No mundo dinâmico do varejo e consumo, mal as marcas se adaptam a algum canal, surge uma evolução que pode revolucionar todo seu contexto. Após o boom do digital e a ascensão dos marketplaces como canais de compra, talvez estejamos começando a assistir o início da fusão entre dois canais: streaming e marketplace.
Sempre digo que onde há uma marca, não importa o canal, deve existir uma oportunidade de compra aos seus consumidores. A The Walt Disney Company anunciou recentemente que o Disney+, sua plataforma de streaming, terá, em breve, uma loja on-line, oferecendo produtos de marcas de suas séries, filmes e outras além da própria Disney, que incluem, por exemplo, Star Wars e Marvel. Os testes iniciam nos Estados Unidos e ainda não há previsão de chegada ao Brasil.
Recentemente, o TikTok também sinalizou algo nesse sentido. A avalanche de vagas publicadas pela empresa dá a entender que, além de ser hoje uma das principais plataformas de vídeos do mundo, ela provavelmente buscará ampliar sua atuação, talvez tendo seu próprio marketplace e vendendo cada vez mais diretamente ao seu público (sendo seller ou funcionando como fulfillment), ao invés de apenas se tornar uma ponte entre influenciadores e sites, como AliExpress e Shopee.
Para quem ainda não conhece como influenciadores vem se conectando a esses marketplaces via canais, como o TikTok, vale a pena buscar sobre esses players na plataforma. A linguagem de descoberta e experiência utilizada pelos influenciadores, inclusive, deveria servir desde já para todos os canais de marketing de qualquer empresa. No sentido inverso, porém com contexto parecido, notícias no exterior indicam que a Amazon está buscando gerar engajamento a partir de um feed semelhante ao do TikTok, unindo entretenimento e vendas.
Aqui, no Brasil, ainda que em caráter de teste, a TV Globo buscou há algum tempo uma parceria entre conteúdo e venda de produtos, na qual alguém poderia comprar produtos da Casas Bahia durante a exibição de alguns programas, em uma iniciativa que foi chamada na época de T-Commerce. Tendo performado bem ou não, o fato é que a fusão entre conteúdo e compra é cada vez mais forte, não importa se falamos no momento entre influenciadores e parcerias, ou entre grandes players de mídia e de mercado.
Em meio à pandemia, muitos varejistas viram no Live Commerce uma saída para encantar e engajar consumidores. Será que viveremos um novo momento do que serão os marketplaces? Será que ao invés dos shoppings on-line migrarem para oferecer cada vez mais conteúdo, veremos as plataformas de streaming se tornando os grandes players de marketplace do futuro?
Em breve, uma nova temporada de ofertas estará buscando os consumidores... “tu-dum”!
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