Tradicional no ensino de idiomas, o CNA vem passando por uma transformação estratégica para se posicionar como um hub de educação, ampliando seu portfólio para além do inglês e do espanhol. A rede, que já soma mais de 700 franquias e quase 200 mil alunos, aposta na integração de novas verticais, como programação e robótica, e na combinação entre educação e entretenimento, conceito que a marca chama de edutainment.
A mais recente ação reforça essa direção. Para o Dia do Estudante, o CNA lança um single em parceria com a cantora Poliana, ex-participante do The Voice Kids e aluna da rede. “A escolha dela é legítima e conecta música e idiomas como formas de expressão. Além de aproximar o CNA do público jovem, traduz o nosso DNA de unir ensino e diversão”, explica Eduardo Guedes, CMO DO CNA, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Essa não é a primeira vez que a marca explora territórios culturais e digitais para engajar estudantes. Entre os exemplos, estão o mapa personalizado no game Fortnite, que simulava um intercâmbio virtual, e a parceria com a Disney para criar espaços temáticos nas escolas. “O offline hoje é um novo luxo. A experiência presencial precisa ser ressignificada para competir com a atenção disputada por redes sociais, games e streaming”, pontua o executivo.

Campanhas multiformato e desafio geracional
Com um público que vai de crianças da Geração Alpha a adultos em busca de mobilidade profissional, o CNA adapta linguagem, conteúdos e formatos de acordo com o perfil de cada aluno. Para os mais novos, o apelo é lúdico e imersivo; para os adultos, jornadas mais curtas e aplicadas a situações do dia a dia, como viagens e entrevistas de emprego.
No Marketing, a estratégia é trabalhar campanhas multiplataforma, sem depender de um único formato. “Hoje não é sobre onde você coloca mais dinheiro, e sim sobre quanto você captura de atenção. Estamos no TikTok, Instagram, streaming, mídia out-of-home, conectada…é um ecossistema de contato constante”, afirma Guedes.
A rede também explora colaborações com marcas de lifestyle, como a ação com a Chilli Beans, que ofereceu óculos exclusivos para novos matriculados, e investe no B2B, levando seu sistema bilíngue a escolas regulares e empresas — um segmento que já conta com mais de 18 mil alunos.

Inteligência artificial como aliada
A tecnologia também ganha espaço na operação e no ensino. Internamente, a Inteligência Artificial é utilizada para otimizar processos e campanhas digitais. No campo pedagógico, recursos como o Tutor AI auxiliam alunos com conteúdos complementares personalizados. “Enxergamos a IA como ferramenta para aumentar eficiência e engajamento”, contou o executivo.
Segundo Guedes, o maior desafio, no entanto, é reposicionar a marca diante de um mercado que se reinventou com o avanço das edtechs e aplicativos de idiomas. “Essas soluções criaram novos concorrentes, mas também expandiram o mercado, pois deram acesso ao idioma para quem antes não tinha contato algum”, analisa.

Para o CNA, a resposta é ter que ampliar a proposta de valor e se consolidar como um grupo de educação, oferecendo diferentes verticais e formatos de aprendizagem, sejam eles presenciais, híbridos, síncronos e assíncronos, mantendo o foco no engajamento e na democratização do ensino. “O Brasil ainda ocupa a 81ª posição no ranking mundial de proficiência em inglês. Oportunidade é o que não falta”, conclui.
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