<p><strong>Marcas morrem. Voc&ecirc; vai assassinar ou salv&aacute;-la? </strong></p><p>Por Bruno Mello<br /><a href="mailto:bruno@mundodomarketing.com.br">bruno@mundodomarketing.com.br</a></p><p>Mappin, Banco Nacional, Mesbla, Transbrasil, Enron, Gordini entre dezenas de outras marcas, t&ecirc;m muita coisa em comum. Todas elas, indiscutivelmente, gozaram durante anos de grandes faturamentos, alta reputa&ccedil;&atilde;o entre seus pares e consumidores, bons produtos e servi&ccedil;os, criaram valores, mas hoje est&atilde;o apenas na lembran&ccedil;a daqueles que um dia tiveram contato com elas. </p><p>Alguns nomes, como Mappin, em S&atilde;o Paulo, e Mesbla, no Rio de Janeiro, resistem ao tempo porque seus pr&eacute;dios viraram pontos de refer&ecirc;ncia. Por&eacute;m, durante quase um s&eacute;culo o Mappin foi apontado como paradigma em seu segmento no Brasil. Foi o primeiro a introduzir vitrines de vidro na fachada para atrair os consumidores, colocar etiquetas de pre&ccedil;o no mostru&aacute;rio e um dos precursores do credi&aacute;rio. Seu modelo de gest&atilde;o era copiado e seus empregados serviam de modelo at&eacute; que sucessivas crises arruinaram com a opera&ccedil;&atilde;o. </p><p><img class="foto_laranja_materias" src="images/materias/reportagens/marcas_morrem_mappin.jpg" border="0" alt=" " hspace="6" vspace="2" width="170" height="69" align="left" />Em 1999, o Mappin sa&iacute;a de cena depois de seguidas den&uacute;ncias de m&aacute; administra&ccedil;&atilde;o de seus controladores e sem dinheiro para honrar com suas obriga&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Mappin, Mesbla, Banco Nacional, dentre outras, desapareceram por incontin&ecirc;ncia de car&aacute;ter dos seus controladores. Muitas pessoas n&atilde;o sabem que ao lidar com marcas importantes est&atilde;o lidando com diversos aspectos intang&iacute;veis relevantes: imagem, credibilidade, responsabilidade social, com os empregados, clientes e fornecedores&rdquo;, afirma Jos&eacute; Roberto Martins, consultor da GlobalBrands e autor do livro Branding, Um manual para voc&ecirc; criar, gerenciar e avaliar marcas.</p><p>O maior esc&acirc;ndalo de todos os tempos que veio a assassinar uma marca, por&eacute;m, se deu nos Estados Unidos. Os s&oacute;cios da Enron, maior empresa de energia do mundo, com 21 mil funcion&aacute;rios e US$ 101 bilh&otilde;es em faturamento, foram protagonistas do disparate financeiro que manipulou o balan&ccedil;o da empresa e ocasionou a fal&ecirc;ncia do neg&oacute;cio. &ldquo;Com suas pr&aacute;ticas de manipula&ccedil;&atilde;o nos bastidores e contando com controle da situa&ccedil;&atilde;o para manter suas sacanagens em segredo, (a Enron) n&atilde;o sobreviveu aos novos tempos de transpar&ecirc;ncia criado pela tecnologia de comunica&ccedil;&atilde;o em rede&rdquo;, explica Ricardo Guimar&atilde;es, presidente da consultoria Thymus Branding, em entrevista ao Mundo do Marketing. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Os sintomas</span><br />As crises vividas pelas empresas podem ser as mais percept&iacute;veis, por&eacute;m, n&atilde;o s&atilde;o as &uacute;nicas raz&otilde;es que levam uma marca a passar desta para uma outra. Na medida em que a companhia n&atilde;o atualiza os seus produtos, a marca tamb&eacute;m fica velha. &ldquo;Os casos dos modelos Aero Willys, DKV, Gordini explicam bem isso&rdquo;, aponta Marcos Machado, Professor de Gest&atilde;o de Marcas do MBA da ESPM e s&oacute;cio-diretor consultoria TopBrands. &ldquo;J&aacute; um caso bem sucedido &eacute; do Leite Mo&ccedil;a, que inova na embalagem e batiza novos produtos de sobremesa&rdquo;, adiciona.