Uma marca é construída por inúmeros elementos. Um dos mais importantes e, ao mesmo tempo, mais "esquecido" nessa equação são as pessoas que fazem a marca. E se sua empresa é feita de pessoas, a pergunta "como a minha marca pode contribuir para o mercado" precisa ir além e olhar para "como essa pessoa - que representa minha marca - pode contribuir para o mercado e para outras pessoas?". Enquanto uma marca institucional é um ativo intangível, uma pessoa é tangível. Por isso, é mais fácil criar conexão com outra pessoa do que, apenas, com uma organização. E é por isso também que uma liderança ganha tanta força quando personifica uma marca: é possível criar e evidenciar pontos de identificação com outras pessoas através de um tom de voz único, experiências reais e vividas. Para se ter uma ideia, de acordo com o relatório “The Social Executive: How to influence trust, transparency and the bottom line” (O executivo social: como influenciar confiança, transparência e o resultado final), da Hootsuite, empresas que possuem lideranças ativas nas redes sociais são percebidas 23% mais positivamente no mercado. Isso porque, quando uma marca investe em presença digital, o retorno vem em forma de pontos de conexão e identificação com o público. Porém, ainda nesse processo, é comum encontrar dificuldades, especialmente relacionadas a ter um direcionamento do que fazer, por onde começar e por que investir nesse posicionamento, e é nesse cenário que o LinkedIn se mostra o melhor lugar para iniciar essa construção e relacionamento. De acordo com a Statista, só no Brasil, são 59 milhões de usuários inscritos na plataforma. E isso demonstra o quanto as redes sociais têm um papel democrático grande. Em que outro momento um profissional poderia conversar ou receber insights e aprendizados de um CEO com anos de carreira? As chances são pequenas no offline, mas, especialmente no LinkedIn, isso é possível. O primeiro passo para dar início a essas conexões inclui conhecer com quem a marca está conversando e entender quais são os pontos de identificação para validar se a comunicação está de acordo com o que o público busca, gosta, precisa e acredita. Em seguida é o momento de garantir que os conteúdos sejam relevantes, e para isso é necessário levar em consideração três elementos: quais os temas que o executivo tem propriedade para falar; o que é preciso comunicar de acordo com a estratégia da marca; e o posicionamento definido de acordo com o que a audiência está buscando. Quanto à recorrência na plataforma, penso que presença somada à relevância gera reputação. E, do meu ponto de vista, essa é uma equação estratégica para ampliar a percepção de valor de qualquer marca. Não adianta postar todos os dias se os insights são superficiais, repetitivos ou não interessam à audiência, contudo, postar apenas uma vez por mês não te torna presente na memória do público. Outro fator importante nessa construção é lembrar que o LinkedIn se faz essencial pois consegue oferecer um traço humano - que é “gatilho” no marketing -: a reciprocidade. Por isso, oferecer insights sobre gestão, carreira e negócios na plataforma humaniza as marcas por meio de seus líderes. Dessa forma, ao entender a importância de personificar a marca, se tornar referência na maior rede social profissional do mundo é o caminho mais eficiente para construção de uma comunidade ativa e, por consequência, construir uma boa reputação com o público. *Ana Laura Motta Vaz é sócia e Content Manager da MOTIM. Relações-públicas com mais de 6 anos de experiência no Digital, já trabalhou no desenvolvimento de estratégias de marca e de conteúdo para mais de 40 empresas e 30 executivos de negócios locais, startups e scale ups. Na MOTIM é responsável por criar e gerenciar estratégias de reputação para marcas pessoais e institucionais que se destacam em seus mercados, como Alura, Zenvia, BlendEdu e 1STI.
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