<strong>Marketing Cultural levado a s&eacute;rio<br /><br /></strong>Por Bruno Mello<br />bruno@mundodomarketing.com.br<br /><br /><img style="border: #ff9900 3px solid" height="197" hspace="5" src="images/materias/entrevista/foto_maior_marcondes_neto_01.jpg" width="150" align="left" vspace="1" border="0" /> Adequa&ccedil;&atilde;o, inova&ccedil;&atilde;o, estrat&eacute;gia e profissionaliza&ccedil;&atilde;o s&atilde;o as palavras-chaves para o desenvolvimento de projetos de Marketing Cultural que gerem retorno efetivo para a marca na opini&atilde;o do professor Marcondes Neto, coordenador dos cursos de Gest&atilde;o e Marketing na Cultura e Marketing Cultural: Teoria e Pr&aacute;tica da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e autor de &quot;Marketing Cultural: das pr&aacute;ticas &agrave; teoria&quot;.<br /><br />Em entrevista ao Mundo do Marketing, o prof. Doutor explica que os projetos de patroc&iacute;nio a cultura devem ser de longo prazo e precisam apostar na rica produ&ccedil;&atilde;o art&iacute;stico-cultural para se diferenciarem e terem recall de marca, planejando de forma focada e mensurando resultados. <br /><br /><span class="texto_laranja_bold">Como as empresas devem utilizar a cultura como ferramenta de marketing?</span><br />Adequando os projetos que patrocinam. As empresas, que devem conhecer muito bem os seus segmentos de p&uacute;blico-alvo, precisam analisar quais os g&ecirc;neros art&iacute;sticos (artes pl&aacute;sticas, cinema, dan&ccedil;a, m&uacute;sica instrumental ou erudita e teatro, entre outros) e, dentro desses, os projetos e sua respectiva audi&ecirc;ncia, obtendo um alinhamento de ambos.<br /><br /><span class="texto_laranja_bold">Quais s&atilde;o as principais quest&otilde;es a que os profissionais de marketing devem estar atentos na hora de planejar uma estrat&eacute;gia de Marketing Cultural?</span><br />O aspecto adequa&ccedil;&atilde;o de p&uacute;blico, a originalidade da proposta - fugir da mesmice, o que &eacute; cada vez mais dif&iacute;cil - e a an&aacute;lise de resultados ap&oacute;s a realiza&ccedil;&atilde;o da iniciativa (o que infelizmente nem sempre acontece). Adicionalmente, deve-se procurar iniciativas mais duradouras. O patroc&iacute;nio avulso, sem pol&iacute;tica ou estrat&eacute;gia, aqui e ali, n&atilde;o gera recall de marca.<br /><br /><span class="texto_laranja_bold">Como as leis de incentivo podem ajudar as empresas a investirem em cultura?</span><br />Incentivos fiscais cumprem, sempre, uma fun&ccedil;&atilde;o de abertura de caminhos. Foi assim com a Amaz&ocirc;nia, com a fabrica&ccedil;&atilde;o de avi&otilde;es e com a ind&uacute;stria eletro-eletr&ocirc;nica. Um dia, por&eacute;m, eles acabam. &Eacute; preciso aprender com os projetos nessa fase para depois poder-se realizar sem a necessidade desse mecanismo, o qual, por sinal, sempre recebe cr&iacute;ticas, vide a atual revis&atilde;o por que passa a Lei Rouanet - para descentralizar os benef&iacute;cios - e a pol&ecirc;mica gerada no Rio de Janeiro pela obrigatoriedade de se seguir determinada tem&aacute;tica para a obten&ccedil;&atilde;o da ren&uacute;ncia fiscal.<br /><br /><span class="texto_laranja_bold">Quais s&atilde;o os maiores erros que as empresas v&ecirc;m cometendo em suas estrat&eacute;gias de patroc&iacute;nio &agrave; cultura?</span><br />Falta de criatividade &eacute; o pior deles. As empresas v&atilde;o trilhando os caminhos conhecidos. Os produtores t&ecirc;m uma parcela de culpa, pois tamb&eacute;m inovam pouco, e os novos talentos carecem de profissionais de marketing e produ&ccedil;&atilde;o que os amparem. A produ&ccedil;&atilde;o art&iacute;stico-cultural brasileira talvez seja a mais rica do planeta, mas s&oacute; uma pequena parcela de seus artistas conseguem circular suas obras. Com a flexibiliza&ccedil;&atilde;o dos direitos autorais (licen&ccedil;as tipo Creative Commons), a hoje facilitada e barateada produ&ccedil;&atilde;o e distribui&ccedil;&atilde;o de livros fora da ditadura das editoras e o fen&ocirc;meno internet, o panorama come&ccedil;a a desanuviar.<br /><br /><span class="texto_laranja_bold">Como corrigir esses erros?</span><br />Com capacita&ccedil;&atilde;o. O ensino da produ&ccedil;&atilde;o cultural &eacute; muito recente no pa&iacute;s. Marketing cultural, ent&atilde;o, &eacute; disciplina para muito poucos. H&aacute; &iacute;nfima pesquisa e literatura. Na UERJ, por exemplo, temos um p&oacute;lo de capacita&ccedil;&atilde;o na &aacute;rea desde 1994 - os cursos &quot;Marketing Cultural: Teoria e Pr&aacute;tica&quot;, atualiza&ccedil;&atilde;o em 75 horas, &quot;Gest&atilde;o e Marketing na Cultura&quot;, aperfei&ccedil;oamento em 180 horas e o &quot;Semin&aacute;rio Avan&ccedil;ado de Marketing Cultural&quot;, reciclagem em 6 horas produzido especialmente para itinerar o Brasil.<br /><br /><span class="texto_laranja_bold">Quais s&atilde;o os desafios impostos ao Marketing Cultural para faz&ecirc;-lo crescer?</span><br />Al&eacute;m da capacita&ccedil;&atilde;o, a profissionaliza&ccedil;&atilde;o, a penetra&ccedil;&atilde;o no fechado nicho das ag&ecirc;ncias de propaganda e, por incr&iacute;vel que possa parecer, o fim das leis de incentivo fiscal; pois, enquanto o estado ceder arrecada&ccedil;&atilde;o pelos crit&eacute;rios atuais, o tr&aacute;fico de influ&ecirc;ncia prevalecer&aacute; sobre o profissionalismo.<br /><br /><strong>Acesse</strong><br />Para saber mais sobre Marketing Cultural, <a href="http://www.marketing-e-cultura.com.br/" target="_blank">www.marketing-e-cultura.com.br</a>, e <br /><a href="http://www.cepuerj.uerj.br/" target="_blank">www.cepuerj.uerj.br</a> para saber mais sobre os cursos de Gest&atilde;o e Marketing na Cultura e Marketing Cultural: Teoria e Pr&aacute;tica da UERJ
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