Durante os anos marcados pelas restrições sociais impostas pela pandemia, o brasileiro passou mais tempo dentro da própria casa. Para tornar a estadia em uma experiência um pouco mais agradável, os consumidores passaram a buscar por itens de decoração e materiais de construção para a reforma do lar.
A busca por transformar o domicílio em uma espécie de abrigo aconchegante se estendeu ao pós-pandemia, e em 2022, os brasileiros gastaram R$109,3 bilhões no consumo de artigos para casa, sendo mais de 80% desse valor (93,5 bilhões) nas lojas físicas, conforme aponta o estudo “Mercado: Produção e Consumo de Artigos para Casa no Brasil", da ABCasa.
Neste setor, a predileção de compras nas lojas físicas tem como principal fator o atendimento especializado. Isso porque, comumente, produtos de decoração e materiais de construção geram dúvidas quanto a atributos como dimensões, cores e aplicações.
Pensando nisso, a consultora de negócios e especialista em Casa e Decoração, Luciana Locchi, destaca que as lojas devem estar preparadas para oferecer um atendimento feito por atendentes que conhecem bem os produtos que a marca oferta, a fim de solucionar as eventuais dúvidas e questões levantadas pelos clientes.
Segundo a consultora, isso requer treinamento. Ela ressalta que as lojas devem preparar os vendedores para destacar os benefícios dos produtos, saber argumentar sobre como o produto gera valor para o cliente e ajudá-los a ter a visão de como ele fica no ambiente da casa.
Dicas para criar uma loja imersiva
No setor de Casa e Decoração, boas experiências de compra também podem levar à fidelização do cliente. E este não é um consumidor qualquer: no Brasil o consumo per capita por ano com produtos de decoração e construção é R$509 - margem significativa, considerando que o país possui 214 milhões de habitantes.
Logo, o atendimento especializado é apenas o primeiro passo para oferecer a este consumidor uma boa experiência de compra. Luciana destaca que o ambiente da loja também influencia a decisão do cliente de permanecer no local. A consultora aponta que é preciso criar um ambiente pelo qual as pessoas tenham vontade de circular e desejar ver mais a cada curva.
Para isso, as lojas podem tentar estimular os sentidos dos clientes com música agradável, fragrâncias sutis e elementos visuais atraentes, além de oferecer leques amplos de produtos para atender às diversas necessidades da clientela. A aposta em elementos visuais, como vitrines atrativas e iluminação adequada utilizando técnicas de visual merchandising, pouco explorado no setor, também é uma estratégia interessante.
Leia também: Naturais, crus e terrosos: tendências em casa e decoração já movimentam ABCasa
COMPARTILHAR ESSE POST