O mercado de trabalho europeu está a recuperar - ou pelo menos a dar sinais de recuperação - das repercussões da pandemia de Covid-19, mas ainda está longe de satisfazer a procura. As últimas estatísticas revelam uma diminuição das vagas no mercado de trabalho, tendo o emprego também aumentado no segundo trimestre do ano.
A taxa de postos de trabalho vagos - a proporção do total de postos que estão vagos - diminuiu de 2,8% no primeiro trimestre para 2,7%. No mesmo período, a taxa de emprego das pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos situou-se em 75,4%, o que representa um ligeiro aumento de 0,1 pontos percentuais, segundo dados do Eurostat.
No entanto, este fato é secundário em relação à tendência mais geral: a taxa de ofertas de emprego a longo prazo na União Europeia (UE) tem continuado a aumentar anualmente, não conseguindo fazer corresponder a oferta à procura. Entre as vagas anunciadas online no mesmo período, os programadores de software e os assistentes de vendas foram os mais procurados.
Os empregos nas áreas da publicidade, Marketing e produção também registaram um número significativo de vagas, além da engenharia e de pesquisa e desenvolvimento.
Entre os Estados-Membros da União Europeia com dados disponíveis no Eurostat, o gabinete de estatísticas da UE, os Países Baixos registram a taxa de emprego vago mais elevada do bloco, com 4,7% do total de postos de trabalho ainda por preencher. A Bulgária e a Roménia, por outro lado, registraram apenas uma taxa de emprego vago de 0,8% no mesmo trimestre.
Oportunidades em vista
A taxa de ofertas de emprego na UE tem continuado a aumentar desde 2020, quando muitas pessoas foram dispensadas ou despedidas para cortar custos devido à pandemia. Apesar de um aumento da taxa de emprego no segundo trimestre, um relatório anterior da Comissão Europeia afirmou que existe escassez de mão-de-obra e falta de competências.
A criação de novos empregos e a necessidade de substituir os trabalhadores que se aposentam estão a causar "escassez", que se reflete nestas estatísticas.
Veja os 10 cargos mais procurados:
1- desenvolvedores de software
2- assistente de vendas em loja
3- analista de sistemas
4- transportadores
5- profissionais de engenharia
6- trabalhadores da indústria
7- profissionais de contabilidade
8- gerentes de pesquisa e desenvolvimento
9- secretárias administrativas e executivas
10- profissionais de publicidade e Marketing
Mercado está aberto aos estrangeiros As estatísticas nacionais mostram a dificuldade do continente em preencher os postos de trabalho, muitas vezes atribuída à falta de mão-de-obra qualificada. De acordo com o Eurostat, mais de 75% das empresas da UE já têm dificuldades em encontrar profissionais com as competências necessárias para preencher os postos de trabalho, o que dificulta o crescimento económico.
A nova lei da imigração do Governo alemão, aprovada em agosto, visa atrair trabalhadores qualificados de países terceiros para combater a escassez de mão-de-obra no país. O Governo dinamarquês também aprovou um visto de três anos para os estudantes internacionais que desejem trabalhar após a conclusão da licenciatura para preencher postos de trabalho.
Por outro lado, cerca de 27,5 milhões de pessoas da população ativa da UE declararam estar desempregadas, subempregadas, à procura de emprego, mas não imediatamente disponíveis, ou disponíveis mas não à procura de emprego.
Isto significa que um pouco mais de uma em cada oito pessoas na União Europeia está exposta à "folga" do mercado de trabalho, definida pela Organização Internacional do Trabalho como "a diferença entre o volume de trabalho desejado pelos trabalhadores e o volume de trabalho remunerado disponível."
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