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Quem mexeu na minha AI?

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Tempo de Leitura 7 min

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17 de ago. de 2023

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Era quase o final do expediente quando Douglas, gerente de TI da empresa, recebeu um intrigante e-mail de um dos sócios: “Bloqueie o acesso a todas as AIs aqui na empresa”. O e-mail ordenava para que todos os acessos a ferramentas de AI fossem bloqueadas direto no roteador. Apesar de achar estranho, Douglas não era gerente de TI à toa e executou a ordem, bloqueando o máximo de ferramentas que identificou. Mais tarde, na reunião de líderes, buscaria saber o que aconteceu.

A empresa não era grande, possuía ali seus 120 funcionários, dos quais 15 eram do marketing e Fernando, um dos analistas da área, era um dos que mais cedo chegava. Gostava de adiantar as atividades, típico profissional esforçado, por estar longe de ser brilhante. Sofria para conseguir se destacar, então buscava compensar com trabalho árduo. Porém, nos últimos tempos a sua vida havia mudado. Sentia-se super produtivo nas entregas, pois aprendera a usar uma das ferramentas de AI que surgiram.

Fernando sabia que não era bom em dar respostas, criar planos ou gerar conteúdos estruturados, porém descobriu que era muito bom em fazer perguntas e pedidos, os tais prompts, às AIs, assim como, se reconheceu um ótimo revisor, ajustando e polindo os conteúdos que recebia, gerando trabalhos realmente notáveis. Começou a chamar a atenção da liderança. Por esse motivo ficou incrédulo quando percebeu que seu acesso às ferramentas de AI havia sido revogadas. Seus dias de bonança foram por água abaixo. E, neste sentido, Fernando continuava medíocre, pois nunca teria a coragem ou mesmo capacidade de argumentação para confrontar essa decisão. De alguma forma, ali no fundo, sentia que estava trapaceando.

Por outro lado, Erica, gerente da área de marketing, que também havia se encantado com a melhora de produtividade de Fernando, sabia perfeitamente que ele se apoiava nas ferramentas de AI para suas entregas. Na realidade, não era segredo para ninguém. Aliás, ela entendia que Fernando, melhor que ninguém, manejava o diálogo com essas soluções. Achava curioso como um profissional que até então não demonstrara nada especial, despontara de uma hora para outra e, sinceramente, ficou preocupada quando o viu inconsolável ao perceber que não teria mais a muleta das soluções de AI para seu dia a dia.

Para Erica a questão não estava apenas na motivação do azarão, mas sim, na produtividade e capacidade de entrega da sua área e estava disposta a entender melhor a nova política da empresa na famigerada reunião de líderes. Vale destacar que, para ela, o bloqueio não foi uma surpresa. Dentro de sua própria área surgiram grupos rebeldes considerando o uso das ferramentas como atalhos perigosos para a qualidade do trabalho. Não era preciso dizer que os líderes desse levante eram pessoas bastante políticas e pouco familiarizadas com inovação e novas tecnologias. Seria injusto dizer que representavam a velha guarda?

“Então encerramos a reunião de líderes. Alguém tem algum ponto adicional?”, concluiu Roberval, diretor financeiro e um dos dois sócios - o alfa - da empresa, já levantando-se e fechando o notebook sem dar margem a contribuições extras. Definitivamente havia sido uma pergunta retórica. Seu tom assertivo e seco deixava claro que não era do tipo de líder conciliador e amável. Tratava-se de um executivo direto, objetivo, prático e pouco maleável, daqueles que consideram o dia da massagem para os funcionários um desperdício de tempo, dinheiro e produtividade. Porém, nesse momento ocorreu um hiato nos ruídos comuns aos finais de reunião, quando todos se levantam, conversam, alinham, marcam outras reuniões.

Houve apenas um pigarro ao fundo sala, silêncio e inércia. Apenas um ou outro cuja sintonia com o ambiente não era o seu forte, ameaçou se levantar. Roberval, apesar de bruto, não era negligente. Percebeu algo. “O que foi? Digam!”, ordenou ele. Curiosamente, dos oito líderes, seis estavam, se não preocupados, ao menos intrigados, com a questão dos bloqueios. Apesar de não serem uma empresa de tecnologia, costumavam se vangloriar de saber usá-la muito bem para seus próprios fins. Inesperadamente foi o gerente de atendimento quem levantou a questão. “Sr. Roberval, tenho uma questão adicional.

