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Desafios e velocidade de adoção da Inteligência Artificial

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Tempo de Leitura 6 min

Desafios e velocidade de adoção da Inteligência Artificial
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Desafios e velocidade de adoção da Inteligência Artificial

Nos últimos dias de Julho estivemos presentes no Fórum E-commerce Brasil, o maior evento de e-commerce da América Latina. O Fórum dispensa apresentações para quem é da área, mas é importante ressaltar que é um evento com +15 anos de existência, que atraiu quase 30.000 pessoas esse ano e tem uma curadoria incrível.

Dentre os conteúdos e trilhas do Fórum (e confirmado pelas postagens de alguns profissionais que contribuíram com seus resumos do evento no LinkedIn) uma coisa me chamou a atenção: a (baixa) velocidade de adoção ou disrupção com inteligência artificial no varejo e indústria brasileiras.

Como eu frequento tanto eventos de startups e PMEs, quanto das grandes empresas para quem eu trabalho, fica discrepante a forma com que cada uma lida com a mudança tecnológica.

Todos conhecemos os grandes fracassos na história dos negócios protagonizados por Kodak e Blockbuster, gigantes engolidos por novas tecnologias e ultrapassados por pequenos players que surgiram do nada e rapidamente tomaram suas posições.

Isso não acontece por acaso. Acontece porque nas grandes empresas é impraticável testar e implementar novas tecnologias rapidamente. Existem compromissos sérios com Compliance, riscos jurídicos, volumes de dados, segurança da informação, e outros mais. Riscos reais!

Como grandes empresas estabelecidas e que devem demonstrar responsabilidade e resultados para seus investidores, existe menos espaço e tolerância para o erro. E inovação demanda testar e errar.

Por outro lado, as startups e empresas de garagem tem pouco a perder e errar está na sua essência! “Erre rápido”, é o lema dos startupeiros.

O próprio investidor Venture Capitalist (VC), também conhecido como investidor de risco, é um investidor mais arrojado, que entende que de um portfólio de 10 startups investidas, 5 vão quebrar, 3 vão empatar, mas uma ou duas vão escalar e ser vendidas, dando um retorno de mais de 10x seu investimento, o que vai compensar todo o prejuízo do investimento nas outras que não deram certo.

É um jogo que tem regras diferentes. E a essência do VC já gera um ambiente arrojado, dinâmico e propício para testar, errar e acertar. Porque quando acerta, a escala e valorização compensa tudo.

E a Inteligência artificial em tudo isso?

A IA tem sido recebida pelo público em geral como a grande inovação dos últimos tempos. E de fato tem potencial para ser. 

Muita gente tem exibido seus testes e resultados com IA, o que gera uma expectativa enorme e a sensação de que todos estão implementando rapidamente soluções de inteligência artificial, enquanto os que não estão, seguem o caminho da Kodak e Blockbuster. Pura percepção.

O que vi brevemente no Fórum E-commerce Brasil foi que a velocidade de adoção e implementação de IA nas grandes empresas não está de acordo com essa perspectiva das postagens nas redes sociais. 

Enquanto o Instagram virou lugar de vidas perfeitas, parece que o LinkedIn virou o lugar das empresas e profissionais perfeitos, seja em inovação ou em cultura.

Essa é a importância de estar presente em um evento com 30.000 profissionais qualificados, ele nos dá um termômetro muito mais real do mercado, do que quando consumimos em notícias ou redes sociais. Conversar pelos corredores com outros profissionais, que também estão há mais de uma década atuando no mercado, já sentiram na pele outras revoluções tecnológicas acontecerem e já viram como o mercado se comporta e se ajusta. É muito rico.

Eis que, na mesma semana, me deparo com uma matéria do The Economist trazendo uma pesquisa sobre a velocidade de implementação de Inteligências Artificiais pelas empresas Norte Americanas.

O artigo expõe a mesma perspectiva observada no Fórum E-commerce Brasil, que estamos diante de uma revolução tecnológica com potencial de mudar a dinâmica das empresas e do mercado, mas a velocidade de adoção está aquém do esperado. Segundo pesquisa da America’s Census Bureau, apenas 10% das empresas estão usando IA de forma significativa.

Dentre os motivos apontados no estudo estão: 

  • Dados não integrados ou indisponíveis na nuvem

  • Proteção das posições de trabalho humanas

  • Levantamento de riscos jurídicos e responsabilidade

  • Preocupações de compliance e regulatórias

  • Leis de proteção de dados e privacidade

“​​Analysts at Morgan Stanley once said that 2024 would be “the year of the adopters”. That came to little. This year was supposed to be “the year of agents”, involving autonomous systems that perform tasks based on data and predefined rules. But, according to the ubs paper, 2025 is instead “the year of agent evaluation”, with companies merely dipping their toes in the water.”

