<p><strong>Inova&ccedil;&atilde;o e boca-a-boca fazem o sucesso da Gang</strong><br /><br />Por Bruno Mello<br />bruno@mundodomarketing.com.br <br /><br />Pegue todos os seus livros de Marketing. Preste aten&ccedil;&atilde;o aos ensinamentos de diferencial que uma marca deve ter para se diferenciar da concorr&ecirc;ncia e ganhar mercado. Depois, jogue as teorias, as leis, os planejamentos e as t&aacute;ticas para o alto e foque na inova&ccedil;&atilde;o e na qualidade. O restante, os consumidores far&atilde;o por voc&ecirc;. Foi assim que a grife de jeans carioca Gang conquistou o mundo e passou a vestir celebridades como Paris Hilton, Gisele B&uuml;ndchen, Britney Spears, Jennifer Lopez, Christina Aguilera e Adriane Galisteu.</p><p align="center"><strong><img style="border: #ff9900 3px solid" height="185" src="images/materias/case/foto_gang_01.jpg" width="220" border="0" /><br />Luma de Oliveira &eacute; mais uma das <br />celebridades que aderiram ao estilo Gang </strong></p><p align="justify">Sem nenhum tipo de planejamento estrat&eacute;gico e trabalhando durante 30 anos sem grandes sucessos, a Gang entrou de salto alto no mundo da moda quando o empres&aacute;rio Alcyr Amorim descobriu uma f&oacute;rmula para valorizar o bumbum das mulheres. A cal&ccedil;a levanta e modela at&eacute; mesmo a forma menos privilegiada das japonesas, que hoje recebem mil cal&ccedil;as por m&ecirc;s. O Jap&atilde;o est&aacute; na rota de exporta&ccedil;&atilde;o que passa por mais de 30 pa&iacute;ses e escoa metade da produ&ccedil;&atilde;o artesanal de 30 mil pe&ccedil;as fabricadas no Rio de Janeiro e s&atilde;o vendidas at&eacute; na Oscar Freire ao lado de Dolce &amp; Gabbana, Armani e Diesel.<br /><br />Mais do que fabricar uma cal&ccedil;a que deixa o bumbum empinado, a grife alimenta os desejos das mulheres. &ldquo;N&oacute;s vendemos um sentimento de realiza&ccedil;&atilde;o para a mulher que levanta a auto-estima e valoriza o corpo dela. At&eacute; mesmo quem n&atilde;o &eacute; um mulher&atilde;o de corpo se sente poderosa&rdquo;, afirma Rita Avellar, gerente de marketing da Gang em entrevista ao Mundo do Marketing. E as japonesas, &ldquo;que menos t&ecirc;m &lsquo;conte&uacute;do&rsquo;, ficam felizes da vida quando v&ecirc;em o resultado&rdquo;, completa.<br /><br />Al&eacute;m do atributo inquestion&aacute;vel sentido na pelas mulheres, uma pesquisa nas sete lojas pr&oacute;prias do Rio de Janeiro da marca adicionou novos ingredientes &agrave; sua receita de sucesso. Das 550 clientes fi&eacute;is ouvidas, o quesito qualidade obteve maior vota&ccedil;&atilde;o, ao lado da sensa&ccedil;&atilde;o de bem-estar e conforto. Essas mulheres trabalham e t&ecirc;m entre 20 e 40 anos, s&atilde;o de todas as classes sociais e buscam qualidade e conforto sem abrir m&atilde;o da sensualidade. E pagam caro por isso. Uma cal&ccedil;a pode custar US$ 230 no exterior e no Brasil a mais barata n&atilde;o sei por menos de R$ 110,00.<br /><br />O segredo da qualidade est&aacute; na fabrica&ccedil;&atilde;o da cal&ccedil;a, feita artesanalmente por 100 oper&aacute;rios que produzem dois tipos de modelo. Um com jeans, algod&atilde;o e lycra e outro de lycra e moletom que d&aacute; apar&ecirc;ncia de jeans e levanta mais ainda as formas do mulheril. A turbinada no bumbum, com sua modelagem exclusiva, tamb&eacute;m pode ganhar o requinte dos cristais Swarovski. Todas essas caracter&iacute;sticas conferem &agrave; marca um status de exclusividade. Da&iacute; para virar um objeto de desejo foi um pulo. Por&eacute;m, para este salto, o marketing deveria ser parceiro incontest&aacute;vel.<img style="border: #ff9900 3px solid" height="200" hspace="10" src="images/materias/case/foto_gang_02.jpg" width="150" align="left" vspace="10" border="0" /><br /><br />E foi, mas n&atilde;o como estamos acostumados. &ldquo;Sabemos que n&atilde;o &eacute; s&oacute; o produto que faz a marca. Existe toda uma estrat&eacute;gia por traz do sucesso de grandes marcas globais, mas no caso da Gang, a qualidade foi fator determinante para este sucesso e o marketing foi mexer com as emo&ccedil;&otilde;es das mulheres&rdquo;, diz Rita Avellar.