Não sei se os demais compartilham a mesma preocupação, porém, o senhor mandou bloquear algumas soluções de AI e isso, de alguma forma, impactou minha operação. Pode nos dar mais detalhes?”, comentou Adriano com voz miúda, típico de quem tem o costume de conciliar e, muitas vezes, ceder frente a dilemas com clientes. Tímidos movimentos afirmativos de cabeça surgiram entre alguns na sala, mas o real apoio à coragem do colega foram os olhares ansiosos que a maioria dirigiu a Roberval. Havia ali, sim, uma questão.

O que se seguiu a partir dali foi um monólogo conservador proferido pela voz da experiência de quem já conquistara e realizara muito. Seria prolixo derramar toda a retórica do líder da empresa aqui porém, seus argumentos, em síntese seriam algo como: tecnologia emergente e não totalmente conhecida; com qualidade duvidosa que geram, quem sabe, passivos em privacidade; pasteurização e normatização da produção dos conteúdos - plágio! Imaginem o risco de plágio!; arauto do fim da criatividade, um cheque à inteligência humana e sua capacidade ímpar de gerar soluções únicas e, em última instância, trapaça!

Os mais capacitados são prejudicados, uma vez que os medíocres usariam essas soluções como anabolizantes! (Preciso dizer que a argumentação dele é criativa!) Silêncio. Foi quando, inesperadamente, um grito de liberdade soou em meio aos colaboradores que desejavam o impossível! Erica levantou-se e, em tom desafiador, para encantamento de todos, afirmou que Roberval era um dinossauro da sua era. Diante do ímpeto da líder de marketing, o sócio ditatorial sensibilizou-se e quis entender melhor aquilo e abriu-se ao diálogo. Ok. Mentira! Nada disso aconteceu, uma vez que todos ali precisavam dos seus empregos, ou melhor, salários. Então, findo o monólogo, resignados, levantaram-se e seguiram aos seus afazeres cotidianos. Sabemos como muitas empresas funcionam e cenas como estas não são raras.

No entanto, enquanto a verborreia de Roberval jorrava boca a fora a plenos pulmões, a grande maioria da plateia estava mais atenta a seus próprios pensamentos, os quais posso traduzi-los como: mas o objetivo da operação não é fazer as coisas com maior produtividade possível? Uma pessoa que saiba manejar bem o IA, pode produzir o que 2 ou 3 outras fazem tradicionalmente, sem falar que essas soluções podem nos trazer novas informações, opções, pontos de vista que nem imaginamos; além de gerarmos conteúdos multi idiomas, multi tons (existe isso?); multi muita coisa;  e servir de guia para a produção de estratégias, táticas, conteúdos - realmente um mordomo de informação, um poderoso “assistente de conteúdo”; e, ao final de tudo, quem determina o tom e formato, é o usuário humano que tem por obrigação, revisar e fazer a devida curadoria do que foi recebido.

E, sinceramente, quem se importa se o medíocre virou o novo brilhante? Se ele consegue produzir mais usando o potencial de novas soluções a seu favor e, consequentemente, ao da empresa, isso não é positivo? Não estamos falando de medíocres ou brilhantes, mas de inovadores e conservadores. Déjà-vu.

Por fim, a conclusão foi que, ao cabo de alguns meses, Erica e outros 2 líderes já não faziam parte da equipe daquela empresa. Encontraram outras oportunidades que atendiam às suas aspirações e Fernando, o geek medíocre, a acompanhou tornando-se o seu braço direito. Por outro lado, a empresa do Sr Roberval continua bem, firme e sólida, mantendo os profissionais adequados sintonizados com a sua cultura e modo de fazer. E quem dirá que há algo de errado em tudo isso?

E você? De qual grupo você faz parte? Qual seria a sua visão de adoção de tecnologias emergentes e, até certo ponto, com efeitos desconhecidos em sua empresa? Riscos existem!

Este conteúdo TEXTUAL não utilizou IA, foi criado no bom e velho processo de produção intelectual humana. Mesmo porque é muito mais prazeroso. :-)  Porém, por diversão e curiosidade, a imagem foi gerada por IA (midjourney) a partir de um resumo do conteúdo, também criado por IA (ChatGPT), uma vez que ninguém merece ficar fazendo resumos, o que é chato pra chuchu. Segue o prompt: “The situation involves the sudden blocking of access to artificial intelligence tools in the company, causing discontent among some employees. While some recognize the benefits of AI, others see it as a dangerous shortcut. The lack of courage to confront the authoritarian decision is evident. ”. *Artigo criado por Cristian Gallegos, um cara de marketing apaixonado por tecnologia e inovação, palestrante, empreendedor, executivo, comerciante, motociclista, investidor e outras coisas mais. 

Cristian Gallegos

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