Na abertura de sua palestra, primeiro dia do CMO Summit 2025, João Branco, ex-CMO do McDonald’s, provocou a plateia com uma pergunta direta: “Se você tivesse um minuto da atenção total do seu cliente, o que faria?”. A partir daí, entregou uma sequência de reflexões e provocações que desafiam o Marketing tradicional e que ecoaram como um convite à reinvenção da forma como as marcas se conectam com as pessoas.
Diante de uma plateia cheia de profissionais de Marketing com olhos atentos a cada dica, Branco falou sobre atenção, inovação, centralidade no cliente e experiências. Veja, abaixo, os principais insights da apresentação.

Um minuto é tudo o que você tem
Branco reforçou que a atenção das pessoas é rara e preciosa e o Marketing precisa parar de tratá-la como um campo de batalha.
“Você não disputa atenção. Você conquista”, afirmou. E completou: “marcas precisam parar de brigar por audiência com bizarrices ou anúncios intrusivos. Isso atrai o público errado”.
O melhor Marketing não parece Marketing
A nova geração quer se conectar com histórias reais, não com slogans. O Marketing que grita está perdendo espaço para o que conversa. “Menos campanhas, mais conversas”*, cravou João.
Marcas que só falam de seus produtos estão ficando para trás. O foco agora deve ser o cliente, suas dores, seus valores e não o portfólio que você quer para sua empresa.

Seu negócio existe para aliviar uma dor
Em um dos momentos mais marcantes, João enfatizou: “Seu negócio existe para tirar a dor do seu cliente. Para que ele sofra menos.”
Para isso, é preciso olhar para o cliente com empatia real. “Olhe seus posts, embalagem, atendimento, serviço, preço. Tudo comunica o quanto você se importa”, completou.
Conheça quem come o hambúrguer, não só o hambúrguer
Ao falar sobre a preferência da Geração Z pelo Burger King, mesmo com o McDonald’s sendo líder, João explicou que quem ganha o coração do consumidor é quem o compreende melhor.
Não é sobre conhecer o produto, mas quem o consome. E para isso, a escuta é o melhor recurso. “Quem tem as respostas é o cliente. Pergunte para eles”, recomendou.

“Dane-se os concorrentes”
Segundo João, o foco não está na concorrência, mas na relevância. “Se abrir um igual ao seu, aparecerão mais clientes. Mostre o que só você tem.”
Ele defende um Marketing de diferenciação genuína, baseado no propósito e na conexão com um público específico, e não no medo de perder espaço.
João frisou que o Marketing do futuro será movido pela empatia. Ganhará espaço quem, de fato, se importa com o cliente. Quem entender que vender é, antes de tudo, um ato de servir — e que cada embalagem, cada atendimento, cada conteúdo, precisa responder à pergunta: "Como posso deixar a vida do meu cliente melhor?", concluiu.
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