Até abril de 2025, o e-commerce registrou um avanço de 4,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme aponta um levantamento divulgado pela Cielo. Embora esse índice seja ligeiramente inferior ao crescimento de 5,2% do varejo total, a análise de períodos anteriores revela uma tendência consistente de protagonismo digital: em 2023 e 2024, o canal online superou o desempenho do varejo geral.
Para Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo, o e-commerce deixou de ser uma alternativa e passou a ter papel estratégico no faturamento das empresas. O comportamento do consumidor e a distribuição do faturamento mostram que as empresas que mais crescem estão preparadas para oferecer uma jornada digital integrada e eficiente.
Em 2024, 48% dos clientes que não haviam feito compras online no ano anterior realizaram ao menos duas transações, indicando uma adesão mais recorrente e com potencial de fidelização. O maior volume de compras está concentrado entre consumidores de altíssima renda, com predominância masculina (55%) e preferência por compras parceladas, que representam 52% do faturamento digital. Já o crédito à vista responde por 45%, e os pagamentos via Débito e Pix somam apenas 3%.

A tendência se acentua em datas comemorativas, quando o volume de vendas cresce e os tíquetes médios sobem. Neste panorama, a Black Friday segue como o principal evento do e-commerce brasileiro. Em 2024, o faturamento da semana da Black Friday foi 62% superior ao da semana do Natal, impulsionado por um tíquete médio de R$ 209 — valor 52% maior do que os R$ 137 registrados no Natal.
Outras datas comemorativas também mostraram crescimento expressivo no ambiente digital. Tanto a Páscoa (+3 pontos percentuais) quanto o Dia das Mães (+4 p.p.) apresentaram desempenho superior ao varejo total, consolidando o canal como escolha preferencial dos consumidores nessas ocasiões.
O estudo mapeou, também, o comportamento de consumidores classificados como “conectados” — aqueles que utilizam com frequência canais digitais e soluções de mobilidade. Em 2024, 33% do faturamento desse grupo se concentrou nos setores de Turismo, Transporte, Livrarias e Papelarias, segmentos com forte atuação online.
Leia também: E-commerce cresce e exige nova estratégia no Brasil
COMPARTILHAR ESSE POST