<p class="titulomateria">Marketing cultural: muito mais que ferramenta de comunica&ccedil;&atilde;o</p> <p>Por Pedro Bianco*</p> <p>Caminhando por uma cidade como S&atilde;o Paulo, n&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil perceber como os eventos culturais patrocinados por marcas corporativas s&atilde;o utilizados como ferramenta de comunica&ccedil;&atilde;o em larga escala. Ao olhar um an&uacute;ncio ou receber um convite, sempre me questiono se grande parte do mercado entende que Marketing Cultural &eacute; muito mais que em evento utilizado como ferramenta de comunica&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</p> <p>&Eacute; verdade que a principal engrenagem desta valiosa forma de marketing tem como movimento as express&otilde;es art&iacute;sticas, uma infinita gama de possibilidades que v&atilde;o desde shows, pe&ccedil;as teatrais e concertos, at&eacute; espet&aacute;culos inovadores como o de dan&ccedil;a vertical, no qual os bailarinos, suspensos por cabos de a&ccedil;o, executam uma coreografia ao som de uma orquestra. Uma montagem dessa natureza, inclusive, foi realizada pela Dan&ccedil;ar Marketing para a IBM, sendo o pr&oacute;prio pr&eacute;dio da empresa em S&atilde;o Paulo, o palco da apresenta&ccedil;&atilde;o. Um momento &uacute;nico de deslumbramento do p&uacute;blico. Quanto vale isso para uma marca?</p> <p>Volto ao ponto inicial: qual a diferen&ccedil;a entre uma a&ccedil;&atilde;o de comunica&ccedil;&atilde;o e o marketing cultural? Toda. O marketing cultural &eacute; um planejamento estrat&eacute;gico para a empresa, que utiliza como meio a cultura. Constru&iacute;do para alcan&ccedil;ar os objetivos propostos pela marca, esse tipo espec&iacute;fico de marketing pode construir ou reposicionar imagem, agregar valor, potencializar atributos reconhecidos e estabelecer uma aproxima&ccedil;&atilde;o entre a empresa, comunidade, clientes e p&uacute;blicos de interesse.</p> <p>O Avon Women in Concert &eacute; um belo exemplo desse casamento entre os objetivos da empresa e o planejamento apresentado. O patrocinador visava &agrave; valoriza&ccedil;&atilde;o da mulher e a sofistica&ccedil;&atilde;o da marca, ao mesmo tempo em que precisava atingir o grande p&uacute;blico. O projeto propriet&aacute;rio foi constru&iacute;do, portanto, com base numa orquestra de mulheres, grandes solistas femininas &ndash; nacionais e internacionais &ndash; e apresenta&ccedil;&otilde;es gratuitas em parques, pra&ccedil;as e praias. Mas o planejamento n&atilde;o se resumia ao evento, ao contr&aacute;rio &ndash; o evento era o trampolim para diversas outras a&ccedil;&otilde;es da Avon.</p> <p>O marketing cultural, quando bem utilizado, gera in&uacute;meras outras possibilidades de comunica&ccedil;&atilde;o, inclusive a integra&ccedil;&atilde;o com outras a&ccedil;&otilde;es e m&iacute;dias como o marketing viral, a telefonia m&oacute;vel e a internet. Por isso, torna-se fundamental estudar o ambiente da empresa, seus valores e a estrat&eacute;gia de marketing para que o planejamento desenhado traga o retorno esperado.</p> <p>Como na teoria tudo sempre &eacute; muito simples, falemos da pr&aacute;tica. Qual &eacute; o papel, ent&atilde;o, da ag&ecirc;ncia de marketing cultural, j&aacute; que a pr&oacute;pria empresa det&eacute;m as informa&ccedil;&otilde;es de seu planejamento de marketing tradicional? Essa &eacute; justamente a pr&aacute;tica. Em tese, quem mais entende da marca &eacute; a pr&oacute;pria empresa e por isso mesmo que ela necessita do aux&iacute;lio da ag&ecirc;ncia de marketing cultural, que traz todo o know-how de anos de experi&ecirc;ncia na &aacute;rea e todo o conhecimento da adequa&ccedil;&atilde;o de artistas e espet&aacute;culos &agrave;s expectativas do cliente, ao budget proposto e &agrave;s leis de incentivo. N&atilde;o s&oacute;. A ag&ecirc;ncia pode ainda propor a&ccedil;&otilde;es paralelas para potencializar o alcance do evento e ainda captar recursos quando o cliente busca um investimento menor que o necess&aacute;rio para a a&ccedil;&atilde;o desejada.&nbsp;&nbsp; <br />Vale a pena levantar aqui um ponto que faz toda a diferen&ccedil;a para quem ainda duvida das vantagens do marketing cultural e do seu potencial como estrat&eacute;gia de marca: a m&iacute;dia espont&acirc;nea. Que outra ferramenta permite que uma empresa, com 100% de isen&ccedil;&atilde;o fiscal, possa ter um retorno da ordem de milh&otilde;es de reais em m&iacute;dia? E quanto vale tudo isso num mundo t&atilde;o competitivo como o nosso, com tantas marcas disputando um lugar ao sol?&nbsp;</p> <p>Em mais de vinte e cinco anos nesse grande palco do marketing cultural, percebo que a iniciativa privada come&ccedil;a a perceber mais a fundo a grandiosidade dessa ferramenta e as infinitas possibilidades que ela coloca em cena. Vejo isso estampado no p&uacute;blico de mais de 70 mil pessoas no Parque Villa Lobos, num belo domingo de sol, que foram conferir as apresenta&ccedil;&otilde;es do Telef&ocirc;nica Open Jazz no ano passado. Uma oportunidade que muitas outras empresas tamb&eacute;m come&ccedil;am a buscar e j&aacute; est&atilde;o colhendo os benef&iacute;cios.</p> <p>* Pedro Bianco &eacute; CEO da Dan&ccedil;ar Marketing &amp; Comunica&ccedil;&otilde;es.</p>
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