<p><strong>Marketing Pol&iacute;tico deve aliar estrat&eacute;gia a compromisso</strong></p><p>Por Mariana Oliveira <br /><a href="mailto:redacao@mundodomarketing.com.br">redacao@mundodomarketing.com.br</a></p><p>Um servi&ccedil;o do marketing exige tanto quanto os outros na capacidade de lidar com planejamento a longo prazo, cobran&ccedil;as excessivas e vari&aacute;veis humanas que colocam em jogo o futuro de uma cidade, um estado e um pa&iacute;s. A alta competitividade das elei&ccedil;&otilde;es se reflete no crescimento do Marketing Pol&iacute;tico com uma estrutura estrat&eacute;gica para organiza&ccedil;&atilde;o das campanhas que deve ser atrativa para o p&uacute;blico sem perder o foco no compromisso dos candidatos.</p><p>O planejamento &eacute; uma das partes mais importantes da campanha. Para Marco Iten, especialista com 25 anos de experi&ecirc;ncia no ramo, uma campanha bem planejada come&ccedil;a no m&iacute;nimo dois anos antes. Entretanto, &eacute; necess&aacute;rio que a campanha tenha a capacidade de se adaptar aos acontecimentos, conforme conta Chico Santa Rita, considerado pioneiro no assunto. &ldquo;O planejamento tem que ser feito desde o momento em que o pol&iacute;tico vira candidato. Esse planejamento tem que ser din&acirc;mico, alterando-se de acordo com as circunst&acirc;ncias da elei&ccedil;&atilde;o, com a indica&ccedil;&atilde;o dos advers&aacute;rios e com as varia&ccedil;&otilde;es do momento pol&iacute;tico&rdquo;.</p><p>Santa Rita afirma que o Marketing Pol&iacute;tico se utiliza de todas as ferramentas dispon&iacute;veis para atingir o p&uacute;blico. No entanto, nos &uacute;ltimos anos tem-se observado uma mudan&ccedil;a de comportamento. &ldquo;Tempos atr&aacute;s, o Marketing Pol&iacute;tico era mais festivo, cheio de vinhetas... Agora est&aacute; ficando mais pol&iacute;tico propriamente dito. Ou seja, sendo aquilo que sempre deveria ter sido: uma discuss&atilde;o pol&iacute;tica voltada para esclarecer o eleitor&rdquo;, constata.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Ferramentas e estrat&eacute;gias</span><br />Os com&iacute;cios populistas da Era Vargas n&atilde;o s&atilde;o estrat&eacute;gias t&atilde;o populares hoje em dia. D&eacute;cadas atr&aacute;s, quando o acesso dos eleitores ao r&aacute;dio e &agrave; TV era restrito, eles se constitu&iacute;am como uma parte importante na divulga&ccedil;&atilde;o das propostas dos candidatos. Atualmente, por&eacute;m, al&eacute;m de serem proibidos em forma de showm&iacute;cio, por exemplo, a fatia do or&ccedil;amento &eacute; dedicada principalmente &agrave;s m&iacute;dias eletr&ocirc;nicas, como TV e r&aacute;dio.</p><p>Segundo Chico Santa Rita, que fez campanhas para Fernando Collor, Ulysses Guimar&atilde;es, M&aacute;rio Covas, Orestes Qu&eacute;rcia, Romeu Tuma, entre outros, &eacute; necess&aacute;rio estar atento a todas as ferramentas poss&iacute;veis a fim de fazer uma campanha completa. &ldquo;O marketing pol&iacute;tico usa todo o instrumental dispon&iacute;vel na propaganda, no jornalismo, na psicologia, na dramaturgia, etc. E todos os ve&iacute;culos que se possa usar para transmitir as id&eacute;ias s&atilde;o importantes. Com o r&aacute;dio e a TV como priorit&aacute;rios, deve-se planejar o uso adicional de galhardetes e santinhos&rdquo;, conta.</p><p>As pesquisas de inten&ccedil;&atilde;o de voto, embora sejam as mais divulgadas, s&atilde;o menos importantes que as pesquisas qualitativas, que muitas vezes guiam as estrat&eacute;gias de campanha ao questionar o eleitor sobre como ele v&ecirc; a evolu&ccedil;&atilde;o do candidato. Iten explica que elas s&atilde;o capazes de mudar a campanha, o hor&aacute;rio eleitoral e at&eacute; as roupas do candidato. Ele ainda afirma que, especialmente num pa&iacute;s grande como o Brasil, &eacute; preciso estar atento aos nichos de campanha, como Capitais, Estados e Regi&otilde;es. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Modelo indica inten&ccedil;&atilde;o de voto</span><br />Um instrumento relativamente novo, disponibilizado atrav&eacute;s da pesquisa acad&ecirc;mica, &eacute; um modelo estat&iacute;stico de previs&atilde;o de votos de segundo turno. Jos&eacute; Afonso Mazzon, professor da USP e um dos respons&aacute;veis pelo projeto, relata que um dos objetivos da pesquisa &eacute; prover os profissionais envolvidos com informa&ccedil;&otilde;es que evitem o desperd&iacute;cio de dinheiro e tempo. &ldquo;Este modelo ajuda a saber onde concentrar os esfor&ccedil;os de campanha&rdquo;, elucida.</p><p>O modelo se baseia em dados que indicam em quem o eleitor votou no primeiro turno. Mazzon conta que, na maioria das vezes, o voto do primeiro turno &eacute; repetido no segundo e resta ao modelo calcular, segundo o perfil dos eleitores, em quem ele votaria no segundo turno caso o seu candidato n&atilde;o tenha passado para a etapa final. O modelo j&aacute; foi testado nas elei&ccedil;&otilde;es de 2002 e obt&eacute;m um &iacute;ndice de acerto de 94%.</p><p>Apesar de toda a tecnologia e esfor&ccedil;os a favor dos profissionais e dos pol&iacute;ticos, as tend&ecirc;ncias indicam que o eleitor est&aacute; mais consciente e os especialistas alertam que o que ganha mesmo uma elei&ccedil;&atilde;o &eacute; a credibilidade e interesses comuns com os eleitores. &ldquo;O marketing pol&iacute;tico &eacute; um instrumento de divulga&ccedil;&atilde;o da candidatura. N&atilde;o deve passar da&iacute;. O mais importante &eacute; o candidato, suas id&eacute;ias e propostas&rdquo;, conclui Chico Santa Rita.</p><p><strong>Acesse</strong><br /><a href="http://www.marcoiten.com.br" target="_blank">www.marcoiten.com.br</a></p>
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