“Da indiferença à paixão” foi a expressão escolhida pela HSR Specialist Researchers para nomear um estudo sobre produtos e categorias de mercado que conseguem driblar a saturação do mercado para se destacar, atrair atenção e engajar consumidores.
Um dos setores em destaque no levantamento é o mercado de veículos eletrificados, com destaque especial para os veículos híbridos. Um aspecto curioso detectado pela pesquisa é que a oferta de eletrificados eliminou a rejeição das marcas chinesas no mercado automobilístico.
Neste novo panorama, marcas como BYD e GMW passaram a ser vistas como garantia de tecnologia e credibilidade na indústria automobilística. Em números, as marcas chinesas têm o segundo menor grau de reprovação, com 48%. Com o maior índice de rejeição, entre todas as gerações, estão as marcas alemãs (72%), japonesas (70%), americanas (68%), britânicas (58%) e coreanas (56%).
Percepções entre gerações
Entre o público geral, 38% dos entrevistados têm ou já tiveram um veículo híbrido ou totalmente elétrico. A pesquisa identificou, também, que as diferentes gerações têm níveis variados de interesse sobre o assunto. Os Baby Boomers (60 anos em diante) são os menos propensos a investir: apenas 10% dos que responderam à pesquisa pretendem ter um carro híbrido, e, 14%, carro elétrico.
Já os integrantes da Geração X (42-60 anos) demonstram interesse maior: 25% querem um modelo híbrido e 12% elétrico. Nas gerações Y (26-41 anos) e Z (12-25 anos – para a pesquisa só foram entrevistados os acima de 18 anos) combinadas, 35% pretendem ter um veículo híbrido e 17% elétrico.
De forma geral, os motoristas consultados pela HSR disseram que os modelos híbridos se destacam com a garantia de acesso à potência e a tecnologia dos eletrificados, evitando o ônus dos veículos totalmente elétricos, prejudicados pela deficiência na quantidade e distribuição de estações de recarga no país.
Este, aliás, é um dos principais obstáculos para a expansão do mercado nacional de eletrificados. Embora as projeções indiquem que a venda de eletrificados crescerá 23% ao ano até 2028, a baixa cobertura de recarga escancara a deficiência de estrutura especializada para o funcionamento destes veículos.
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