Em 2026, quatro grandes contradições deverão traduzir o momento brasileiro e indicar caminhos de conexão e oportunidade para as marcas: Brasil Global x Brasil Local; Brasil da Esperança x Brasil do Desespero; Brasil dos Afetos x Brasil dos Desafetos; e Brasil Público x Brasil Privado.
É o que aponta a segunda edição do “Tá Quente Brasil! 2025”, estudo que mapeia os movimentos culturais que estão moldando o país. O levantamento identificou cerca de mil sinais comportamentais a partir de uma ampla rede de análise em diferentes regiões do Brasil, totalizando 246,5 milhões de buscas no Google, 2,9 milhões de perfis observados em redes sociais e 22,6 milhões de menções.
O levantamento parte do comportamento do consumidor para entender como as marcas podem fortalecer vínculos dentro do cenário atual, abordando temas como meio ambiente, música, família, religião e finanças.
Veja, abaixo, as quatro tendências:
Brasilidade está na moda — Brasil Global x Brasil Local
A identidade nacional volta a ocupar o centro das atenções dentro e fora do país, impulsionando o orgulho brasileiro por meio de novos símbolos, estéticas e referências culturais que vão além do futebol.
Exemplos como a série Senna, da Netflix, e a ascensão criativa de polos do Norte e Nordeste mostram como ritmos, narrativas e estilos regionais estão moldando tendências e ganhando projeção internacional.
A descentralização cultural abre espaço para conexões com novos públicos, por meio de festas regionais, culinária, turismo e expressões identitárias. Ao abraçar a latinidade presente no Brasil, do bregafunk ao reggaeton, da moda à gastronomia, as marcas podem criar vínculos reais e até expandir seu alcance na América do Sul.

Caminhos de enfrentamento — Brasil da Esperança x Brasil do Desespero
O estudo aponta um país dividido entre avanços e vulnerabilidades. A crise climática intensifica a “ecoansiedade”, enquanto o boom das apostas, dos coaches motivacionais e do conteúdo adulto revela uma busca crescente por escapismo e prosperidade. Em paralelo, religião e espiritualidade se reinventam e ganham novos espaços, das ruas às redes.
As marcas podem assumir papel transformador ao oferecer segurança simbólica e esperança, valorizando repertórios emocionais coletivos, da fé às festas populares. Há espaço para iniciativas que incentivem educação financeira, empreendedorismo periférico e geração de renda sustentável.

(Re)configurando conexões — Brasil dos Afetos x Brasil dos Desafetos
As relações interpessoais passam por forte ressignificação. O amor continua central, mas com novos formatos, limites e arranjos familiares mais diversos. A amizade e o cuidado coletivo ganham protagonismo como resposta à exaustão emocional e ao desgaste dos vínculos tradicionais.
Há oportunidades para marcas promoverem pertencimento e reconexão, seja em experiências físicas, espaços digitais ou comunidades. Com a saúde mental ganhando prioridade, consumidores valorizam empresas que democratizam o bem-estar e acolhem necessidades reais.

Nas redes da influência — Brasil Público x Brasil Privado
A fronteira entre vida pública e privada se tornou mais tênue com as redes sociais. A superexposição convive com um movimento de busca por privacidade e experiências presenciais como antídoto à hiperconexão. Os brasileiros reconhecem o poder coletivo online, participando ativamente de debates sobre cultura, política e esportes.

As oportunidades apontadas envolvem a capacitação de profissionais como influenciadores de nicho, o investimento em soluções de segurança digital e a construção de comunidades segmentadas. Neste contexto, marcas que escutam seus públicos e reconhecem identidades diversas têm mais chances de criar conexões legítimas e duradouras.
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