<p class="titulomateria">Publicidade sai das mídias convencionais para se manter</p> <p>Por Guilherme Neto<br /><a href="mailto:guilherme@mundodomarketing.com.br">guilherme@mundodomarketing.com.br</a><br /> <br />A publicidade já não é mais a mesma de antigamente. Antes restritas às mídias convencionais, como jornais, revistas e TV, as agências do mercado já começam a realizar eventos, promoções, relacionamento e outras ações de Marketing. Isso está acontecendo após pesquisas constatarem que a propaganda nos meios tradicionais, apenas, não era mais uma estratégia de comunicação eficiente.<br /> <br /><img class="foto_laranja_materias" style="FLOAT: right" title="Publicidade sai das mídias convencionais para se manter" src="images/materias/publi_karina.jpg" border="0" alt="" width="200" height="182" />Apesar dos temores de uma possível descrença na publicidade por parte dos consumidores, o Brasil é, ao lado das Filipinas, o país com maior índice de confiabilidade na propaganda, segundo pesquisa realizada em 47 países no ano passado pela ACNielsen. O que os publicitários temem é que essa porcentagem se assemelhe as de países desenvolvidos, como Alemanha, Itália e Dinamarca, que apresentam 35%, 32% e 28% respectivamente.<br /> <br />"O consumidor começa a ficar mais atento e crítico em relação aos mecanismos da publicidade com o passar do tempo. Além disso, ele está antenado com diversas outras formas de comunicação e acaba precisando selecioná-las", comenta Karina Busquets (foto), Diretora de Planejamento da agência DM9DDB, em entrevista ao Mundo do Marketing.<br /> <br /><span class="subtitulomateria">Agências de publicidade começam a oferecer novos serviços</span><br />Como a TV não exerce mais o poder de influência de antigamente, a DM9DDB oferece diversos pontos de contato na hora de promover uma ação para uma marca. Estão no portfólio recente eventos como BGourmet, para a Brastemp, o Guaraná Antartica Street Festival, para a Ambev, e uma ação de guerrilha para o Terra (foto).</p> <p style="text-align: center;"><img class="foto_laranja_materias" title="Publicidade sai das mídias convencionais para se manter" src="images/materias/terra_olimpiadas_blog.jpg" border="0" alt="" width="550" height="464" /></p> <p>A utilização de comunicação segmentada é outra solução encontrada por algumas agências para atingir com mais efeito o público consumidor. Essa foi uma das soluções encontradas pela MacNeeds, agência de Campinas fundada há 14 anos. "No início, fazíamos principalmente folhetos e tablóides publicitários para distribuição, e também vinhetas para rádios", relembra Dany Mac Need, CEO da agência.<br /> <br />Hoje, para manter-se no mercado, a agência trabalha com vários tipos de serviço, como assessoria de imprensa, confecção de embalagens, Marketing Digital, Endomarketing e Marketing Promocional. "Estamos passando pelos mesmos processos que nossos clientes. Eles têm que se esforçar muito mais para conseguir um cliente do que ter um produto de qualidade e propaganda legal na TV", conta em entrevista ao site.<br /> <br /><span class="subtitulomateria"><img class="foto_laranja_materias" style="FLOAT: left" title="Publicidade sai das mídias convencionais para se manter" src="images/materias/publi_dany.jpg" border="0" alt="" width="200" height="259" />Publicidade padronizada é um obstáculo</span><br />A propaganda na TV e revistas, direcionada para as massas, pode acabar não dando certo com alguns públicos. Foi o que percebeu a Chevrolet, que produziu 15 filmes diferentes para 15 praças distintas para promover a marca. A MacNeeds, por sua vez, desistiu de utilizar a publicidade da Net com o personagem russo Boris Tuchencko no interior de São Paulo após ver que a população não entendia ou se identificava com ela, o que acabou gerando uma queda nas vendas. <br /> <br />No lugar disso, a MacNeeds optou por promover ações focadas em públicos específicos. Para enfrentar a concorrência acirrada em Piracicaba, interior de São Paulo, a agência optou por deixar a publicidade na TV e revistas de lado para fazer ações na rua e de mala-direta. Para isso, foi aproveitada a inauguração de um novo condomínio para a distribuição exclusiva de material de propaganda para os condôminos, como cartas, outdoors na entrada e saída do local.<br /> <br />Além disso, foi oferecido um vôo de balão Panorâmico no condomínio. Como resultado, a ação gerou bastante boca-a-boca e mídia espontânea com um custo menor que R$ 3 mil. "É um retorno muito maior do que se fizéssemos uma propaganda na TV, bem mais custosa. Algumas agências ainda insistem na publicidade convencional em busca de glamour, maiores lucros e trabalho fácil. Mas aquelas que não buscarem resultados melhores para os anunciantes, e não apenas si mesmas, acabarão fechando", alerta Mac Need (foto).</p> <p><span class="subtitulomateria">Publicidade cada vez mais parecida com Marketing</span><br /><img class="foto_laranja_materias" style="FLOAT: right" title="Publicidade sai das mídias convencionais para se manter" src="images/materias/publi_apinutre.jpg" border="0" alt="" width="250" height="227" />Outros cases de sucesso são a remodelagem das embalagens de mel Api.Nutre (foto), que rendeu um aumento de 40% nas vendas do produto, e o envio de baralho de presente do Dia dos Pais feito para a Net.<br /> <br />Com a recente tendência das agências especializadas em outras ações de Marketing também criarem anúncios para TV e revistas, a confusão parece se estender para as agências de ambas as áreas. "A publicidade hoje é maior do que antigamente. Isso inclui ações de Marketing Direto, Eventos, Marketing Digital... Tudo de forma integrada para poder funcionar. É preciso fazer com que o consumidor se conecte com a marca, gerando experiência e diálogo com o anunciante", diz Karina.<br /> <br /><span class="subtitulomateria">Novas regras para a publicidade também são problema</span><br />Outro problema enfrentado pela publicidade é o cerceamento da lei, cada vez mais rigorosa em relação à publicidade, como a Lei Cidade Limpa em São Paulo. Mais recentemente, o Ministério da Saúde anunciou que realizará consultas públicas para elaborar propostas de restrição à publicidade de alimentos não-saudáveis, como biscoitos e hambúrgueres. A medida veio depois do Ministério constatar que 72% dos anúncios de alimentos se enquadram nessa categoria.</p> <p>“O mercado mudou. Um bom produto com propaganda na TV pode perder para um concorrente com algo pior, mas que tenha boa embalagem, boa distribuição e ações de Marketing Direto eficientes. As agências precisam atentar também para isso”, alerta Dany Mac Need.</p>
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