Hoje acontece o Big Day, onde serão revelados os participantes da 25ª edição do Big Brother Brasil, que estreia no dia 13 de janeiro. Em um ano cheio de comemorações, com o centenário do jornal O Globo, 60 anos da TV Globo, 30 anos dos Estúdios Globo e 10 anos de Globoplay, a emissora tem a grande missão de conseguir agradar o público, que espera uma edição histórica de fato, digna de acompanhar e comentar.
O elenco deste ano será composto mais uma vez por camarotes e pipocas. Apesar do formato não ser uma novidade, ainda é uma aposta contar com a presença de famosos. Diante disso, milhares de brasileiros esperam ansiosamente para saber quem serão os participantes, para que assim possam debater sobre eles em diferentes redes sociais, antes mesmo de conhecê-los oficialmente.
Inclusive, esse movimento de comentar o anúncio dos participantes na internet ganhou força principalmente com Geração Z, que possuem de 14 a 28 anos. Pelo fato de serem cronicamente online, são um dos principais responsáveis por tecer críticas sobre os anunciados, muitas vezes descobrindo rapidamente informações sobre essas pessoas e até mesmo achando publicações antigas, que podem ser consideradas boas ou não.
O que não dá para negar é que a divulgação do BBB 25 foi certeira desde a primeira ação: um teaser celebrando as Bodas de Prata. Ambientado na igreja e sob o comando de Tadeu Schmidt, atual apresentador, algumas figuras marcantes que participaram do programa ao longo dos anos proferiram seus bordões, encenaram memes e desfilaram no tapete vermelho estendido até o altar, convidando as pessoas para assistirem.
Trazer os ex-participantes, mesmo que só para um comercial (dividido em vários takes), foi um excelente acerto para agradar a audiência de diferentes gerações, visto que em 2025, o BBB começa sem uma peça fundamental na sua engrenagem. Boninho, diretor de criação, anunciou sua saída da Globo no fim de 2024, o que faz com que Rodrigo Dourado, até então diretor geral, assuma o lugar. Dourado está no programa desde a primeira edição, mas sempre ficou atrás das câmeras.
A ausência de Boninho não é a única novidade trazida para essa nova temporada. Pela primeira vez, os participantes terão que entrar na casa com uma dupla previamente escolhida aqui fora. Ainda não sabemos muito sobre a dinâmica e existem dúvidas: a dupla vai valer como um participante só? Terão que se revezar durante as provas? Em determinado momento do jogo, a dupla vai se separar? São muitos questionamentos.
Mas um ponto que não deixa dúvidas é a animação dos patrocinadores. O BBB 25 já bateu recorde e vai estrear com 21 marcas anunciantes. E apesar de muito positivo para a parte comercial, não é tudo para garantir a presença do público. Isso nos mostra como o consumidor brasileiro está cada vez mais exigente, principalmente quando se trata da Geração Z, que não possui hábitos de consumo lineares.
O que isso significa? Boa parte do público pertencente à GenZ espera ver conteúdo de qualidade somado à representatividade, tanto nos participantes, quanto nas marcas. Afinal, essas pessoas tendem a consumir mais e se tornaram fiéis quando percebem que os valores das marcas são parecidos com os seus, e que não está sendo forçada uma narrativa apenas para vender mais. Pontos que ainda são exigências, mesmo com os movimentos globais recentes das big techs dizendo o contrário.
Esse comportamento reflete na forma que consomem o programa. Dados da pesquisa sobre a relação dos brasileiros com reality shows, realizada pela MindMiners (empresa de tecnologia), apontam que uma parcela da GenZ até assiste pela TV aberta, mas são a grande maioria em acompanhar realities no streaming (63%) e também nas redes sociais. Mais da metade dos entrevistados (55%) afirmou que acompanha postagens em redes como X (antigo Twitter) e Instagram.
Com base nesses pontos, fica evidente as movimentações da Globo e do BBB em cada vez mais trazerem os espectadores para o centro da tomada de decisão, praticando a escuta ativa, de modo a cativá-los em diferentes formatos, na televisão e no online, revisitando o que mais deu certo nas últimas 25 edições. É inegável, mesmo após críticas e abalos, que o reality ainda está no topo da relevância cultural, e que possui ainda o potencial de transformar a vida e a carreira de pessoas anônimas, como grande propulsor da creator economy brasileira.
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