A vida de luxo exibida nas redes sociais por alguns influenciadores digitais pode fazer muitos acreditarem que todos nesse ramo desfrutam de altos rendimentos. Um novo estudo realizado pela Brunch e YOUPIX, no entanto, aponta uma realidade bem diferente para a maioria dos criadores de conteúdo no Brasil. A 5ª edição da pesquisa Creators e Negócios mostrou que 50,68% dos influenciadores no Brasil ganham até R$ 5 mil mensais e apenas 6% ultrapassaram a faixa dos R$ 20 mil.
De acordo com o levantamento, a renda mensal dos influenciadores é distribuída da seguinte forma:19,24% ganham até R$ 2 mil, 31,44% ganham entre R$ 2.001,00 e R$ 5 mil, 28,73% recebem entre R$ 5.001,00 e R$ 10 mil, 14,36% ganham entre R$ 10.001,00 e R$ 20 mil. 4,34% faturam entre R$ 20.001,00 e R$ 50 mil, 1,36% ganham entre R$ 50.001,00 e R$ 100 mil e apenas 0,54% faturam acima de R$ 100 mil.
Por que apenas uma minoria ganha mais de R$ 20 mil por mês?
Fabio Gonçalves, diretor de talentos internacionais da Viral Nation, explica que o mercado de influenciadores é extremamente competitivo e que alcançar grandes rendimentos exige muito mais do que acumular seguidores. Segundo Gonçalves, “o crescimento na carreira de um criador requer investimentos contínuos em qualidade de produção, conteúdo relevante e parcerias estratégicas”.
Os algoritmos das redes sociais são uma barreira para o aumento de ganhos dos influenciadores, pois priorizam conteúdos que já possuem alto engajamento. “Para a maioria dos criadores, o sucesso financeiro é um processo gradual que depende de uma audiência engajada e de uma imagem sólida”, complementa Gonçalves. O especialista destaca ainda a importância de parcerias de longo prazo e de um empresário que auxilia nos aspectos comerciais.
Múltiplas fontes de renda dos influenciadores
Outro dado importante da pesquisa é a origem dos ganhos dos influenciadores, que cada vez mais buscam complementar seu rendimento com outras atividades. Em 2024, apenas 32,52% dos criadores viviam exclusivamente da criação de conteúdo, representando uma queda em relação aos 37,8% de 2023. O restante dos influenciadores divide sua renda entre várias fontes:
24,12% combinaram a criação de conteúdo com um emprego fixo (CLT/PJ).
15,72% criam conteúdo para marca ou produto próprio.
13,55% são como fonte principal de renda de um emprego fixo (CLT/PJ).
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