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Speakers CMO Summit: a importância da desconstrução profissional, por Bernardo Brandão, da Nuvemshop

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Tempo de Leitura 5 min

DATA

25 de abr. de 2025

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Reportagens

Em um mercado de Marketing inundado por conteúdos cada vez mais parecidos entre si, Bernardo Brandão, atual CMO da Nuvemshop, recomenda uma postura clara para os profissionais da área. "Precisamos nos provocar o tempo todo a desaprender para aprender novamente", enfatiza o experiente profissional, confirmado como um dos palestrantes do CMO Summit 2025.

Com mais de 20 anos de trajetória, Bernardo já passou por gigantes como LinkedIn, Oracle e RD Station — empresas onde ajudou a construir estruturas robustas de Marketing B2B, implementar máquinas de inbound e desenhar estratégias de growth. Mas o que mais chama atenção no executivo, hoje, é seu olhar atento para os rumos da profissão em meio ao avanço acelerado da inteligência artificial. “Vale mais o que você fez no último ano do que nos últimos 15”, afirma Bernardo ao refletir sobre a velocidade de transformação do Marketing contemporâneo. 

Para ele, os métodos consagrados, como o conteúdo orgânico de longa cauda e o playbook clássico de inbound Marketing,  já não são mais tão eficazes. “Eu posso pegar o playbook que fiz em 2018 na RD, mas ele não funcionará na Nuvemshop”, comenta.

Essa constatação não é apenas uma crítica ao passado, mas um alerta para o presente. Segundo o executivo, a ascensão da IA generativa democratizou a produção de conteúdo a um ponto em que tudo começa a soar igual. “Sou eu e mais 100 empresas fazendo a mesma coisa com o mesmo prompt. A tendência é que tudo fique cada vez mais parecido”, pontua.


IA: uma revolução com data de ontem

Um pioneiro digital, se lembra dos primórdios da carreira, quando assistiu de perto o desenvolvimento da internet comercial ao ocupar a cadeira especialista de produtos da iG entre os anos de 2002 e 2003. 

Comparando passado e presente, o profissional avalia que a  IA é uma mudança tectônica, tal como o nascimento da internet. Os ciclos de inovação estão se encurtando a uma velocidade inédita. “Cada modelo novo do GPT é uma nova forma de resolver problemas antigos ou criar soluções para novos desafios. E isso acontece em semanas”, reflete.

Nesse cenário, ele acredita que a IA não substituirá profissionais de Marketing, mas sim os que não souberem usá-la. “O profissional que sabe IA substituirá o que não sabe. Simples assim.” Por isso, sua principal recomendação a novos profissionais não está ligada a cursos ou certificações formais, mas à prática autodidata: testar, aprender fazendo, ser curioso, sem esperar o auxílio de um especialista.

Em meio a tantas rupturas tecnológicas, Bernardo destaca uma base que permanece sólida e mantém a relevância ao longo do tempo. “Conhecimento de cliente, clareza de posicionamento, narrativa que engaja…isso não muda. Quanto mais a tecnologia se torna acessível, mais as marcas precisarão se diferenciar por aquilo que a IA ainda não consegue entregar: significado, conexão, e originalidade, que são os componentes da alma de um negócio”, pontua.


Carreira marcada por pioneirismos

Ao olhar para trás, Bernardo percebe que sua trajetória se confunde com a própria história do Marketing Digital no Brasil. O CMO construiu sua carreira no Marketing acompanhando — e muitas vezes antecipando — as grandes transformações do setor nas últimas duas décadas. 

De portais financeiros em tempos pré-Google até a liderança em empresas nativas digitais, sua trajetória percorre os bastidores da digitalização dos negócios no Brasil e na América Latina. Sua entrada oficial no mercado foi em 2000, no Investshop.com, portal financeiro pioneiro e spin-off do banco Bozano Simonsen. Lá, ainda antes da popularização do termo "UX", Bernardo desenhava jornadas digitais e criava protótipos em HTML — tudo do zero, com ferramentas como Dreamweaver. 

Na sequência, passou pelo portal iG, onde liderou o reposicionamento da editoria de economia, e, logo após, ingressou na Reuters (2003-2012), que mais tarde se tornou Thomson Reuters. Foi sua primeira grande experiência em uma multinacional. Como gerente de Marketing da América Latina, trabalhou com software financeiro e viveu uma década de aprendizado intenso no Marketing B2B tradicional.

Mas foi no LinkedIn, em 2012, que sua carreira deu um salto. Bernardo foi o primeiro Head de Marketing da empresa no Brasil e um dos responsáveis por estabelecer a operação local. Ele entrou quando o escritório ainda estava começando. “Fui o décimo funcionário. Em 40 dias, eu já estava no palco lançando o primeiro produto”, relembra.

Liderando o lançamento do LinkedIn Recruiter na América Latina, Bernardo ajudou a transformar a percepção do LinkedIn de uma simples rede social para um hub estratégico de recrutamento e employer branding. Ele foi peça-chave na implementação de uma máquina de Inbound Marketing e geração de pipeline — algo ainda raro no Brasil naquele momento.

O sucesso no LinkedIn o levou à Oracle, onde o CMO saciou o desejo de trabalhar para uma gigante global. Por lá, aplicou a sólida bagagem de inbound para lançar a Oracle Marketing Cloud na América Latina. Em seguida, assumiu a liderança da vertical de advertising e growth da Oracle na região. Sua missão: criar uma estrutura escalável de Marketing em um ambiente dominado por vendas outbound.

Em 2018, aceitou o convite para ser VP de Marketing da RD Station. Lá, liderou rebranding, expansão do evento RD Summit e a implementação de um modelo híbrido de PLG (Product-Led Growth) e Sales-Led Growth. Sob sua gestão, a empresa cresceu e acabou sendo adquirida pela TOTVS por mais de R$ 2 bilhões.

Desde o fim de 2023, Bernardo é o CMO da Nuvemshop, plataforma de e-commerce com mais de 150 mil lojistas na América Latina. Segundo ele, a empresa reúne o tamanho da RD no auge com os desafios iniciais de uma scale-up. “A Nuvemshop me parece muito a RD do começo, mas com o tamanho que a RD levou anos para alcançar”, compara.


Expectativas para o CMO Summit

Para Bernardo, o CMO Summit extrapola a esfera de um simples evento e se transforma em uma oportunidade valiosa de aprendizado e conexão com outros líderes de Marketing. “Gosto de ouvir como outros profissionais estão resolvendo os mesmos desafios que eu vivo. É um benchmark vivo”, explica.


Além do networking, ele pretende contribuir com sua experiência ao abordar um tema que conhece bem: como liderar a área de Marketing ao entrar em uma nova empresa. “Já passei por isso algumas vezes. Quero compartilhar aprendizados sobre os primeiros 30, 60, 90 dias de um líder de Marketing, o que olhar, o que priorizar e quais armadilhas evitar”, finaliza.

Garanta seu lugar no CMO Summit e escute de perto os ensinamentos compartilhados por um pioneiro do Marketing nacional. Inscreva-se já!.


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Ian Cândido

Repórter

AUTOR

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