Seja uma pequena startup ou uma corporação multinacional, os consumidores esperam por divulgações diretas e assertivas, pois nos dias atuais não há paciência para mensagens complexas.
Diante deste cenário, é imprescindível buscar por um diferencial na comunicação de seu produto ou serviço. E, um dos princípios que podem ser utilizados é a ‘Regra dos 3’, que serve como uma diretriz para criar comunicações memoráveis e impactantes, proporcionando às marcas estrutura para se trabalhar. Aqui, mergulharemos na ciência dessa ideia e na sua aplicação, que vai desde a estratégica ao branding.
A ‘Regra dos 3’ é um conceito amplamente explorado na neurociência cognitiva, psicologia e comunicação. Antes de tudo, é necessário entender que o cérebro humano facilita a compreensão e a memorização de coisas quando agrupadas em três componentes. Isso ocorre porque a memória de curto prazo tem uma capacidade limitada para reter material.

Pensando nisso, podemos encontrar o poder do número três em muitos lugares. Na literatura, por exemplo, temos: “Os Três Mosqueteiros”, “O Poderoso Chefão” (trilogia), “Branca de Neve e os Três Anões” (variante popular em algumas culturas). Na política, podemos notar lemas compostos por três palavras, como: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”; e é claro, no marketing, há slogans seguindo a mesma regra, tais quais: “Just Do It” (Nike) e “I’m Lovin’ It” (McDonald’s).
A repetição de padrões simples funciona bem para a memória humana, permitindo impacto por meio de detalhes suficientes ao mesmo tempo em que se obtém a retenção por meio da simplicidade. Estudos em neurociência do consumidor demonstram que os consumidores lembram mais de mensagens curtas formatadas em blocos de três elementos.
Portanto, para aplicar a ‘Regra dos 3’ no branding, um dos tópicos a serem trabalhados devem ser os slogans e ideias–chave, pois a utilização de três palavras para gerar mensagens de marca simplifica o conceito e facilita a memorização, como mostram os estudos. Alguns exemplos são: “Amar. Viver. Brilhar” (L’Oréal) e “Prático, rápido, eficiente” (FedEx).

A narrativa da marca é outro item que pode ser dividido em três fases, seguindo o script: problema, solução e resultado. Isso forma um vínculo emocional com o consumidor, tornando mais fácil compreender e lembrar.
Nesse âmbito, Steve Jobs usou essa fórmula para apresentar o primeiro iPhone, sendo o problema a difícil utilização dos celulares; a solução, uma interface mais fácil de usar – ou seja, o iPhone; e o resultado, a dependência das pessoas em seus smartphones.
Em um artigo para o The Post sobre a ‘Regra dos 3’, Matthew O’Hern escreveu que elementos visuais também podem refletir esse princípio, ou seja, essa ferramenta também pode ser aplicada no design e identidade visual de uma marca. Para isso, pode ser utilizado um trio de cores principais para usar como uma paleta de cores primárias; ter a marca feita a partir de três formas essenciais; ou ainda, a utilização de três áreas principais ou layouts em blocos.

Podemos reparar também que na publicidade e nas relações públicas, as campanhas bem sucedidas tem a utilização da ‘Regra dos 3’ como denominador comum, com anúncios repetindo a mensagem principal três vezes para reforçá-la; tríades e trípticos criando antecipação e envolvimento; ou ainda, um passo a passo por meio de um chamado à ação (CTA) distribuído em um segmento de três partes, como: “Cadastre-se, Compartilhe, Experimente”.
Não há como negar que este princípio traz inúmeros benefícios, mas entre os principais, estão:
1. Mais memorabilidade: Mantém a mensagem fresca na mente do consumidor;
2. Mais clareza: Permite uma comunicação clara e sucinta, sem inundar de dados;
3. Maior engajamento: Aumenta a conexão emocional e a compreensão da mensagem.
A ‘Regra dos 3’ é comprovadamente uma estratégia de grande impacto, e quando aplicada efetivamente em áreas como comunicação, identidade visual e narrativa da marca é capaz de proporcionar uma impressão duradoura no mercado e nas mentes dos consumidores.
Se a sua marca ainda não usa essa abordagem, é hora de simplificar para amplificar!
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