O mercado está de olho na Geração Alpha, a nova leva de consumidores que promete transformar a dinâmica de consumo nos próximos anos. Com um perfil digital nativo, altamente conectado e exigente, essa geração desafia marcas a repensarem suas estratégias. Esses jovens têm forçado marcas a repensarem suas estratégias para manter relevância em um cenário onde comportamento, causas e consumo se transformam rapidamente.
Tiago Cunha, Consultor Sênior do Grupo Alexandria, destacou em entrevista ao Mundo do Marketing três grandes tendências que devem orientar as empresas nesse cenário:
Individualismo e personalização
“As famílias estão menores, e 42% dos pais relatam que seus filhos crescem de forma mais isolada. Isso faz com que eles busquem experiências mais personalizadas. Marcas precisam investir em mensagens e formatos voltados para o indivíduo, priorizando conexões únicas e relevantes”, apontou.
A demanda por personalização está cada vez mais presente, influenciando desde a comunicação até o desenvolvimento de produtos sob medida para as preferências individuais dos pequenos consumidores.

Indulgência com propósito
“A alimentação dessa geração reflete uma mistura entre funcionalidade e indulgência. Os pais querem oferecer produtos saudáveis, mas também permitem momentos de prazer. Isso abre espaço para categorias como iogurtes super proteicos com camadas e toppings, que unem sabor e benefícios funcionais. Produtos que entregam funcionalidade e emoção terão maior apelo”, afirmou Tiago.
Com isso, as marcas que conseguirem equilibrar saudabilidade e prazer terão vantagem competitiva no mercado.
Mensagens sem rótulos
“A comunicação com a Geração Alpha deve evitar binaridades, não apenas de gênero, mas também de categorias. Esporte se mistura com entretenimento, conteúdo migra entre gêneros, e as marcas precisam abraçar essa fluidez. A mensagem publicitária deve refletir essa mescla, sendo espontânea e autêntica”, frisou.
Esse novo olhar exige uma abordagem mais moderna, que respeite a diversidade de experiências e permita que as crianças e jovens consumidores se sintam representados de forma autêntica.

O papel das marcas no futuro
Tiago reforça ainda que a Geração Alpha carrega o potencial de revolucionar o mercado, assim como a Geração Z. “Os Millennials criaram filhos que não aceitam certas imposições que gerações anteriores engoliram. Isso pode ser uma chave para transformar o sistema ou gerar frustração. O desafio das marcas é entender e se conectar a esses jovens consumidores, que já estão moldando o futuro”, destaca.
O recado para o mercado é claro: entender e atender às expectativas dessa geração pode ser a diferença entre permanecer relevante ou ser esquecido. Afinal, como o executivo conclui, “o futuro do consumo é uma bifurcação, e as marcas precisam escolher o caminho certo”.
Leia também: Marcas precisam olhar para a Geração Alpha agora se quiserem sobreviver
COMPARTILHAR ESSE POST