A consistência tipográfica de uma marca pode parecer um detalhe estético, mas é, na verdade, uma camada estratégica essencial para a proteção e a credibilidade das empresas. Em um momento em que fraudes digitais se tornam cada vez mais sofisticadas, a tipografia é uma das formas mais sutis e eficazes de reconhecimento visual. Essa foi uma das reflexões levantadas durante a palestra de Luis Machado, Head de Negócios da Monotype LATAM no CMO Summit 2025.
Luis destacou que a Monotype tem ajudado marcas a entenderem seu grau de maturidade tipográfica, orientando passo a passo o uso de fontes como ferramenta de funcionalidade, criatividade e diferenciação.
Para ele, a tipografia não é apenas um recurso visual, mas um código de expressão que, quando aplicado com consistência, potencializa a identidade da marca e sustenta seu crescimento. “Uma marca consistente cresce mais. É assim que o consumidor aprende a reconhecer e confiar nela”, reforçou.

A garantia da verdade
“Se você já não tem consistência tipográfica nas campanhas, fica mais difícil para o consumidor identificar se uma comunicação é real ou fraudulenta. Consistência é proteção”, alertou.
Segundo o executivo, a falta de padronização pode induzir o consumidor ao erro e prejudicar a confiança construída ao longo do tempo. Em setores como o financeiro e o varejo digital, onde a segurança da informação é crucial, uma tipografia com personalidade clara pode funcionar como um filtro visual que ajuda o usuário a identificar possíveis ameaças.
Além da questão da consistência, a tecnologia, especialmente a inteligência artificial, também entrou em pauta. A Monotype já utiliza processos de machine learning para automatizar tarefas como a classificação de fontes e a geração de caracteres, o que otimiza fluxos e libera os designers para trabalhos mais estratégicos.
“A IA ajuda em 70% do processo, mas o resultado final sempre passará por um olhar humano. É esse toque que transmite emoção, intenção e autenticidade”, afirmou o executivo.
A tendência, segundo ele, é que o uso da IA se torne cada vez mais comum, chegando a um ponto de paridade entre empresas. Quando isso acontecer, o diferencial competitivo voltará a ser o humano. “Você pode escrever a mesma frase com fontes diferentes e despertar sensações opostas. Isso, por enquanto — e talvez para sempre —, só o olhar humano é capaz de sentir e transmitir”, afirmou.
Ao final, Luis Machado, encerrou com uma fala que sintetiza o papel estratégico do design tipográfico diante das transformações tecnológicas. "A tecnologia pode acelerar o processo, mas é o olhar humano que dá sentido. Tipografia é emoção, é intenção. E isso, nenhuma máquina consegue replicar por completo”, concluiu.
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