O SAS Innovate — principal evento global da gigante de analytics e IA — mostra que os eventos B2B estão passando por uma transformação profunda. Ao completar 50 anos de história, o SAS está abandonando a imagem discreta e assumindo um novo papel: o de protagonista na conversa global sobre o impacto real da inteligência artificial. “Por décadas, o SAS foi uma empresa low profile. Agora, queremos falar mais sobre quem somos, ainda mais em um momento em que dados e IA estão no centro das decisões de negócio”, explica Jennifer Chase, CMO global da marca.
Essa mudança vem acompanhada de uma estratégia de marketing mais ousada. Se antes o foco estava no funil de vendas e na performance, agora o objetivo é fortalecer a marca, mostrando que o SAS tem não só tecnologia, mas também autoridade, responsabilidade e visão sobre o que realmente importa quando se fala em IA. “Queremos estar presentes na hype, sim. Mas, mais do que isso, queremos estar quando a hype passar — ajudando empresas a obter resultados concretos com IA. E isso passa por governança, ética e impacto real nos negócios”, afirma Jennifer.
No SAS Innovate, isso se traduz em experiências que fogem completamente do lugar comum. Um dos destaques foi um game show de cibersegurança conduzido por Frank Abagnale — o ex-golpista que inspirou o filme Prenda-me se for capaz, de Steven Spielberg. Na película, o ex-criminoso foi vivido por Leonardo di Caprio. A sessão começou com uma simulação de ataque hacker ao vivo, colocando a audiência para adivinhar, entre diversas situações, o que era golpe e o que era seguro. Ao lado de um especialista em segurança, Frank traduziu ameaças reais de forma leve e interativa.

Outro momento memorável veio à tarde, com um talk show ao estilo late night, comandado por Alfonso Ribeiro — apresentador do Dancing with the Stars e o eterno Carlton de Um Maluco no Pedaço. Nada de apresentações técnicas: os executivos foram convidados a responder perguntas pessoais, curiosas e inusitadas, proporcionando risos e criando um ambiente de empatia e conexão em um evento tradicionalmente sério.
E por falar em bem-estar, o SAS apostou em uma abordagem mais humana. Uma área inteira do evento foi dedicada ao relaxamento, com sessões de meditação, espaços para descanso e até um "puppy lounge", onde os participantes podiam interagir com filhotes de cachorro para aliviar o estresse. A ideia é simples, mas poderosa: não basta falar sobre inovação, é preciso cuidar da experiência completa das pessoas.
Essa proposta também se reflete nas ativações dos clientes. No estande do Orlando Magic, por exemplo, participantes podiam medir sua envergadura e compará-la com a de um jogador profissional de basquete — um lembrete divertido (e um pouco intimidador) de como os dados se aplicam de forma concreta no esporte. E não só ali: saúde, varejo, finanças e outras indústrias também marcaram presença com demonstrações práticas de como dados geram insights reais, com impacto direto na vida das pessoas e nos resultados das empresas.
Para fechar, o SAS ainda transformará o evento em um “digital twin” — um gêmeo digital do espaço físico que, com o uso de IA generativa, vai mapear a movimentação do público, os conteúdos mais acessados e os fluxos de interesse ao longo dos dias. A ideia é clara: o próprio evento vira dado — e esses dados, por sua vez, ajudarão a criar experiências ainda melhores no futuro.
Se depender do que vimos aqui no SAS Innovate, o futuro dos eventos B2B será mais ousado, mais empático e, definitivamente, menos B2Boring.
Leia também: 7 conselhos de CMOs para quem quer crescer na carreira de Marketing
COMPARTILHAR ESSE POST