No início de agosto, a Amazon fechou parcerias com o TikTok e com o Pinterest que permitem aos clientes comprarem produtos do e-commerce sem ter que sair das respectivas redes sociais. Basta vincular os perfis do TikTok e do Pinterest às contas da Amazon e, em seguida, comprar os produtos diretamente pelos anúncios da plataforma.
A estratégia é aumentar as vendas da plataforma, a tornando mais conveniente para os clientes. O modelo de social commerce vem ganhando força e ter uma empresa, como a Amazon, apostando no formato só mostra o tamanho do potencial de vendas que a estratégia possui.
Luiz Civille, gerente de desenvolvimento de negócios da Yandex Ads, afirma que esse investimento da Amazon reflete a tendência de plataformas sociais passam a se transformar em verdadeiros ambientes de compra, em vez de servirem apenas como locais de descoberta.
"A iniciativa da Amazon em integrar-se com plataformas como TikTok e Pinterest é uma estratégia esperada e ao mesmo tempo transformadora no ecossistema de compras online, especialmente quando se considera a evolução das jornadas de compra dentro de aplicativos sociais”, contou.
O executivo aponta que, ao permitir que usuários adquiram produtos diretamente dentro dos aplicativos, sem fricções e sem a necessidade de serem redirecionados para outros sites, a Amazon está criando uma experiência de compra fluida e intuitiva, que se alinha com os hábitos de consumo digital atuais.
“Do ponto de vista estratégico e tecnológico para todos os players envolvidos, os dados provenientes da jornada miram enriquecer os algoritmos e portanto a assertividade dos anúncios ao mesmo tempo que viabilizam a monetização de canais que antes eram apenas qualificados como 'topo de funil' com a devida atribuição”, analisa Luiz Civille.
O executivo aponta os desdobramentos futuros, que são positivos também para os donos de aplicativos em suas diversas categorias e tamanhos. “Agora eles conseguem vislumbrar um incremento na dinâmica de receita por meio da sua base de usuários, podendo então priorizar a estratégia de conteúdo para capturar e reter sua audiência", concluiu.
Por que investir em Social Commerce?
O uso das redes sociais como canal de vendas continua a crescer no país. No primeiro semestre de 2024, quase dois milhões de pedidos nas pequenas e médias empresas online foram direcionados pelas divulgações nas redes sociais, um aumento de aproximadamente 27% em relação ao ano passado. Esse dois milhões representam 24% de todos os pedidos feitos no semestre (8,4 milhões), segundo dados são da Nuvemshop.
Em relação à cada plataforma social, o Instagram foi o maior responsável por direcionar as vendas das PMEs online com 89% dos pedidos, o que representa cerca de 1,6 milhão de pedidos. Já o Facebook representou 8,4% dos pedidos; YouTube 1,6%; e TikTok 0,9%.
De acordo com Babi Tonhela, gerente sênior do E-commerce na Prática – escola de e-commerce da Nuvemshop –, empreender no ambiente digital exige uma presença estratégica nas redes sociais. “Essas plataformas influenciam cada vez mais o comportamento de diferentes tipos de consumidor, e o sucesso de um negócio pode depender da capacidade do lojista de se adaptar e aproveitar as oportunidades que existem através dessas mídias", explica Babi.
Um exemplo de sucesso nas redes sociais é a loja de acessórios Ela Up, que utiliza a Nuvemshop Next, unidade de negócio focada em lojistas que faturam acima de 100 mil reais mensais e que buscam escalar seus negócios rapidamente. De acordo com Luisa Sampaio, fundadora, a loja vendeu 101% a mais no primeiro semestre deste ano em comparação ao ano passado, após investir em anúncios pagos e manter interações diárias com os clientes nas redes sociais.
“Além do crescimento que tivemos, a nossa taxa de recompra subiu de 24% para 47%. Nosso engajamento orgânico também melhorou significativamente, o que nos garante picos de vendas mensais durante promoções e lançamentos de novidades”, afirmou Luisa.
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