</p><p>H&aacute; tamb&eacute;m os casos de fus&otilde;es e aquisi&ccedil;&otilde;es em que uma empresa d&aacute; lugar&nbsp;a outra ou apenas em que o portf&oacute;lio de marcas &eacute; t&atilde;o extenso que &eacute; preciso enxugar os custos de investimento de marketing. Afinal, a cabe&ccedil;a do consumidor j&aacute; &eacute; bombardeada com centenas de mensagens por dia que eliminar um nome ou outro n&atilde;o faz t&atilde;o mal assim. Em muitas das vezes, o consumidor s&oacute; vai dar conta do desaparecimento da marca tempos depois. Os mais atentos, por&eacute;m, perceberam que as ag&ecirc;ncias do Bank Boston est&atilde;o dando lugar &agrave;s do Ita&uacute; Personalit&eacute;, que comprou os ativos do banco estrangeiro no pa&iacute;s.</p><p><img class="foto_laranja_materias" src="images/materias/reportagens/marcas_morrem_all_star.jpg" border="0" alt=" " title="Marca inovou" hspace="6" vspace="2" width="250" height="148" align="right" />Mesmo em casos de assassinatos a queima roupa, como o da Enron, Marcos Machado, acredita que quanto mais a marca estiver no cotidiano das pessoas, mais f&aacute;cil ser&aacute; para ela permanecer no mercado. &ldquo;Mas para isso &eacute; preciso estar associadas aos valores da marca que despertem a aten&ccedil;&atilde;o das pessoas&rdquo;, explica em entrevista ao site. Como exemplo, o professor da ESPM cita o All Star, que passou por diversas donos e tantas outras crises at&eacute;&nbsp;chegar em sua concordata em 2001. Mesmo com a interrup&ccedil;&atilde;o da produ&ccedil;&atilde;o de seus produtos, a marca foi comprada pela Nike em 2003 e hoje est&aacute; em seus melhores momentos, investindo em novos modelos. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Voc&ecirc; ser&aacute; o m&eacute;dico ou o bandido?</span><br />Os casos de m&aacute; administra&ccedil;&atilde;o, por&eacute;m, podem se repetir e levar mais marcas para sete palmos abaixo de terra. &ldquo;Os acionistas continuar&atilde;o pressionando por lucros, enquanto os executivos far&atilde;o tudo para content&aacute;-los, nem que, para isso, tenham que cortar na pr&oacute;pria imagem das marcas, as quais s&atilde;o normalmente lembradas quando nada mais se pode fazer por elas. S&atilde;o, portanto, assassinadas&rdquo;, ressalta Jos&eacute; Roberto Martins, da GlobalBrands, em entrevista ao Mundo do Marketing.</p><p>E qual li&ccedil;&atilde;o tirar desses casos? Ricardo Guimar&atilde;es, da Thymus Branding, responde. &ldquo;Prepare-se para ter desenvoltura num cen&aacute;rio de tempo real, sem bastidores, com luz acesa e cortinas abertas 100% do tempo. Prepare sua cozinha para agregar valor ao seu neg&oacute;cio n&atilde;o importa por quem ela ser&aacute; vista, sob que &acirc;ngulo, e em qual momento. Construa sua imagem com sua identidade e n&atilde;o apenas com o talento de sua ag&ecirc;ncia de propaganda&rdquo;.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Acesse</span><br /><a href="http://www.globalbrands.com.br" target="_blank">www.globalbrands.com.br</a><br /><a href="http://www.thymusbranding.com.br" target="_blank">www.thymusbranding.com.br</a><br /><a href="http://www.espm.br" target="_blank">www.espm.br</a><br /><a href="http://www.topbrands.com.br" target="_blank">www.topbrands.com.br</a></p>
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