Maioria das agências de Marketing não sobrevivem cinco anos Bruno Mello 2 de abril de 2024

Maioria das agências de Marketing não sobrevivem cinco anos

         

Giovanne Saraiva fala como a construção de uma Máquina de Vendas é o caminho para a sustentabilidade dos negócios de Marketing

Maioria das agências de Marketing não sobrevivem cinco anos
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Apesar do grande número de agências de Marketing no Brasil, a maioria enfrenta dificuldades para sobreviver e crescer. Um estudo feito pela Cortex mostrou que, apesar do Brasil contar com 180 mil CNPJs ativos entre agências de Marketing, e de comunicação, apenas 956 das operações iniciadas em 2018 continuam ativas.

Como solução, ampliar o número de clientes em uma agência é um objetivo comum à maioria dos negócios. Com mais contas, essas empresas faturam mais, lucram mais e aumentam sua participação no mercado. Mas, como mostram os dados da pesquisa, antes de pensar em crescer, grande parte delas precisa sobreviver.

Mas o que faz com que tantas agências fechem? Esse fenômeno pode ser justificado pela rigidez dos anos iniciais do negócio. Para o especialista em vendas B2B no nicho de publicidade, Giovanne Saraiva, a solução para a quebra desse ciclo de vida baixo das agências está na profissionalização das vendas. Contudo, esse caminho também é uma das principais dores das empresas de Marketing.

Giovanne Saraiva aponta que o comercial é o coração de qualquer negócio, mas no mercado de Marketing digital ter um time de vendas B2B ativo é algo raro. O executivo explica que a maioria das agências brasileiras sofrem por dependerem da indicação de outros clientes.

Para auxiliar na construção de uma estratégia sólida de vendas no mercado de comunicação, o especialista sugere cinco passos. Veja abaixo:

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1) Analise o funil de vendas da sua agência: “Verifique cada etapa do seu funil de vendas para identificar qualquer é o gargalo que você ou o seu time comercial está deixando passar oportunidades você, ou o seu time comercial está deixando passar”, orienta Saraiva.

2) Oferta ganha-ganha: “A sua oferta precisa transmitir que você e o seu cliente estão do mesmo lado, o seu cliente deve sentir que é um ganha-ganha. Quando eu era diretor de vendas e batemos 2M de vendas, usamos a metodologia 3PV1, que consiste em um jogo de ancoragem de preços onde indicamos o cliente a optar pelo projeto mais caro, sem parecer ser o mais caro. Nela, também entregamos o projeto que mais impacta positivamente na parceria.”

3) Ofereça valor e não preço: “As pessoas não compram o preço que você vende. O preço é apenas o meio pelo qual elas adquirem a sua oferta e é por essa razão que precisa ser estratégico, sugiro ancoragem. O mais importante é mostrar o valor agregado da compra, demonstrando que o retorno é maior que o investimento.”

4) Todos os contatos são válidos: E por último e, não menos importante: processo de recuperação de clientes, não aceite lead parado no seu funil, você já pagou pelo CAC, independente se é lead frio ou quente, quanto mais tempo parado no seu funil, mais caro ele fica. “Às vezes o seu próximo cliente está dentro da sua lista de contatos.”

5) Análise 360º: “Analise frequentemente os seus concorrentes, o mercado, os diferenciais que os clientes procuram e, acima de tudo, a fraqueza do seu concorrente, que pode ser a oportunidade de desenvolvimento do seu maior diferencial e vice-versa, então tenha atenção em suas fraquezas também,” avisa o especialista.

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