Empresas promovem ações para celebrar o mês do Orgulho LGBTQIA+ Bruno Mello 28 de junho de 2023

Empresas promovem ações para celebrar o mês do Orgulho LGBTQIA+

         

Starbucks Brasil, Alpargatas e C&A apresentaram projetos, produtos e campanhas para celebrar a inclusão e a diversidade

Empresas promovem ações para celebrar o mês do Orgulho LGBTQIA+
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Junho é conhecido como mês do Orgulho LGBTQIA+. Ao longo do mês, o Mundo do Marketing mostrou que a diversidade ainda caminha a passos lentos nas empresas e que muitos profissionais de Marketing estão desanimados com falta de diversidade e inclusão.

Apesar disso, os brasileiros acreditam que o país já avançou nessas questões, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido até o alcance de uma sociedade mais inclusiva. Trazendo a conversa para o contexto empresarial, o que muitos talvez não saibam é que a diversidade nas empresas tem impacto positivo sobre a produtividade.

Nesse sentido, para cada 10% de aumento na diversidade étnico-racial, há um salto de quase 4% na produtividade das empresas, conforme aponta um estudo feito pelo Instituto Identidades do Brasil. Adicionalmente, para cada 10% de elevação da diversidade de gênero, verificou-se o acréscimo de aproximadamente 5% na produtividade organizacional.

Abraçando a diversidade, algumas empresas brasileiras já se tornaram referências na celebração da individualidade de cada pessoa na composição de seu núcleo. É o caso da Starbucks Brasil, Alpargatas e C&A.

Starbucks Brasil

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Para celebrar o Mês do Orgulho, a Starbucks Brasil trouxe de volta o Pride Frappuccino de edição limitada a todas as lojas do país. Para apoiar a comunidade LGBTQIAP+, o lucro líquido da venda do produto entre os dias 8 e 11 de junho foi doado a organizações sem fins lucrativos em apoio à comunidade, como Casa 1 e Casa Florescer, em São Paulo, Grupo Arco-Íris de Conscientização Homossexual, no Rio de Janeiro, Casa Rosa, em Brasília, Grupo Dignidade, em Curitiba e a ONG Somos, em Porto Alegre. 

O lançamento do Pride Frappuccino coincidiu com a data da maior Parada do Orgulho LGBT+ do mundo, realizada em São Paulo. A bebida está disponível até o fim de junho, a partir de R$ 20,00 ou resgate por Starbucks Rewards com 70 estrelas.

Além do Pride Frappuccino, a campanha de Pride da Starbucks Brasil contará com o Rainbow Cake, com seis camadas de massa de baunilha nas cores do arco íris, recheadas de ganache branco e cobertas de chocolate meio amargo. A novidade também está disponível até o fim do mês, a partir de R$ 19,90 ou resgate por Starbucks Rewards com 70 estrelas.

Para reforçar a celebração, as lojas da marca no Brasil receberão os clientes com a bandeira do arco-íris em suas fachadas. Em lojas selecionadas, também será vendida uma Tumbler comemorativa, a partir de R$125,00 ou resgate por Starbucks Rewards com 300 estrelas.

Alpargatas

A Alpargatas decidiu transformar uma iniciativa ligada as ações para o mês do Orgulho LGBTQIAP+ em um benefício definitivo: a partir do ano que vem, a empresa reembolsará parte dos custos relacionados às retificações de nome e/ou gênero nas documentações dos seus colaboradores transgêneros.

A respeito da ação, a Diretora Global de Sustentabilidade e Reputação da Alpargatas, Zezé De Martini, ressalta que a retificação é importante para gerar um ambiente de trabalho realmente inclusivo e acolhedor para todas as pessoas, minimizando constrangimentos ao não deixá-las vulneráveis por terem em seus documentos nomes diferentes de como se apresentam socialmente.

Além do novo benefício, a Alpargatas contratou 8 pessoas transgêneras no mês de junho para a fábrica de Santa Rita. Todas elas participaram dos cursos de capacitação do Alpa TRANSforma, projeto idealizado pela Alpargatas em 2021, que já realizou sua segunda edição em 2022 nos municípios de Santa Rita e Campina Grande, na Paraíba.

C&A

Em parceria com a Editora Mol, A C&A lançou o livro “Por Uma Vida Mais Colorida”, o primeiro produto social da parceria entre as marcas com o Instituto C&A. A publicação contém 30 cartões destacáveis e presenteáveis, com mensagens de autoestima e diversidade para quem ama moda.

Em cada cartão, para ilustrar as frases e explicar sua importância, foram escolhidos artistas e personagens que têm uma história de luta pela afirmação de seus direitos e dos direitos de quem experimenta a mesma falta de representatividade. São mulheres, indígenas, negros, migrantes, pessoas LGBTQIAP+ e periféricas.

Sobre a parceria, a CEO da Editora MOL, Roberta Faria, afirma que o livro tem por objetivo inspirar pessoas a se sentirem ainda mais confiantes e empoderadas, além de celebrar a união de forças por um mundo com mais diversidade, em que pessoas sintam-se representadas e acolhidas em todos os espaços.

Percepção da diversidade no Brasil

Expectativa, medo, felicidade e tristeza são os sentimentos dominantes quando o assunto é a percepção da diversidade no Brasil. Estas sensações foram detectadas pelo Relatório do Clima Emocional produzido pela LATAM Intersect PR.

A ferramenta, que acompanha as reações populares às conversas públicas na web, assim como os artigos de notícias publicados, foi adaptada ao tema diversidade no Brasil, e analisou publicações e conteúdos veiculados entre 1º de março e 31 de maio.

Neste cenário, a sensação de Expectativa foi muito mais forte nas reações quanto aos conteúdos postados na web, enquanto a Tristeza é uma reação muito mais comum às notícias veiculadas na mídia.

Ao analisar um pouco mais de perto as emoções registradas pela ferramenta em relação ao tema da diversidade ao longo de maio, a empresa observou picos emocionais perceptíveis em dias específicos.

Nas conversas públicas na web, dois picos de Medo ocorreram na segunda-feira, 8 de maio, e na sexta-feira, 19 de maio. Coincidência ou não, na segunda, foi publicada uma notícia na qual o ator vencedor do Oscar, Richard Dreyfuss, comentava que as novas regras de diversidade do Oscar o faziam “querer “vomitar”.

Para Carolina Proaño, diretora de Comunicações DEI e Ambientais da LIPR, os picos formados em torno da emoção do Medo não necessariamente significam que as conversas sejam mais temerosas, mas sim que há um aumento nas conversas sobre diversidade e medo, o que em muitos casos pode ser positivo para o debate público de políticas inclusivas.

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