Você conhece o Brasil? Esses dias, rodou na internet um vídeo que mostrava a população de Parintins (AM) toda reunida acompanhando o paredão (eliminação) do Big Brother Brasil 2024, que estava sendo disputado entre Isabelle, participante nascida no Amazonas e embaixadora do Festival de Parintins (AM), Davi e Marcus Vinicius. A torcida pela sister era tão grande que reuniu milhares de pessoas em Parintins (AM) com direito a transmissão no telão para acompanhar as emoções que um paredão pode proporcionar. Após as cenas, as pessoas se espantaram com a repercussão e mobilização da cidade, conhecida por seu carnaval azul X vermelho, do Garantido e Caprichoso, rivalidade que é considerada o Fla-Flu do Norte.
Quem não conhece Parintins se espantou e a cidade está entre as mais buscadas na internet. Eu conheço a cidade e seus principais eventos há mais de 10 anos e este exemplo que comecei a contar mostra que é preciso mostrar o Brasil para o brasileiro, assim como faz a mídia exterior. O out-of-home também é uma mídia de massa capaz de atingir um público amplo e diversificado, furando bolhas e se relacionando tête-à-tête, olho no olho. A mídia exterior/OOH é capaz de falar com todos e ao mesmo tempo com o hiperlocal, sendo a criatividade e o planejamento de mídia suas aliadas imprescindíveis para se conectar com a cultura e linguagem regional.
É praticamente inevitável não ser impactado por alguma campanha publicitária ao caminhar pelas ruas, explorar os corredores de um shopping, utilizar meios de transporte público e durante os grandes eventos. A mídia exterior é uma estratégia de comunicação que se estende para além dos limites do lar e atinge o público tanto nas praias da Bahia, nos bares de Minas Gerais, quanto na agitação diária de São Paulo ou Rio de Janeiro.
O Brasil é um país plural, extenso e, naturalmente, com muita diversidade cultural. E a comunicação das marcas precisa tocar e chegar de formas diferentes aos contextos locais, do litoral paulista aos arraiás nordestinos, passando pelo planalto central, pelos teatros pernambucanos e pegando carona nos ônibus do Sul. É preciso celebrar a diversidade das regiões em cada campanha.
Todo mês acontece pelo Brasil um "paredão" diferente, com audiência e oportunidades que mobilizam o público. No ano passado, estivemos presentes com campanhas durante o espetáculo da Paixão de Cristo realizado no Teatro Nova Jerusalém, localizado no distrito de Fazenda Nova, município de Brejo da Madre de Deus (PE). Conhecemos o agro da região Sul, na cidade de Não-Me-Toque (RS), o agro do Sudeste, em Ribeirão Preto, com a Agrishow e o do Centro-Oeste, o cinturão da soja. Como planejadores de mídia, é preciso valorizar estes espaços, buscando criar uma identidade e relacionamento das marcas com os principais momentos que fazem parte da jornada da população das cidades.
A mídia exterior é tão popular quanto o BBB. É onde as torcidas se juntam para celebrar o regionalismo, a comunicação e que, apesar de tamanha diversidade, a tecnologia é um meio para balizar e transformar em dados um mapa que conta com países dentro de um grande país. Fazer planejamento de mídia exterior requer ferramentas tecnológicas como meio, e, principalmente, conhecimento de campo, de pessoas e de sotaques como principal ativo. O Brasil tem "audiência de paredão" todo mês e o ano inteiro. É preciso inteligência humana para votar e escolher onde a sua marca vai se relacionar e com qual sotaque!
*Chico Preto é CEO e Founder da CHICOOH+, a primeira trading desk de OOH/DOOH com atuação na América Latina.
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