MADE POSSIBLE BY

Powered by

MADE POSSIBLE BY

Powered by

MADE POSSIBLE BY

Powered by

Engajamento é efeito, não o alvo

COMPARTILHAR ESSE POST

Tempo de Leitura 6 min

DATA

15 de out. de 2025

CATEGORIA

Artigos

Engajamento é efeito, não o alvo
Engajamento é efeito, não o alvo
Engajamento é efeito, não o alvo

Todo mundo adora falar de engajamento. É uma daquelas palavras que soam bem em qualquer reunião: tem peso, tem prestígio e dá a sensação de que a empresa está no caminho certo. No marketing, é sinônimo de comunidade fiel e clientes apaixonados. No RH, é sinônimo de colaboradores “com brilho no olho” e “visão de dono”. Mas, na prática, quase ninguém fala sobre o que vem antes disso — e é justamente aí que mora o problema.

Engajamento não é um objetivo. É um efeito. Um reflexo da coerência (ou da falta dela) entre o que a empresa promete, entrega e vive. Só que muita gente esquece disso e tenta medir engajamento como quem mede produtividade: em número de curtidas, de campanhas internas ou de discursos inspiradores em convenções. E aí o resultado é previsível: uma montanha de indicadores bonitos e uma cultura esvaziada de sentido.

Quando o Marketing diz que os clientes são “engajados”

No mundo do marketing, engajamento é quase uma moeda. Marcas se orgulham de dizer que sua base de clientes é fiel, que seus seguidores são defensores da marca, que os comentários nas redes sociais são prova de amor. Mas o que sustenta esse vínculo?
  Não é o post bem feito, nem o storytelling emocionante. É a experiência real. É o produto que cumpre o que promete, o atendimento que resolve, o pós-venda que acompanha. Sem isso, o tal engajamento é só performance.

A lealdade do cliente não nasce do discurso. Nasce da prática. E quando o discurso é maior do que a entrega, o resultado é o oposto do esperado: a frustração. A verdade é que não existe cliente engajado com uma marca incoerente. A propaganda pode atrair, mas é a experiência que retém.

E quando os líderes dizem que o time é “engajado”

No mundo corporativo, o roteiro é o mesmo. Líderes adoram exaltar o “brilho no olho” e a “visão de dono” das equipes. Mas quantos desses discursos vêm acompanhados de estrutura, reconhecimento e coerência? Quantos desses profissionais têm autonomia real, oportunidades de desenvolvimento e líderes que inspiram pelo exemplo?

O State of the Global Workplace 2024, da Gallup, escancara a realidade: apenas 23% dos profissionais no mundo se declaram verdadeiramente engajados. Isso significa que, em boa parte das empresas, o entusiasmo que aparece nas campanhas internas não sobrevive até a próxima segunda-feira.

Engajamento de verdade não se cobra. Se inspira. E para inspirar é preciso mais do que frases motivacionais e murais coloridos. É preciso coerência. O colaborador engaja quando acredita no que faz, quando vê sentido, quando sente que o que entrega é reconhecido. O resto é teatro corporativo.

Um espelho entre quem compra e quem trabalha

A grande verdade que quase ninguém quer encarar é que engajamento interno e externo são lados da mesma moeda. Não dá pra ter consumidores engajados com equipes desengajadas. Nem colaboradores engajados com clientes frustrados. O que o cliente sente é, em grande parte, reflexo do que o colaborador vive.

Quando o atendimento é frio, é porque o clima interno é gelado. Quando o cliente é mal atendido, geralmente é porque o colaborador está mal tratado. Quando há desconfiança fora, quase sempre há desalinhamento dentro.

E, ainda assim, RH, Marketing e Customer Experience raramente se sentam na mesma mesa. Cada um mede seu próprio sucesso, cria seus próprios indicadores e defende suas próprias prioridades. Só que engajamento não é resultado de áreas isoladas. É produto da soma.

A pesquisa Experience Advantage Report da Qualtrics (2024) reforça isso: empresas que integram Employee e Customer Experience têm 2,3 vezes mais chances de superar metas de receita e 3 vezes mais retenção de talentos. Não é coincidência. É coerência.

O ciclo virtuoso — e o vicioso

Quando o colaborador se sente parte de algo significativo, ele entrega mais, atende melhor e cria experiências positivas. O cliente percebe, retorna, recomenda e reforça o orgulho de quem trabalha ali. Esse é o ciclo virtuoso do engajamento.
  Mas o contrário também acontece: quando a cultura é fraca, o ambiente é tóxico e o discurso não bate com a prática, nasce o ciclo vicioso do desengajamento. A equipe cumpre o mínimo, o cliente sente a diferença, o marketing tenta compensar com campanhas emocionais e, no fim, todos fingem que está tudo bem.

