O marketing atual é marcado pela velocidade das redes sociais, pela busca por autenticidade e pelo comportamento digital cada vez mais volátil. Nesse cenário, as parcerias entre marcas deixaram de ser apenas ações promocionais pontuais e passaram a representar uma estratégia poderosa de visibilidade, engajamento e diferenciação no mercado. Quando duas marcas se unem, somam não apenas seus públicos, mas também seus valores, narrativas e propósitos — muitas vezes criando experiências imensuráveis.
As collabs entre marcas têm se mostrado bastante eficazes para ampliar o alcance e conquistar novos públicos. Casos como Carmed, Havaianas, Chilli Beans, Risqué, Burger King e Quem Disse, Berenice? vêm se destacando com parcerias inovadoras — e, por vezes, inusitadas. Segundo uma pesquisa da Orbit Data Science, 66% dos consumidores brasileiros enxergam as parcerias entre marcas de forma positiva. No TikTok, por exemplo, 84% das interações virais em 2025 envolveram algum tipo de colaboração ou cocriação.

Diversos fatores influenciam o sucesso de uma campanha colaborativa, como o período do ano ou eventos culturais relevantes. Um bom exemplo foi a parceria entre Carmed e Bauducco, que lançaram um hidratante labial com sabor de Chocottone no fim do ano, época em que o espírito natalino já está presente no consumo. O produto despertou desejo, curiosidade e engajamento entre os consumidores. O mesmo estudo revelou que 11,2% das menções ao produto o classificavam como um "sonho de consumo".
Outro caso interessante foi a união da Havaianas com a grife de luxo Dolce & Gabbana, que despertou o interesse e desejo nos clientes. Juntas, elas lançaram chinelos personalizados com estampas tropicais, animal print e detalhes artesanais, trazendo o estilo vibrante da marca brasileira com o glamour maximalista da alta moda internacional. Já a Chilli Beans firmou parceria com o CNA Idiomas, pela terceira vez, para a criação de óculos exclusivos. Com foco no público jovem e descolado, o modelo conta com o design tradicional da gigante de acessórios e as cores marcantes da escola de idiomas.

Diante de tantos casos, podemos concluir que parcerias bem-sucedidas têm impacto direto na percepção da marca, no engajamento do público e no faturamento das empresas. Uma pesquisa da PwC mostra que 60% das grandes companhias consideram as colaborações entre marcas essenciais para impulsionar vendas e serviços. Independentemente do porte, setor ou modelo de negócio, qualquer empresa pode se beneficiar de parcerias estratégicas, seja para alcançar novos clientes ou ampliar sua visibilidade.
Essas colaborações podem ocorrer de diversas formas: entre marcas com perfis complementares, com criadores de conteúdo, com instituições sociais, entre outras. O essencial é que exista uma estratégia bem definida, com públicos-alvo semelhantes e alinhamento real com as expectativas e necessidades dos consumidores.
No entanto, é importante lembrar que nem toda parceria garante sucesso. Alianças mal planejadas, com valores conflitantes ou execução superficial, podem gerar frustração e até rejeição. O consumidor está cada vez mais atento à autenticidade e não tolera ações oportunistas, forçadas ou desconectadas da realidade das marcas. Para que a colaboração funcione, é preciso haver um motivo legítimo para a união: seja um propósito comum, uma audiência compartilhada ou uma proposta criativa e relevante.
Diante disso, fica evidente que as collabs não são apenas uma tendência passageira, mas sim uma estratégia sólida dentro do marketing contemporâneo. Elas dialogam com o novo comportamento do consumidor — que valoriza conexão, propósito e experiências. Quando bem executadas, essas colaborações geram valor tangível e intangível: fortalecem a imagem, aumentam o alcance, impulsionam as vendas e colocam as marcas em destaque no imaginário do público. Em um mercado saturado por mensagens publicitárias, unir forças pode ser o diferencial necessário para ser notado e, principalmente, para conquistar de verdade o consumidor.
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