É bem comum que a gente saia correndo atrás de soluções apenas quando algo foge do controle. Enquanto está dentro dos limites, ou puder ser contornado, o problema - em qualquer circunstância da vida - recebe pouco da nossa atenção. No setor de marketing, as fraudes em anúncios digitais costumam ser essa “encrenca silenciosa”. E, apesar de sabermos que ela representa um prejuízo de milhões - estimado, em termos mundiais, em US$ 127 bilhões por ano em anúncios exibidos apenas para robôs - ainda são poucas as empresas que tomam medidas preventivas, que protejam mais que o orçamento da campanha.
Vale lembrar que esse tipo de fraude está ligado especialmente ao desvio de verba feito por cibercriminosos que interferem no tráfego pago, seja em campanhas de search, display ou vídeo, no modelo PPC (Pay-Per-Click) ou de UA (user acquisition) para mobile app, por exemplo. Assim, um anunciante vítima de fraude durante a veiculação de sua publicidade vê as cifras do seu retorno sobre o investimento despencarem, além de ter que lidar com prejuízos com valor incalculável.
Mas, qual é o preço de uma base de dados 100% assertiva? No máximo, podemos dizer que “vale ouro”. Contudo, quando ocorre um ataque de tráfego inválido, todas essas informações preciosas para futuras tomadas de decisão ficam poluídas, prejudicando a otimização de resultados. O tráfego inválido se infiltra no mix de indicadores e, depois que isso acontece, fica muito difícil distinguir usuários legítimos dos falsos. E mais: a fraude infla os resultados das campanhas, aumentando cliques, impressões e conversões, poluindo os relatórios de marketing e levando anunciantes a investir e reinvestir em canais, parceiros e estratégias ruins devido à baixa qualidade das referências que estão sendo analisadas.
Por isso, essa não é uma questão que pode ser deixada para depois. O caminho é ter conhecimento em tempo real da qualidade do tráfego, identificando e eliminando canais e fontes que fornecem uma alta proporção de cliques fraudulentos e podem colocar em risco o sucesso da campanha. A longo prazo, pode haver graves consequências, afetando até o potencial de crescimento da marca.
E ainda tem o desperdício de tempo com retrabalho. Refiro-me às reconciliações manuais do volume de conversões entregues, muitas vezes resultando em reembolsos ou créditos pagos ao anunciante. Além de ser um processo frustrante, a reconciliação é demorada e propensa a erros. O tempo gasto nesta atividade também é um desperdício de recursos, uma vez que a equipe estará focada nisso e não em decisões estratégicas para melhorar o desempenho do seu marketing.
No fim das contas, a própria receita da empresa pode ser impactada negativamente. Isso porque, ao invés de atingir usuários reais com grandes chances de conversão, o tráfego inválido resulta em cliques e instalações fraudulentas, que não geram nenhum engajamento real, reduzem taxas de retenção de usuários e, por fim, diminuem a receita.
A solução para esse problema é contar com uma tecnologia avançada que seja capaz de identificar e prevenir tráfego inválido em tempo real, protegendo o budget dos anúncios e garantindo integridade dos dados. Os profissionais de marketing precisam considerar uma solução especializada no combate à fraude nas suas estratégias e mix de marketing.
Com uma tecnologia que use várias camadas de proteção e combine machine learning e inteligência artificial, é possível detectar até mesmo indícios de novas táticas criadas por fraudadores, permitindo que sejam bloqueadas antes que impactem o orçamento de mídia e comprometam dados e métricas de marketing. O resultado para os anunciantes: mais interação com usuários reais e, de fato, interessados nas suas ofertas, mais conversões e ROI mais otimizado.
*Tamirys Collis é gerente de Marketing LATAM da TrafficGuard e tem mais de 10 anos de experiência em comunicação e marketing. Atua há mais de 5 anos na liderança de marketing de empresas de tecnologia B2B.
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