<strong>Marketing Direto precisa de novas pol&iacute;ticas<br /><br /></strong>Por Bruno Mello<br />bruno@mundodomarketing.com.br<br /><br /><img style="border: #ff9900 3px solid" height="213" hspace="5" src="images/materias/entrevista/foto_maior_otavio.jpg" width="150" align="left" vspace="1" border="0" />O Presidente da ag&ecirc;ncia de marketing direto GreyZest Direct, Otavio Dias, reassumiu recentemente a diretoria de ag&ecirc;ncias da Abemd (Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Marketing Direto) para retomar as discuss&otilde;es sobre as pol&iacute;ticas de remunera&ccedil;&atilde;o das ag&ecirc;ncias e as de regulamenta&ccedil;&atilde;o das concorr&ecirc;ncias.<br /><br />Em entrevista ao Mundo do marketing, Dias afirma que a Abemd est&aacute; criando um comit&ecirc; para reavaliar essas pol&iacute;ticas e que estudar&aacute; novas recomenda&ccedil;&otilde;es para concorr&ecirc;ncias. Segundo o diretor, os anunciantes est&atilde;o demandando um planejamento preliminar que &eacute; complexo e deveria &ldquo;ser devidamente remunerado&rdquo;.<br /><br /><span class="texto_laranja_bold">Como est&aacute; funcionando o trabalho entre as ag&ecirc;ncias de marketing direto e os anunciantes?</span><br />A rela&ccedil;&atilde;o entre as ag&ecirc;ncias de marketing direto e os anunciantes ganhou for&ccedil;a nos &uacute;ltimos anos. A disciplina conquistou espa&ccedil;o estrat&eacute;gico e, assim, mais proximidade e envolvimento com planejamento e medi&ccedil;&atilde;o de resultados. Os grandes anunciantes entendem a import&acirc;ncia da especializa&ccedil;&atilde;o do nosso trabalho e dedicam cada vez mais tempo e verba para o trabalho de marketing direto e de relacionamento, que atualmente integra tamb&eacute;m o universo digital das empresas.<br /><br /><span class="texto_laranja_bold">Que a&ccedil;&otilde;es a Abemd est&aacute; planejando para que este relacionamento seja o melhor poss&iacute;vel para as duas partes?</span><br />S&atilde;o muitas frentes andando em paralelo. A gest&atilde;o atual da ABEMD implementou a&ccedil;&otilde;es extremamente positivas nos &uacute;ltimos anos. O trabalho de auto-regulamenta&ccedil;&atilde;o e o primeiro estudo quantitativo da categoria s&atilde;o duas atitudes que j&aacute; se tornaram um marco para o nosso setor. A diretoria de ag&ecirc;ncias, que rec&eacute;m assumi, &eacute; voltada para a gest&atilde;o dos interesses e necessidades das ag&ecirc;ncias de marketing direto, logicamente, em sintonia com o mercado (anunciantes). <br /><br /><span class="texto_laranja_bold">As a&ccedil;&otilde;es realizadas s&atilde;o originadas em sua maioria por sistema jobs ou contas? </span><br />Isto depende muito do perfil e categoria em que o anunciante se insere. Em marketing direto, &eacute; bastante complicado o trabalho job a job, pois diferente do mercado promocional, por exemplo, cujas a&ccedil;&otilde;es normalmente t&ecirc;m &quot;come&ccedil;o, meio e fim&quot; muito bem definidos, em marketing direto os trabalhos s&atilde;o cont&iacute;nuos, seguidos de testes, an&aacute;lises de resultados e tomadas de decis&atilde;o freq&uuml;entes, que demandam um envolvimento mais estrat&eacute;gico e cont&iacute;nuo da ag&ecirc;ncia com cada cliente. Assim, no caso da GreyZest, por exemplo, a grande maioria dos clientes atuais possuem regime de fee, ou uma fee integrada, que abra&ccedil;a todos os servi&ccedil;os, incluindo cria&ccedil;&atilde;o, ou uma fee b&aacute;sica, que traz uma remunera&ccedil;&atilde;o m&iacute;nima garantida para viabilizar a dedica&ccedil;&atilde;o cont&iacute;nua - total ou parcial - de um grupo de planejamento.<br /><br /><span class="texto_laranja_bold">Como funciona o sistema de concorr&ecirc;ncia?</span><br />A ABEMD traz algumas recomenda&ccedil;&otilde;es em suas diretrizes setoriais. Mas hoje isto tamb&eacute;m ainda varia muito. A grande maioria dos anunciantes convoca algumas ag&ecirc;ncias (de 3 a 5 ag&ecirc;ncias, normalmente), passa um briefing e solicita uma solu&ccedil;&atilde;o estrat&eacute;gica e criativa para o mesmo, junto a uma proposta comercial. Normalmente o anunciante elege uma campanha espec&iacute;fica para ser o par&acirc;metro de compara&ccedil;&atilde;o entre as ag&ecirc;ncias. Algumas anunciantes solicitam um detalhamento incoerente &agrave; fase de concorr&ecirc;ncia, quase um planejamento completo, o que n&atilde;o &eacute; correto, pois em marketing de relacionamento, a fase de diagn&oacute;stico e planejamento &eacute; extremamente complexa e deve ser devidamente remunerada, por isto acredito que h&aacute; espa&ccedil;o para uma defini&ccedil;&atilde;o mais forte para o mercado das recomenda&ccedil;&otilde;es da ABEMD para este assunto.<br /><br /><span class="texto_laranja_bold">E no quesito remunera&ccedil;&atilde;o? Qual &eacute; a maior reivindica&ccedil;&atilde;o das ag&ecirc;ncias? </span><br />A ABEMD j&aacute; possui uma pol&iacute;tica de remunera&ccedil;&atilde;o para ag&ecirc;ncias muito bem definida (Diretrizes Setoriais) que foi elaborada h&aacute; poucos anos por um comit&ecirc; riqu&iacute;ssimo, com l&iacute;deres das principais ag&ecirc;ncias do mercado. Algumas ag&ecirc;ncias dizem que nem todo o mercado adota este documento como refer&ecirc;ncia, o que acaba prejudicando a sua for&ccedil;a e credibilidade. Nossa expectativa &eacute; reavaliar este documento, diagnosticando novamente as corre&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias e, atrav&eacute;s de um novo comit&ecirc; que j&aacute; est&aacute; sendo criado, estabelecer crit&eacute;rios e medidas para que este novo documento seja efetivamente adotado pelas ag&ecirc;ncias e anunciantes como um todo.
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