Nos últimos anos, o marketing de influência emergiu como uma das estratégias mais poderosas para conectar marcas e consumidores de forma autêntica e eficaz. Em um cenário onde os consumidores estão cada vez mais exigentes e atentos aos valores e propósito das marcas, a recomendação de influenciadores pode fazer toda a diferença na jornada de compra e percepção do cliente. Mas, afinal, como o marketing de influência está moldando esse novo jeito de consumir e quais são os novos paradigmas desse mercado?
De acordo com pesquisa realizada pelo NIQ Ebit, só no Brasil são mais de 150 milhões de brasileiros ativos na internet, que passam em média 2 horas e 48 minutos por dia conectados nas principais redes. Já 76% dos consumidores realizam compras com base nas recomendações de influenciadores. Ou seja, atualmente são eles que ditam tendências e comportamentos direcionando seus conteúdos de forma eficiente para se conectar com sua audiência. Neste cenário, em que cada vez mais as pessoas estão buscando informações por estes canais, o marketing de influência pode ser usado como uma ponte importante entre a marca e seu público, uma vez que envolve o sentimento de confiança dos consumidores em relação aos criadores de conteúdo.
Apesar dos resultados positivos, a eficácia do marketing de influência não se resume apenas a escolher alguns influenciadores e iniciar a produção de campanhas, mas exige atenção e cuidado, principalmente porque estamos falando de um universo gigantesco. De acordo com a Nielsen, em 2022 o Brasil já contava com mais de 500 mil criadores de conteúdo. Por isso, é fundamental desenvolver uma estratégia robusta e fundamentada em dados que comprovem que determinado influenciador é capaz de atingir o público-alvo da marca. Com os dados corretos, a marca pode alcançar seus objetivos de maneira muito mais eficiente.
Atualmente, a inteligência artificial (IA) permite cruzar informações para atender as empresas com necessidades específicas e altamente personalizáveis. Isso significa que uma marca pode criar campanhas direcionadas com influenciadores que atendem a critérios muito detalhados, como faixa etária, interesses específicos, localização geográfica e estilo de vida. Por exemplo, é possível selecionar influenciadores que falam sobre novelas, têm entre 18 e 25 anos, gostam de música alternativa, moram na região Sul e são veganos.
É neste cenário que entram em destaque os micro e nano influenciadores. A Wake Creators, empresa de tecnologia e marketing de influência que tem uma plataforma com mais de 260 mil influenciadores, divulgou um Censo dos Criadores de Conteúdo do Brasil (CCCB), que mostrou que 40% dos influenciadores possuem menos de 10 mil seguidores e 78% têm até 50 mil seguidores. O estudo demonstra que esses perfis conseguem passar a mensagem de forma mais abrangente, apresentam maiores taxas de engajamento e um contato mais próximo com sua audiência. Além disso, uma pesquisa da Digiday apontou que os nano influenciadores são capazes de envolver até 8,7% dos seguidores, enquanto o engajamento de grandes celebridades fica em torno de 1,7%, o que comprova a importância desses perfis para grandes marcas.
Portanto, o marketing de influência pode ser usado em diversas etapas da jornada de consumo, tanto na descoberta quanto na decisão de compra e fidelização. Ao alavancar a capacidade dos influenciadores, as marcas conseguem criar conexões mais autênticas com seu público estratégico, o que não apenas aumenta a eficácia das campanhas, mas também constrói uma base de clientes mais leal e confiável.
Com a utilização de ferramentas avançadas de IA e análise de dados, as empresas podem ainda personalizar suas estratégias de marketing de influência de maneira mais eficiente, garantindo que a mensagem certa chegue ao público certo no momento certo. Em um mercado que continua a crescer e evoluir, a habilidade de se adaptar e inovar no uso de criadores de conteúdo será um diferencial crucial para o sucesso.
*Por Mariana Tahan Ralisch, Diretora de Marketing da Wake
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