A Ford encerrou outubro com um marco expressivo: o melhor mês de vendas da Ranger em 2025, com 3.310 unidades emplacadas, se destacando entre as picapes médias de topo de linha. O desempenho impulsionou o segundo melhor resultado mensal da marca no ano, com 5.526 unidades vendidas no total — um crescimento de 15% em 2025, bem acima dos 2% da indústria automotiva.
Por trás desses números, há um movimento consistente de reposicionamento estratégico e fortalecimento de marca, sustentado por um Marketing cada vez mais orientado por dados, propósito e experiência.
“Nosso desempenho é resultado direto de uma estratégia clara e consistente de foco nos segmentos em que somos fortes, combinada com uma comunicação integrada que reforça nossos diferenciais de produto e experiência”, explicou Marcel Bueno, Diretor de Marketing da Ford, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Performance com emoção: o papel do Marketing na retomada
Nos últimos anos, a Ford reposicionou seu portfólio e estrutura de comunicação no Brasil, priorizando os segmentos de SUVs, picapes, veículos comerciais e ícones — pilares que representam sua essência global de inovação, robustez e confiança.
A virada de chave veio com uma estratégia que une performance e emoção, traduzindo os atributos técnicos dos produtos em histórias autênticas que criam conexão real com o consumidor.
“Queremos que o cliente perceba que a Ford entrega muito mais do que um produto: ela oferece uma experiência completa. Em todas as campanhas e pontos de contato, buscamos equilibrar razão e emoção, destacando tanto a força da linha Raça Forte quanto a sofisticação de SUVs como o Territory e o Bronco”, afirma Marcel.
Esse equilíbrio é fundamental para manter a consistência da marca e, ao mesmo tempo, ampliar o alcance a públicos distintos. Enquanto a Ranger comunica poder, performance e versatilidade, o Territory reforça atributos de conforto, conectividade e design — uma combinação que tem gerado resultados expressivos: o SUV superou a marca de 1 mil unidades vendidas por mês nos últimos três meses, com crescimento de 50% no ano, quase o dobro do avanço do segmento (28%).

Dados e inteligência: a espinha dorsal das decisões
O Marketing da Ford opera hoje com base em uma estrutura robusta de dados e inteligência, que permite compreender comportamentos, antecipar necessidades e traduzir insights em ações tangíveis de mídia, relacionamento e experiência.
“Trabalhamos com tecnologia e IA para transformar dados em ações precisas, desde a segmentação e personalização de campanhas até a criação de jornadas hiperpersonalizadas de relacionamento. Isso nos permite equilibrar alcance e relevância, entregando mensagens certas para públicos certos, no momento ideal”, explica Marcel.
A personalização também orienta o investimento em mídia, com campanhas adaptáveis, criadas em tempo real, conforme a interação dos consumidores. O resultado é uma comunicação mais eficiente e emocionalmente conectada, que reforça a confiança e o desejo pela marca.

Pós-venda como experiência e fidelização
Outro pilar da estratégia está no pós-venda personalizado, tratado não como um serviço adicional, mas como parte essencial da jornada do cliente. Por meio de plataformas conectadas, como o Ford App, a marca oferece serviços proativos e experiências convenientes, reforçando o cuidado e a confiança.
“O papel do Marketing é garantir que essa jornada seja fluida e personalizada. As estratégias de CRM e relacionamento nos permitem entender o ciclo de vida de cada cliente e agir de forma preditiva, fortalecendo o sentimento de pertencimento e transformando clientes satisfeitos em verdadeiros embaixadores da marca”, destaca o executivo.
Para 2026, a prioridade do time de Marketing é escalar o uso de IA e automação de dados sem abrir mão da humanização nas interações. O foco está em hiperpersonalizar a jornada do consumidor e manter a consistência do propósito de marca, construindo relações duradouras e significativas.
“A consistência é o que sustenta a confiança do cliente e o valor percebido da marca. Queremos continuar evoluindo tecnologicamente, mas sem perder o toque humano que sempre fez parte da Ford”, conclui Marcel.
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