Até 2030, quase metade dos consumidores brasileiros (48%) planeja aumentar os gastos com serviços de assinatura, conforme apontam dados da Pesquisa de Assinaturas 2025. No último ano, 35% dos entrevistados ampliaram os investimentos nesse tipo de serviço, que inclui desde streaming e academias até gás, planos de saúde e seguros.
Para 2025, 26% pretendem gastar ainda mais, três pontos percentuais acima do registrado na edição anterior da pesquisa. O entretenimento segue na dianteira: 73% dos consumidores mantêm assinaturas de vídeo e 45% de música.
O streaming, contudo, divide espaço crescente com serviços aplicados ao dia a dia, como apps de comida (40%), academias (40%), planos de saúde (43%), seguros (35%), educação (29%) e armazenamento em nuvem (35%).
Para manter assinaturas ativas, 56% dos brasileiros destinam valores entre R$ 51,00 e R$ 200,00 aos serviços. Na avaliação de Marcelo Scarpa, VP de Financial Services da LWSA, a recorrência significa conveniência, previsibilidade e praticidade, vantagens que fazem com que o modelo ganhe maturidade no país.

Diferenciais valorizados pelos consumidores
Boas experiências são determinantes na manutenção dos serviços: 30% dos entrevistados afirmam que esse é o principal fator de permanência, seguido pelo custo-benefício (20%) e pelas vantagens exclusivas (26%). Já a insatisfação levou 49% a cancelar ao menos uma assinatura, enquanto 39% disseram não utilizar com frequência o que contratam.
No streaming, surgem dilemas específicos. Embora 80% dos usuários optem por planos familiares em vídeo e 60% em áudio, cresce a resistência a anúncios: 58% rejeitam publicidade, enquanto 45% consideram aceitável pagar menos em troca dela. O compartilhamento de senhas, por sua vez, recuou de 56% para 49% em um ano.

Na forma de pagamento, o cartão de crédito ainda predomina (69%), mas a confiança permanece baixa: apenas 24% dizem se sentir totalmente seguros em cadastrar os dados online. Esse cenário abre espaço para alternativas como o Pix (13%) e o débito (8%), sobretudo entre os mais jovens.
Para as empresas, o desafio está em combinar diversidade de opções com tecnologia que assegure segurança e simplicidade na jornada de pagamento.
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