Simon Sinek já dizia que “as pessoas não compram o que você faz, compram o porquê você faz”. E isso vale para dentro e para fora. Se o propósito da empresa é só retórico, se os valores são palavras emolduradas na parede, o engajamento não acontece. Ele se esgota.

Engajamento real x Engajamento performático

Há uma diferença brutal entre engajamento genuíno e engajamento performático. O primeiro é sustentado por propósito, pertencimento e autonomia. O segundo é fachada — um sorriso ensaiado para a foto do mural, uma energia forçada para o vídeo de fim de ano.

Segundo um levantamento da Deloitte (2023), 40% dos profissionais afirmam “fingir engajamento” por medo de parecerem desmotivados. Isso mostra que, em muitas empresas, o engajamento é apenas uma obrigação social, não uma consequência natural de um ambiente saudável.

O mesmo acontece com os clientes. NPS alto, curtidas e comentários nem sempre significam amor à marca. Às vezes, significam apenas conveniência. O engajamento de verdade acontece quando há vínculo emocional, confiança e constância.

E agora, o que fazer?

Primeiro, parar de tratar engajamento como meta. Ele não é KPI, é consequência. Se a empresa quer colaboradores engajados, precisa investir em lideranças preparadas, em comunicação transparente, em reconhecimento real. Se quer clientes engajados, precisa garantir uma entrega consistente, um atendimento humano e uma marca coerente.

Depois, integrar as áreas. RH, Marketing e Customer Success precisam conversar mais. O RH pode usar dados de clima e turnover para ajudar o marketing a entender como a cultura impacta a experiência do cliente. O marketing pode compartilhar percepções de público que ajudem o RH a ajustar a proposta de valor interna. E o time de Customer Success deve funcionar como ponte, traduzindo a voz do cliente para dentro da organização.

Engajamento é resultado de alinhamento. Quando propósito, produto e pessoas caminham na mesma direção, o efeito aparece naturalmente.

No fim, o engajamento é só o espelho

No fundo, engajamento é o reflexo daquilo que a empresa realmente é — não do que ela diz ser. É o resultado da soma entre propósito, coerência e pertencimento. E o grande teste é simples: se você precisa pedir para as pessoas se engajarem, algo está errado.

Engajamento não se impõe, se inspira. Não se conquista por campanha, mas por coerência. Não se sustenta por métricas, mas por significado.

E talvez essa seja a provocação mais necessária: antes de medir engajamento, vale medir se a empresa é, de fato, engajável.

COMPARTILHAR ESSE POST

CEO e Curador do RH Summit

Léo Kaufmann

CEO e Curador do RH Summit

CEO e Curador do RH Summit

AUTOR

CEO e Curador do RH Summit

Léo Kaufmann

CEO e Curador do RH Summit

CEO e Curador do RH Summit

AUTOR

CEO e Curador do RH Summit

Léo Kaufmann

CEO e Curador do RH Summit

CEO e Curador do RH Summit

AUTOR

CEO e Curador do RH Summit

Léo Kaufmann

CEO e Curador do RH Summit

CEO e Curador do RH Summit

AUTOR

Posts relacionados em

Artigos

não perca uma novidade!

Inscreva-se e receba todas as novidades
de marketing. Entre na comunidade!

Inscreva-se na newsletter para receber as últimas notícias do

Mundo do Marketing na sua inbox.

não perca uma novidade!

Inscreva-se e receba todas as novidades
de marketing. Entre na comunidade!

Inscreva-se na newsletter para receber as últimas notícias do

Mundo do Marketing na sua inbox.

não perca uma novidade!

Inscreva-se e receba todas as novidades
de marketing. Entre na comunidade!

Inscreva-se na newsletter para receber as últimas notícias do

Mundo do Marketing na sua inbox.

O Mundo do Marketing é o principal portal jornalístico sobre o tema no Brasil, acessado por mais de 500 mil habitantes, entre VPs, Diretores, Gerentes, Coordenadores e Analistas de Marketing.

O Mundo do Marketing é o principal portal jornalístico sobre o tema no Brasil, acessado por mais de 500 mil habitantes, entre VPs, Diretores, Gerentes, Coordenadores e Analistas de Marketing.

O Mundo do Marketing é o principal portal jornalístico sobre o tema no Brasil, acessado por mais de 500 mil habitantes, entre VPs, Diretores, Gerentes, Coordenadores e Analistas de Marketing.

COPYRIGHT © mundo do marketing - todos direitos reservados

COPYRIGHT © mundo do marketing - todos direitos reservados

COPYRIGHT © mundo do marketing - todos direitos reservados

explorar

Device Theme
Device Theme
Device Theme