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Como a Gramado Summit virou referência nacional em inovação fora dos grandes centros

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Tempo de Leitura 4 min

DATA

10 de out. de 2025

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Notícias

Crescer à sombra de uma lenda da indústria de eventos, como a mãe, Marta Rossi — gestora do Festuris Gramado — poderia ter sido um caminho natural. Mas para Marcos Rossi, fundador e CEO do Gramado Summit e mais recente entrevistado do Podcast Green Room, a motivação foi outra: uma trajetória de busca por identidade e propósito próprios. 

Nascido e criado em Gramado, no Rio Grande do Sul, ele cresceu cercado pelos bastidores de feiras e congressos, mas resistiu à ideia de seguir os passos maternos. “Eu nasci dentro do pavilhão, entendi muito cedo o valor do metro quadrado e o que significava montar um evento. Mas, justamente por isso, eu não queria seguir o mesmo caminho”, conta.


Antes de se tornar empreendedor, tentou viver de música independente e, depois, arriscou uma startup de e-commerce de viagens. Só mais tarde descobriria que o universo dos eventos o esperava — mas de um jeito completamente diferente.

A faísca para o Gramado Summit surgiu em 2015, quando Marcos participou de um grande evento de inovação em Dublin e viu 40 mil pessoas reunidas em torno de um mesmo propósito. A experiência o inspirou a canalizar sua veia artística para a criação de um “movimento”. 

O objetivo era fazer com que Gramado, uma cidade cuja economia sempre foi voltada ao turismo, se abrisse para a economia da inovação. A ideia era simples, mas ambiciosa: criar pontes, oferecer acesso a fundos de investimento e dar reconhecimento a startups em estágio inicial (early stage), algo que, à época, ainda era escasso no Brasil.


A prova de conceito e a virada do status

Em 2017, com um empréstimo de R$ 30 mil, Marcos deu início à primeira edição da Gramado Summit — um evento para cerca de 600 pessoas. O encontro faturou R$ 430 mil, provando a viabilidade do negócio e marcando o ponto de inflexão na vida de Rossi. 

Na segunda edição, o evento saltou para 2,5 mil participantes, e a atenção de grandes players como a Randon e o então presidente da Lojas Renner, José Galó, validou que ele tinha mais do que um evento: tinha um negócio. O reconhecimento como liderança — o “status”, como define — veio antes do dinheiro, servindo de combustível para que formalizasse o CNPJ, em 2018.

“Quando vi o Galó aceitar meu convite em questão de dias, percebi que aquilo não era só rebeldia. Era um business, Evento te dá mais status do que grana. O primeiro ganho é a visibilidade. O dinheiro vem depois”, comenta o CEO.

A partir daí, a estratégia se solidificou em ser autêntica e fugir do “modelo chato” dos eventos corporativos. A inspiração veio de festivais de cultura, entretenimento e publicidade, como o de Cannes, para que a Gramado Summit fosse uma empresa “sexy e charmosa”, capaz de usar o branding awareness como forma de gerar resultados.

“Sempre quis fazer um evento que eu mesmo gostaria de ir. Autenticidade é o ativo mais escasso do mundo hoje”, resume Rossi.


A estrutura enxuta e a curadoria rigorosa

Para sustentar a operação, Marcos Rossi optou por manter uma equipe fixa extremamente enxuta — apenas 10 pessoas — que trabalham 362 dias do ano para os três dias de evento. A decisão foi racional: evitar manter profissionais sem atividade contínua. Embora o time cresça para mais de 300 contratados durante o evento, a gestão central permanece reduzida.

A curadoria é o pilar da estratégia de conteúdo. Rossi trata a área como a editoria de um veículo de comunicação, que não se comunica diretamente com o time comercial. Para que um patrocinador acesse o palco principal, o conteúdo deve ser de alta qualidade, a ponto de manter 80% das cadeiras cheias, e, crucialmente, não pode ser propaganda da empresa. Esse rigor é visto como essencial tanto para o evento quanto para o próprio palestrante.

“Eu tento tocar a Gramado Summit como se fosse uma redação: o comercial não interfere na editoria. O palco principal não é pra jabá. É para conteúdo de verdade. E isso é bom tanto pro evento quanto pro palestrante”, pontua.

Gramado como lar

A escolha de realizar o evento em Gramado também é vista como uma estratégia decisiva. “Em São Paulo, o público vai e volta pro escritório. Em Gramado, ele mergulha no evento. Aqui, a pessoa respira o Summit. O destino turístico força empresas a dedicarem tempo exclusivo à experiência, evitando a dispersão e a saturação das grandes capitais”, justifica o CEO.

O sucesso do modelo é medido por indicadores de fidelidade — o principal deles, a venda de ingressos para o ano seguinte. A edição mais recente vendeu mil ingressos para a próxima Gramado Summit durante o próprio evento, um salto expressivo em relação aos 380 vendidos no ano anterior. 

O dado, somado à renovação de grandes patrocinadores, comprova a confiança do público B2C e do mercado B2B. Para Marcos Rossi, o maior combustível é saber que o público continua comprando o produto — e que o evento segue crescendo.

Leia também: A “fórmula mágica” criada pela CASACOR para preservar a relevância no setor de eventos



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Ian Cândido

Repórter

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