O café, que há muito faz parte da rotina de milhões de pessoas ao redor do mundo, tem passado por uma transformação significativa nos últimos anos. Outrora visto como uma commodity, o café deixou de ser apenas uma bebida rápida e prática para se transformar em uma experiência multifacetada. A mudança reflete o crescente interesse dos consumidores em explorar e apreciar as nuances de sabor e aroma que ele pode oferecer. Naturalmente, esse processo demanda que as organizações interessadas em fomentar esse tipo de experiência aperfeiçoem-se, sobretudo, na compreensão dos hábitos e preferências dos consumidores.
Esse contexto coloca um foco sem precedentes na qualidade e na experiência sensorial. Cada xícara de café é uma viagem que começa no solo onde o grão é cultivado, passando pela altitude e o manejo das plantações, até a torra e a preparação final em máquinas adequadas. Portanto, este processo meticuloso visa extrair o melhor sabor e aroma possível.
Não por acaso, a demanda por café em grão tem crescido de forma impressionante. Dados da Euromonitor/ABIC indicam que os cafés em grãos já representavam mais de 20% da produção total em 2023, com previsão de crescimento de 68% até 2028. Este aumento se deve, em grande parte, ao frescor que os grãos inteiros oferecem, uma vez que a moagem feita na hora preserva melhor os sabores e aromas.
A forma como os consumidores veem e consomem café também está mudando. O café solúvel, cápsulas e em pó ainda são protagonistas em parte do mercado, atendendo à demanda por praticidade com ampla disponibilidade e preço. No entanto, o consumo de café como estilo de vida também ganhou destaque, com as cafeterias se tornando locais de encontro e convivência, oferecendo uma variedade de bebidas à base de café expresso, como lattes e cappuccinos, que encantam pela combinação de sabor e apresentação.
Ao mesmo passo do crescimento, o consumidor está mais informado e exigente, de modo que deseja replicar a experiência da cafeteria, na própria casa, seja para momentos de descontração com amigos ou para dar uma pausa na rotina.
Logo, fica a lição de casa para as empresas do setor, uma vez que investir em bons produtos não é apenas uma questão de atender à demanda, mas de criar uma conexão emocional e sensorial com o consumidor, e empoderam-o para que possa escolher seu tipo de bebida favorito, da mais simples a mais gourmet.
Portanto, além de dar opções para o consumidor, seja para aquele que gosta do processo mais manual até o superautomático, é preciso adotar práticas sustentáveis e transparentes, investir em tecnologia que garanta a qualidade da bebida e inovar nos métodos de preparo. No final, é essa dedicação à excelência que garante que cada xícara de café, tão adorada pelos brasileiros, não seja apenas uma bebida, mas uma experiência inesquecível.
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