Nos últimos dois anos, a inteligência artificial generativa tem sido incorporada por empresas de forma consistente e estratégica para transformar o Marketing. 27% dos executivos de 180 grandes companhias norte-americanas mapeadas pela Bain afirmam que a tecnologia superou as expectativas nesse setor.
No varejo, os impactos já são concretos. A IA tem possibilitado segmentações mais precisas, testes ágeis de conteúdo e recomendações hiperpersonalizadas. Campanhas orientadas por essa tecnologia já apresentam retorno sobre investimento entre 10% e 25% superior, demonstrando o potencial de escala e impacto da inovação.
Ainda assim, fazer com que essas iniciativas evoluam além da fase inicial representa um desafio. O ambiente digital das grandes organizações é complexo, e a busca por personalização exige mudanças estruturais nos processos. Paralelamente, os diretores de marketing lidam com a pressão por inovação em meio à redução de recursos, o que torna urgente escalar o uso da IA de maneira planejada.

A pesquisa aponta que 25% das empresas ainda estão na etapa de testes, com provas de conceito e poucas mudanças reais no modelo de negócio. Outras 65% se encontram em um segundo estágio, focadas em viabilizar produtos, estruturar as áreas de tecnologia e dados e gerar valor operacional. Apenas 10% já utilizam a tecnologia para automatizar processos, aumentar a lucratividade e impulsionar a inovação de forma contínua.
Entre os principais ganhos relatados pelas empresas estão a agilidade, com redução de até 50% no tempo de lançamento de campanhas, a eficiência, com economia de 30% a 50% no tempo de criação de conteúdo, e o aumento de até 40% nas taxas de cliques em ações de marketing hiperpersonalizadas.
Para ampliar esse impacto, a Bain identificou quatro áreas prioritárias: a simplificação de fluxos de trabalho, a criação e customização de conteúdo, o aprofundamento da inteligência sobre o consumidor e a melhoria da mensuração e otimização de campanhas.

A aceleração da maturidade digital também passa por cinco pilares essenciais: a definição de metas ambiciosas e mensuráveis voltadas à eficiência e retorno financeiro; o foco em iniciativas de grande impacto em vez de múltiplos testes simultâneos; o desenvolvimento de soluções integradas ao dia a dia das equipes, com envolvimento direto dos colaboradores; a capacitação contínua, baseada em treinamentos práticos e desafios reais; e a expansão do ecossistema de parceiros, com adoção rápida de soluções especializadas e acompanhamento das inovações do mercado.
Neste contexto, a IA generativa já não é mais uma aposta futura: trata-se de uma exigência competitiva atual. Enquanto empresas mais maduras no uso da tecnologia avançam na personalização em escala, reavaliam suas parcerias e desenham o futuro do marketing com base em assistentes de IA, outras ainda se mantêm presas a experimentações iniciais. Para essas organizações, é hora de acelerar a adoção, escalar as aplicações e capturar os benefícios concretos dessa revolução tecnológica.
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