A tecnologia muda mais rápido que as pessoas, esse é um fato. Enquanto a sociedade se depara com esses obstáculos para implementar IA de forma relevante nos negócios, as empresas criadoras das IAs enfrentam os desafios de retorno aos altos investimentos em servidores necessários para rodar seus produtos, finaliza o artigo no Economist.

E agora?

O objetivo desta observação de mercado não é deixar ninguém confortável. Nenhuma empresa está livre de virar uma Kodak ou Blockbuster. O objetivo é alertar quem já se deparou com esses entraves, ou quem ainda está planejando como evoluir seu negócio com IA e, mais cedo ou mais tarde, vai se deparar com algum deles. Aprender com quem já está alguns passos à frente e não repetir os mesmos erros.

Se você está pensando em como automatizar seus processos com IA, já está começando errado. A capacidade desta tecnologia pode reinventar totalmente seus processos, talvez até seu produto ou serviço. É necessário dar alguns passos para trás e ver sob uma perspectiva mais ampla.

Como empresa pequena, abuse da sua agilidade. Adote o lema das startups de errar rápido, mas com responsabilidade. Afinal, empresas que geram seu próprio caixa não tem dinheiro de VC para se dar ao luxo de errar muitas vezes.

Já as grandes empresas têm um desafio cultural e estrutural muito maior, mas existe uma saída. O modelo apresentado por Eric Ries no livro “A Startup Enxuta” explica como grandes empresas podem comprar startups ou empresas menores para se apropriar da sua tecnologia.

Não só comprar, elas podem também fomentar que colaboradores intra-empreendedores desenvolvam esses produtos dentro da própria empresa. Mas em ambos os casos, é importante que a startup não esteja anexada ao grande negócio, senão a cultura burocrática da grande consome a agilidade da pequena.

O modelo mostra que ao isolar uma iniciativa pequena em um formato de startup, totalmente desconectada do negócio da grande empresa é o melhor caminho para proteger a grande e preservar a agilidade e abertura ao erro da pequena.

No Brasil temos um case de enorme sucesso com o Zé Delivery, uma startup criada dentro da gigante Ambev através do seu hub de inovação ZX Ventures. O Zé Delivery acrescenta valor na cadeia de consumo ao se tornar um aplicativo rápido e prático para o consumidor final pedir bebida gelada, entregue na porta da sua casa. Ele faz isso conectando o consumidor final com as distribuidoras de bebidas locais. Estas, ao aumentar suas vendas, compram mais da Ambev.

O Zé Delivery nasceu dentro da Ambev, mas em uma estrutura desconectada da grande corporação.

Esteja presente nos grandes eventos do mercado, analise com sabedoria o que consome dos palestrantes e das conversas de corredor para separar o que é informação de ruído, especialmente os que vendem estar voando com novas tecnologias mas não falam de dados ou de métodos convincentes.

Quando precisamos ter mais performance e agilidade, é também quando precisamos parar para respirar e nos concentrar antes, e só assim realizar com a precisão necessária. 

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Anderson Fagundes

Diretor de Business Strategy da Web Estratégica

Anderson Fagundes é gaúcho, pai de duas meninas, formado em Publicidade e Propaganda pela PUCRS, especialização em Marketing na ESPM e Design Estratégico na Unisinos. Atua desde 2010 no mercado de SEO e conteúdo digital, fundou a consultoria Lume.cc em 2014 e em 2023 passou por uma fusão (M&A) com a Web Estratégica, a consultoria de Conteúdo e SEO das grandes marcas. Diretor de Business Strategy na Web Estratégica, está à frente do time responsável pelo relacionamento e estratégias de marcas como Electrolux, Omie, Ânima Educação, EDP Energia, Epson, Netshoes, Magazine Luiza, Bosch, Youcom, Banco BMG, Folha de São Paulo, entre outras.

AUTOR

Anderson Fagundes

Diretor de Business Strategy da Web Estratégica

Anderson Fagundes é gaúcho, pai de duas meninas, formado em Publicidade e Propaganda pela PUCRS, especialização em Marketing na ESPM e Design Estratégico na Unisinos. Atua desde 2010 no mercado de SEO e conteúdo digital, fundou a consultoria Lume.cc em 2014 e em 2023 passou por uma fusão (M&A) com a Web Estratégica, a consultoria de Conteúdo e SEO das grandes marcas. Diretor de Business Strategy na Web Estratégica, está à frente do time responsável pelo relacionamento e estratégias de marcas como Electrolux, Omie, Ânima Educação, EDP Energia, Epson, Netshoes, Magazine Luiza, Bosch, Youcom, Banco BMG, Folha de São Paulo, entre outras.

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