Você consegue explicar, em poucas palavras e de modo didático, o motivo pelo qual as big techs começaram a investir em energia nuclear? Se a sua resposta passou pela crescente demanda por um plano energético capaz de sustentar as máquinas que rodam os robustos datacenters de inteligência artificial, é bem provável que você seja um assinante das newsletters da Drops.
Com a promessa de “elevar o QI da internet”, a Drops se propõe a falar sobre tudo o que o leitor precisa saber sobre tecnologia, inteligência artificial e mercado financeiro. Para isso, a rotina de entregas da empresa se divide em três newsletters: TechDrop – a irmã mais velha da turma – AiDrop, criada para abordar novidades e avanços de IA de forma específica, e MoneyDrop, criada para atender a quem não fala “economês”.
Aliás, o foco em educar públicos que não conhecem os jargões técnicos de cada setor faz parte do DNA do negócio. Para Luiz Zaka, Co-Founder e CEO da Drops, falar de maneira profunda sobre um assunto complexo não significa entregar aos leitores um conteúdo difícil de ser lido. A newsletter tenta aprofundar informações tratadas de modo superficial pelos jornais sem esbarrar na complexidade das publicações feitas em revistas especializadas.
“No final das contas, queremos provocar boas discussões a partir dos dos nossos conteúdos, e assim surgiram os drops: pílulas direto ao ponto, fáceis de consumir, tornando simples o complexo. Temos muito essa pegada, pegar uma coisa super complexa e tentar trazer isso para uma linguagem acessível para as pessoas. Por isso o posicionamento de elevar o QI da internet”, explicou Zaka.
O humor como ferramenta estratégica
Se você foi o tipo de estudante que gostava de folhear os livros didáticos da língua portuguesa, irá se lembrar que a maioria destes materiais ilustravam fundamentos complexos através de charges e tirinhas. Comprovadamente, os estímulos visuais e bem-humorados aumentam o interesse dos alunos na matéria estudada e fazem a diferença na hora de assimilar a diferença entre um verbo transitivo direto e um indireto.
De forma similar, as newsletters da Drops adicionam uma boa dose de imagens virais – memes, se assim preferir – ao conteúdo entregue aos leitores. Segundo Zaka, esta é uma estratégia central para o cumprimento do objetivo de educar a base. Ao investir no que chamou de humor inteligente, o CEO consegue, junto a sua equipe, tornar a leitura mais prazerosa, contextualizando e complementando o conteúdo sem distrair o leitor.
Essencial para a newsletter, a associação entre humor e informação faz parte de um conjunto de pilares adotados pela Drops para despertar a emoção do público durante a leitura. “Eu parto da premissa de que os conteúdos que nós soltamos para o mundo devem gerar algum tipo de emoção. Normalmente, as emoções, neste caso, se originam em quatro pilares diferentes”, começou o Co-Founder.
“O primeiro pilar é a educação – fazer com que a pessoa sinta que aprendeu alguma coisa. O segundo é a inspiração através da entrega de conteúdos que podem melhorar o dia-a-dia dos leitores (um case, um insight). O terceiro pilar é o entretenimento, um dos elementos que mais geram emoções nas pessoas. O último pilar é o pertencimento, que passa por permitir que as pessoas sintam que fazem parte de alguma coisa”, elencou.
Uma casa para os anunciantes
Não é segredo: cada vez mais, os consumidores tendem a ignorar abordagens publicitárias agressivas, no estilo “compre de mim”, e a prestar atenção em marcas que apostam na criação de conteúdos de cunho educacional e/ou dedicados à solução de desafios específicos. Ser o segundo tipo de empresa é uma “condição” para anunciar nas newsletters da Drops.
Segundo Zaka, a ideia é dar às marcas anunciantes a oportunidade de se posicionar como fontes de conteúdo relevante, seja por meio de análises de mercado, relatórios detalhados ou novidades e lançamentos de produtos. Dessa forma, os leitores são expostos a conteúdos alinhados aos seus interesses e necessidades, aumentando a probabilidade de conversão sem prejudicar o fluxo de leitura e o valor educativo proposto pela Drops.
Parceira da Drops, a Blip tem investido no poder na newsletter como um valioso portal de acesso a novos públicos. Na avaliação de Nathália Oliveira, Marketing Manager na Blip, o canal é ideal para ultrapassar a bolha de audiência da marca em projetos de conteúdo de marca, permitindo o alcance de comunidades que ainda não haviam consumido os conteúdos da Blip diretamente.
A empresa cria participações focadas em oferecer informações realmente relevantes e úteis, fugindo do tom de promoção explícita. Segundo Nathália, isso só é possível quando temos uma colaboração próxima com os criadores de conteúdo. “Montamos um briefing detalhado, trocamos ideias sobre nossos objetivos estratégicos e damos a liberdade para que o conteúdo seja desenvolvido de forma autêntica”, explicou a Marketing Manager.
O futuro da Drops
Com mais de 80 mil leitores só no TechDrop, a Drops conquistou um público fiel e engajado, composto por uma interessante amplitude de leitores – do estagiário ao presidente. Confortável em um patamar seguro, a empresa começa a planejar passos fora do gênero textual e a olhar para novas plataformas e formatos capazes de ampliar o alcance da empresa sem prejudicar o posicionamento no processo.
Zaka adiantou que a criação de conteúdos em áudio e vídeo, como os podcasts e os materiais adaptados ao universo do YouTube, são considerados pela empresa como boas alternativas para engajar os leitores de forma dinâmica, complementando o atual formato das newsletters. Na avaliação do CEO, o movimento é uma resposta natural ao crescimento da marca e à demanda por conteúdos criados para diferentes ocasiões de consumo.
“Algumas pessoas que não conseguem se gerenciar para consumir via e-mail. É uma coisa que não faz parte do dia-a-dia, não é uma coisa que elas estão abertas a consumir. Mas, talvez, estas pessoas adorem consumir conteúdo mais visual, no YouTube, ou conversas mais profundas, num podcast. Então o plano é trazer empreendedores e creators para explorar o potencial destes canais com conteúdos educativos”, finalizou Zaka.
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