mundo está online e ficará cada vez mais digital. Tome como base o consumo de internet no Brasil, que cresceu 60% no último ano, 43% em seis meses e 25% desde janeiro, segundo levantamento divulgado recentemente pelo UOL Economia. Nesse ritmo, cresce também o poder da influência no ambiente digital: como divulgou o Instituto QualiBest, 76% dos consumidores já compraram motivados por influenciadores. E 86,5% das empresas concordam: trabalhar com influenciadores traz um resultado que nenhum outro tipo de comunicação digital consegue trazer (pesquisa ROI e Influência 2021).
O desafio para os criadores de conteúdo (ou algum outro termo) nesse momento de consolidação do marketing de influência é como se manter relevante em sua comunidade, liderando o debate e diferenciando-se dos concorrentes. Pois se até pouco tempo atrás apostar em ações com influencers para se aproximar dos consumidores era suficiente, hoje não mais. A palavra de ordem é: autoridade. Para sair na frente, o influenciador deve ser capaz de ditar comportamentos, criar tendências e liderar sua tribo, que é reconhecido como líder de pensamento e que exerce impacto direto no estilo de vida, no pensamento e principalmente no consumo de seus seguidores. Em resumo: influenciador de verdade é aquele que inspira, que ensina, que é alguém em quem o público pode confiar.
Com isso, nano e microinfluenciadores ganham cada vez mais terreno. Eles têm uma audiência pequena, se comparada às personalidades com milhões de seguidores, mas ela é bastante qualificada, ativa e próxima do influenciador, o que desperta o interesse pela forte segmentação e confiança da base de seguidores. Individualmente, a representatividade pode ser pequena, mas no conjunto ganha muita relevância.
Não por acaso, essas comunidades são grandes aliadas das marcas na construção de narrativas. Pois estão ali, todos os dias, interagindo, questionando, comentando e criando conversas com interesses afins. Pois pessoas confiam em pessoas, como mostrou a pesquisa Trust Barometer, realizada pela Edelman. Segundo o estudo, no Brasil, o porta-voz mais confiável é “uma pessoa como você” (77%).
Mas por que isso é relevante? Quando entendemos que as comunidades são potencializadores de diálogo, que são espaços seguros e saudáveis para conversar com públicos de interesse, tem-se a possibilidade de entender o que de fato os consumidores buscam e desejam – e até mesmo o que não querem. Com isso, é possível identificar oportunidades, pontos de melhoria que contribuam para estreitar a relação entre marcas e público-alvo e criar produtos ou serviços mais adequados às expectativas e necessidades daquela audiência.
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