O setor de games e E-sports é um negócio que pode gerar cerca de US$ 200 bilhões em receita anual este ano, representando um crescimento de 8% em relação aos US$ 138 bilhões gerados em 2018, segundo estimativas do Boston Consulting Group. De acordo com dados do mesmo relatório, cerca de três bilhões de pessoas em todo o mundo foram consideradas "gamers", desde 2021. Atualmente, as campanhas em videogames e E-sports são levadas muito a sério por diferentes marcas. "Essa área se expandiu porque durante a pandemia, já que uma das principais maneiras de escapar do estresse do confinamento foram as transmissões de várias ligas de videogames, além do aumento do número de jogadores e criadores de conteúdo que migraram para contas de streaming ao vivo", afirmou Mayra Alcántara, Director Influencer Marketing da another. O E-Sport vem ganhando ares cada vez mais profissionais, com campeonatos que recebem um alto volume de audiência e patrocinadores. "Muitos jogadores online têm a mesma reputação que atletas profissionais", pontuou a executiva. Um exemplo do poder de engajamento desse setor ocorreu em 2019, durante a final da Copa do Mundo Fortnite, realizada no Estádio Arthur Ashe, na mesma sede do US Open (EUA). O evento atraiu 2,3 milhões de espectadores e o vencedor levou para casa cerca de US$3 milhões em prêmios. O caso do Brasil não fica atrás, já que foi escolhido por diferentes ligas como sua primeira casa para realizar diferentes torneios, como é o recente caso do Valorant Champions Tour VCT 2023 em São Paulo. Esta competição ocorre em três regiões e suas finais já somaram mais de 300 mil espectadores online. Publicidade como porta de entrada A especialista da another destaca que é importante considerar que a publicidade em esportes eletrônicos não é a mesma que em outros meios tradicionais. Os jogadores e espectadores são uma comunidade muito comprometida e não aceitarão publicidade invasiva ou que não esteja relacionada com seu principal interesse: videogames. "Por isso, é fundamental que as marcas se aproximem do mercado de esportes eletrônicos de forma autêntica, criando conteúdo de valor e participando em eventos que permitam conectar-se com a audiência de forma genuína", afirmou Alcántara. Uma forma de fazer isso é patrocinar equipes ou jogadores profissionais, o que lhes dá visibilidade e gera uma associação positiva da marca com os valores e paixão dos jogadores. Também é importante ter presença nas plataformas de streaming de jogos de vídeo, como Twitch, onde os jogadores passam grande parte do seu tempo e se relacionam com suas comunidades. De olho na Twitch A especialista em Twitch, publicidade em jogos de vídeo e streaming, Frida Olivares, Gerente de Marketing de Influência da another, comenta que "existem mais de oito milhões de streamers atualmente no mundo, e que a Twitch conta com mais de um bilhão de visitas mensais". Além disso, o uso de influenciadores e streamers de jogos pode ser muito eficaz para as marcas que buscam se conectar com o público de esportes eletrônicos. Esses influenciadores têm grande influência na comunidade de jogadores e podem ajudar a construir a imagem de uma marca e aumentar sua visibilidade. "É essencial levar em consideração a diversidade cultural do Brasil, um país muito grande. As marcas que desejam ter sucesso no mercado de esportes eletrônicos devem levar em consideração as diferenças regionais e culturais do país e adaptar sua estratégia em conformidade", acrescentou Alcántara. Leia também: E-não-sports: uma reflexão sobre estar ou não no guarda-chuva dos esportes tradicionais
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