Em um cenário em que os consumidores estão cada vez mais expostos a anúncios digitais, os painéis de mídia OOH (out-of-home) voltam a ocupar um espaço de destaque. Longe de serem ultrapassados, esses formatos têm mostrado forte conexão com a população periférica, que vê nas mensagens expostas nas ruas um ponto de identificação e proximidade com sua realidade.
As favelas e comunidades populares, historicamente pouco contempladas nas estratégias das grandes marcas, reúnem milhões de brasileiros com alto potencial de consumo e influência cultural. Mais do que espaços de moradia, tornaram-se polos de inovação, empreendedorismo e circulação intensa de informações.
Nesse contexto, o OOH ganha relevância não apenas pela visibilidade, mas por sua capacidade de dialogar diretamente com um público muitas vezes invisibilizado pela comunicação tradicional:51,9% dos entrevistados prestam mais atenção nos painéis de rua do que em anúncios em TV ou redes sociais. O estudo, realizado pela Levva OOH, com mais de 760 moradores de comunidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás, aponta ainda que 49,1% afirmam que essa publicidade tem impacto direto em suas decisões de compra, e 71,1% conhecem alguém que já interagiu com promoções ou conteúdos veiculados nesses espaços.

Cansaço com o digital
O levantamento evidencia também um desgaste da mídia online. Entre os participantes, 69,7% disseram se incomodar com anúncios em plataformas digitais como YouTube, Instagram, Facebook e TikTok. Para muitos, a experiência nas redes sociais tem sido marcada por excesso de estímulos, poluição visual e até ambientes tóxicos, o que abre espaço para o resgate da força do OOH.
Apesar da relevância, 84,2% dos entrevistados acreditam que as marcas ainda investem pouco em comunicação voltada para a periferia, revelando uma lacuna de mercado. Além disso, 44,8% consideram os anúncios em painéis muito chamativos, e 53,1% afirmam que os conteúdos expostos são bastante relevantes para a comunidade local.
O levantamento conclui ainda que, ao contrário da crença de que a favela está desconectada das estratégias de Marketing, há um público atento, disposto a interagir e que espera ser reconhecido.
Leia também: Setor de mídia OOH fatura R$ 5,5 bilhões e se consolida como terceiro meio mais planejado no Brasil
COMPARTILHAR ESSE POST