<br /><br />Para Luciane Robic, diretora de marketing do Instituto Brasileiro de Moda (IBModa), al&eacute;m da inova&ccedil;&atilde;o do jeans, a inova&ccedil;&atilde;o focou numa quest&atilde;o de est&eacute;tica nacional: o bumbum da mulher. &ldquo;Apesar de n&atilde;o ter feito um planejamento estrat&eacute;gico formal, eles escolheram um mercado que deseja bem-estar e, ao se adequar a este mercado, a Gang se tornou refer&ecirc;ncia&rdquo;, conta Luciane em entrevista ao Mundo do Marketing.<br /><br />Com o bumbum arrebitado, nem mesmo as japonesas passam despercebidas dos olhares masculinos. Muito menos das pr&oacute;prias mulheres, que est&atilde;o sempre farejando mil e uma formas para deixar tudo em cima, literalmente. Se da noite para o dia a colega ao lado passou a lhe fazer inveja, ningu&eacute;m poderia ficar para tr&aacute;s. Da&iacute; come&ccedil;ou o boca-a-boca, que pode ser feito de diversas formas<br /><br />&ldquo;No case da Gang, ela pegou um atributo que n&atilde;o era focado por outras marcas e &eacute; que muito f&aacute;cil de passar para frente&rdquo;, explica Gustado Fortes, diretor de planejamento e cria&ccedil;&atilde;o da Espalhe, ag&ecirc;ncia de marketing de guerrilha que j&aacute; desenvolveu campanhas para Vivo, Tetra Pak e Fox. &ldquo;A marca nasceu com uma caracter&iacute;stica vir&oacute;tica. E isso come&ccedil;ou com a idealiza&ccedil;&atilde;o do produto porque tem um atributo que nenhuma outra marca tem&rdquo;, diz o executivo ao Mundo do marketing. A fama foi t&atilde;o grande que virou letra de funk: &ldquo;Cal&ccedil;a da Gang todo mundo quer/ 200 reais pra deixar a bunda em p&eacute;&rdquo;.<br /><br />Esse zumzumzum ficou ainda mais forte quando a grife entrou nos Estados Unidos. Ao presenciarem o milagre que a cal&ccedil;a fazia, as celebridades internacionais passaram a comprar o jeans e aparecem na m&iacute;dia vestindo Gang. &ldquo;Isso deu uma outra vis&atilde;o para a marca&rdquo;, atesta a gerente de marketing, Rita Avellar. &ldquo;E n&atilde;o teve nenhuma estrat&eacute;gia para vestir as celebridades&rdquo;, afirma. E nem precisa. S&oacute; a milion&aacute;ria Paris Hilton tem 50 cal&ccedil;as e at&eacute; o roqueiro Iggy Pop usou uma em um show no Brasil.<br /><br />Agora, depois de todo esse sucesso sem investir um s&oacute; centavo em propaganda e marketing, a meta da Gang &eacute; se consolidar como marca global. Mas n&atilde;o pense que eles passar&atilde;o meses debru&ccedil;ados em cima de uma mesa fazendo um planejamento estrat&eacute;gico. Al&eacute;m de manter um showroom em Miami e investir em uma forte assessoria de imprensa no Brasil e nos EUA, o maior esfor&ccedil;o para a promo&ccedil;&atilde;o dos produtos &eacute; realizado anualmente, desde 2002, na Magic Fair, maior feira de jeans do mundo realizada em Las Vegas.</p><p align="center"><img style="border: #ff9900 3px solid" height="165" src="images/materias/case/foto_gang_03.jpg" width="220" border="0" /><br /><strong>O showroom de Miami apresenta os modelos <br />da marca para mais de 30 compradores s&oacute; nos EUA</strong> </p><p align="justify">A empresa pode n&atilde;o ter um planejamento definido, mas na sala da gerente de marketing h&aacute; uma placa com a miss&atilde;o e as atribui&ccedil;&otilde;es do marketing, al&eacute;m de diversos recortes de revistas de moda. &ldquo;A minha miss&atilde;o &eacute; inserir cada vez mais a Gang num contexto global, associada a um produto que tem qualidade e luxo&rdquo;, diz Rita, que tamb&eacute;m trabalha na elabora&ccedil;&atilde;o de um perfume e de assess&oacute;rios para a marca. &ldquo;Temos qualidade suficiente para competir com as maiores do mundo e temos um atributo que nenhuma delas tem&rdquo;, completa. &ldquo;O que eles n&atilde;o podem perder &eacute; o foco no bumbum, que os diferenciam das outras marcas. Com isso, a Gang tem tudo para se tornar forte internacionalmente&rdquo;, ensina a consultora do IBModa, Luciane Robic, ouvida por Zara, Osklen, Havaianas e Armani, deixado claro que, na Gang, o bumbum faz a diferen&ccedil;a.<br /><br /><span class="texto_laranja_bold">Acesse</span><br /><a href="http://www.gang-rio.com.br/" target="_blank">www.gang-rio.com.br</a></p>
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