A Creator Economy deixou de ser moda para se tornar realidade no planejamento estratégico das muitas marcas brasileiras. O iFood acaba de dar um passo nessa direção ao inaugurar o Estúdio iFood na Community Creators Academy, o primeiro Content Campus do mundo dedicado à Creator Economy, em São Paulo. A iniciativa soma parcerias tradicionais com influenciadores com a formação de criadores como estratégia de diferenciação.
A empresa destinará bolsas de estudo para criadores de conteúdo que fazem parte do ecossistema iFood - incluindo parceiros, entregadores e consumidores - e terá executivos ministrando workshops ao longo da grade curricular. O projeto representa uma mudança de paradigma no relacionamento entre marcas e creators, saindo do modelo pontual de contratação para uma estratégia de desenvolvimento conjunto.
A aproximação do iFood com as vozes digitais reflete também a essência da cultura da companhia. "A creator economy é mais do que uma realidade da sociedade atual. É uma sociedade que tem a ferramenta na mão e tem no seu talento, no seu comportamento, a chance de pegar aquela ferramenta e transformar em algo", contou Diego Barreto, CEO do iFood, em entrevista ao Mundo do Marketing.
O Estúdio iFood na Community Creators Academy representa mais que um investimento em infraestrutura. É uma aposta na educação como base para relacionamentos duradouros e estratégias de marketing mais autênticas, posicionando a empresa na vanguarda da transformação digital do relacionamento entre marcas e criadores de conteúdo.
"Nossa cultura tem essa visão grande de trazer um monte de gente, colaborar, tentar, errar, tentar, errar, até achar o jeito que funciona. Cabeça de creator funciona assim. Não é só ir para o estúdio, fazer um filme, ter um roteiro. É sobre processo", comenta Barreto.

Integração como estratégia de crescimento
O estúdio conta com cozinha equipada para produções culinárias, sala de convivência para gravações de lives e podcasts, espaço de mercado e áreas modulares para branded content e ativações com parceiros. "Esse projeto nasce para fortalecer nossa conexão com a educação, marcas parceiras e especialmente criadores. E o Estúdio iFood é mais um passo que damos para ampliar nosso papel como parceiro relevante de todos os envolvidos na Creator Economy", explica Felipe Meretti, Diretor de Marketing B2C do iFood, em entrevista ao Mundo do Marketing
A parceria entre iFood e Community Creators Academy representa uma abordagem diferenciada no mercado. Enquanto muitas empresas ainda tratam a Creator Economy como Marketing de influência tradicional, o iFood está investindo na formação de longo prazo. "Não é só fazer a contratação de alguns creators e usar isso em campanha, mas de fato estar junto, ter um projeto de longo prazo, construir uma estratégia de conteúdo junto com eles", completa Meretti.

A estratégia também contempla a democratização do conhecimento dentro do próprio ecossistema do iFood. "Existem vários entregadores, vários donos de restaurantes, vários parceiros que também produzem ótimos conteúdos e aqueles que querem produzir melhores conteúdos. Então demos bolsas para entregadores e donos de restaurantes virem se formar e se tornarem creators dentro da sua atuação", conta Meretti.
Resultados práticos e visão de futuro
O foco da marca na Creator Economy não é de agora. Durante a final do MasterChef, o iFood levou duas pessoas formadas na Academy para fazer um takeover das redes sociais da marca, liderando o conteúdo durante o evento. "É muito novo ainda, as aulas começaram há menos de um mês, mas já estamos usando creators que saíram daqui em algumas campanhas", conta Meretti.

O momento é crucial para as marcas que querem se posicionar não apenas na Creator Economy, mas no mercado e na disputa entre as telas e os milhões de scrolls dos consumidores. "Isso é muito maior do que Marketing de influência. O mercado normalmente reage às tendências. Se a marca não começar a entender agora, daqui a 10 anos estaremos no mesmo lugar", afirma Fabio Duarte, fundador e CEO da Community Creators Academy, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Assim como as redes sociais e o e-commerce revolucionaram o mercado, falar a língua Creator Economy também será mandatório. "Conteúdo é o novo inglês. Se antes você tinha que aprender inglês e datilografia, hoje se você não souber conteúdo e IA, fica para trás. Só que o conteúdo muda toda semana, por isso é importante ter uma plataforma de lifelong learning”, conclui Fabio Duarte.
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